Until I Found You | PEDRI GONZÁLEZ

capítulo 12.

Pedri González

Acordo de uma noite de sono mal dormida, espreguiçando-me lentamente e esfregando meus olhos em seguida na tentativa de espantar o sono que era evidente.

Mas, depois do que aconteceu ontem, não era possível dormir direito.

Depois que saímos da casa do Gavi, que foi onde Maya e eu ficamos sabendo que vazaram fotos nossas, nós dois viemos para minha casa.

Como estamos nós dois, sozinhos, conseguimos conversar com um pouco mais de privacidade e tentamos, juntos, entender toda a situação.

Maya estava em um estado de agitação tão grande, o que era compreensível, que era impossível deixá-la sozinha.

Na verdade, eu nunca a deixaria sozinha. Seja a situação que for.

A morena estava chateada, pois algumas das fotos foram de um momento leve e íntimo entre nós dois, e se perguntando o tempo inteiro como isso pode ter acontecido e com que propósito alguém faria alguma coisa dessas.

Visibilidade. Curtidas. Compartilhamentos. Dinheiro.

Esses e todos os outros motivos existentes passam pela minha cabeça, mas optei por não falar nada para que ela não ficasse ainda mais agitada com tudo.

O grande ponto é que eu também estava chateado e irritado.

Para ser ainda mais sincero, eu estava puto da vida.

Por mais que eu tenha escolhido uma carreira onde eu sou uma pessoa que está visivelmente exposta praticamente o tempo todo, não quer dizer que eu concorde ou goste de ter toda minha vida pessoal exposta.

O fato de eu ser uma pessoa pública não dá o direito de alguém invadir minha privacidade. Invadir momentos que não envolvem somente a mim, como também envolvem uma outra pessoa.

Não que eu veja algum problema em todos saberem que, de forma oficial, posso chamar a Maya de minha.

O problema todo está em como tudo isso aconteceu.

Porque nós dois nos reservamos no direito de expor, publicar, contar ou anunciar qualquer coisa em relação a isso quando estivéssemos prontos.

Quando nós dois achássemos que era o momento ideal.

E é extremamente frustrante que algo tão importante que aconteceu na minha vida não pode ser contado por mim ou por ela pelo simples fato de alguém querer engajamento.

Estou acostumado, é claro, em ter meu nome vinculado a notícias, verdadeiras ou falsas, o tempo inteiro. Estou acostumado a estar mundialmente exposto.

Entretanto, não quer dizer que eu tenha que gostar disso sempre.

As vezes eu queria poder viver nesse mundo sem todas essas coisas que nos cercam.

Mas, infelizmente, não é dessa forma. Todas as coisas e todos os processos da vida existem os prós e os contra.

E nessa situação não seria diferente.

Mesmo que eu quisesse que fosse.

Suspiro pesadamente e giro meu corpo para o lado, franzindo a testa no mesmo instante em que vejo que a Maya não estava mais ao meu lado.