1/10 - esperança

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As coisas mais belas do mundo, não podem ser vistas ou tocadas. Elas são sentidas com o coração.

Antoine de Saint-Exupéry

– Obrigado por vir tão rápido – Scott diz abraçando Lydia.

Ele estava parado, observando os restos dos escombros da casa Eichen. Agora era apenas uma grande área verde, onde tinha alguns restos de pilastras e um portão enferrujado no chão.

– Acha mesmo que é tudo verdade? – ela pergunta séria – Que a Alisson tá presa e não consegue atravessar?

– Eu não sei. Mas, se vir aqui e fazer isso, ajudar ela... E ninguém mais se machucar, eu topo tentar.

– Não era mais fácil falar com sua irmã? Afinal, ela já foi várias vezes ao bardo, ela tem uma ligação direta com aquele lugar.

– Ela está feliz. Depois de anos sofrendo a perda daqueles que ela amava, ela tá feliz e eu não vou tirar isso dela.

– Tá bom. Vamos tentar – Lydia diz com a voz embargada – A gente precisa de um punhado de terra do chão onde a Alisson morreu.

– Tá.

Scott se abaixa e passa a mão pelo chão, logo ele se transforma e soca o chão, três vezes até quebrar o concreto que ainda estava ali. Ele pega a terra e coloca em um saco que Lydia estendeu em sua direção.

– E agora? – ele pergunta, mas ambos apenas se encaram, prontos para o próximo passo.

– Sua mãe, sabe que você está aqui? – Cris pergunta a Scott.

– Ela sabe que você está? – Scott retruca a pergunta.

– Não. E creio que sua irmã também não saiba. É melhor deixar assim.

– É, eu também

– Lydia. Nós temos a terra de onde ela morreu e a arma que tirou a vida, segundo você são as etapas um e dois. E agora?

– Eu esperava que vocês dois pudessem me ajudar a entender isso – ela diz que coloca alguns papéis na mesa – Pra ser sincera, eu perdi a prática de tudo isso.

– Mas você ainda grita como uma banshee, né? – Scott pergunta confuso.

– Não tanto quanto antes. É como um músculo, você para de usar e se atrofia.

– Por que você parou de usar o seu poder? – Cris pergunta seriamente.

– Stiles – uma voz os interrompe e Lydia olha mortalmente para a pessoa – com certeza tem algo a ver com o Stiles.

– Por que o Jackson está aqui? O que tá fazendo? – Scott pergunta ao ver ele abrir a geladeira pegando uma pizza.

– Primeiro, Jackson prefere que não se fale dele como se não estivesse aqui. Segundo, Lydia me ligou suplicando para que eu ajudasse como sempre. E eu concordei desde que ela prometesse nunca contar ao Ethan, porque prometi a ele nunca voltar para esse pesadelo infernal.

– Obrigada – Lydia sussurra para que ele calasse a boca.

– Adoro esse jogo – diz colocando a mão sobre os papéis, mas Cris o impede.

– Isso não é um jogo.

– Tenho garras que injetam veneno paralisante e uma calda que pode quebrar seu pescoço, então tira a mão de mim, vovô.

Jackson se solta do Argent e pega os papéis da mesa os colocando no chão, ele começa a juntar cada um, colocando os desenhos para se completarem. Assim que ele se levanta, todos podem ver... É o Nemeton. E bem no centro, Bardo.

– Pronto. É uma árvore.

– Não é só uma árvore – Scott o responde.

– É um bosque sagrado – Lydia completa.

– Os druidas antigos o chamavam de nemeton.

– Então... Parece uma árvore – Jackson afirma novamente.

Lyra

– Derek já ligou reclamando? – questiono enquanto termino de comer.

– Só algo sobre o Eli nunca estar perto quando ela está.

– Acha que ele vai superar? Digo, algum dia, talvez – falo meio preocupada.

– Difícil dizer, lobinha. Mas espero que sim e logo – Peter se aproxima me beijando – preciso fazer uma viagem, Argent quer me ver.

– Para que?

– Não sei. Passar um tempo talvez?

– Não sei não. Você irrita o Cris por qualquer coisa, ele não iria querer sua presença assim.

– Que isso garota. Nem parece que é minha noiva.

– Por ser sua noiva que digo isso. Você irrita muita gente, meu amor.

– Ok, lobinha cruel. Te mantenho informada, e antes que eu esqueça.... Você vai passar férias com sua mãe.

– Não vou para Beacon Hills, Peter – digo ficando séria.

– Não vou deixar você sozinha. E como não sei o que o Argent quer, você irá ficar com sua mãe.

– Posso ao menos chamar alguém pra ficar comigo?

– Você chamaria, mesmo se eu negasse e te amarrasse em um poste escondido em uma caverna oculta.

– Talia teve a quem puxar.

– Viu só. Você vai ficar mais perto dela também. Derek não mora longe de Beacon Hills.

– Odeio vocês. Vou falar com minha mãe.

– Amo você também – ele me puxa e se ajoelha – viu só como sua mãe é chata.

Dou um tapa em sua cabeça e ele apenas sorri.

– E agressiva também – antes que eu lhe dê outro tapa, Peter me puxa, interrompendo minhas reclamações com um beijo quente.

††

#revisado

La loba - Spin-off Onde histórias criam vida. Descubra agora