1 | Lee Hyunwo

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        Sim, é verdade que a família Lee já teve seu ápice, especificamente um século atrás, e também é verdade que hoje, por uma culpa totalmente minha, a reputação da família está jogada na lama, ou enterrada, talvez seja mais justo dizer que es...

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        Sim, é verdade que a família Lee já teve seu ápice, especificamente um século atrás, e também é verdade que hoje, por uma culpa totalmente minha, a reputação da família está jogada na lama, ou enterrada, talvez seja mais justo dizer que está no fundo do mais profundo nível do despenhadeiro. Não que eu entenda muito de escavação, mas eu entendo de ser o pior exorcista a pisar em Liyue Harbor.

        Mas você deve estar se perguntando o porque eu escolho começar a contar essa história em forma de lamentação, a resposta é simples, e cabe numa apresentação:

        Eu sou Lee Hyunwo, atual exorcista em exercício da família Lee, e meu ancestral mais famoso por essas bandas é Lee Chongyun, um jeito fácil de entender: Em tudo que o meu tataravô era bom, eu sou ruim. Nunca exorcizei um espírito na vida, na verdade morro de medo de fantasma. Meu Psíquico Yang puro é completamente desbalanceado, e minhas habilidades? Um fiasco. Na realidade, minha visão cryo nunca foi ativada depois que eu a recebi. Parece que os arcontes não gostam muito de mim.

        Eu sou o famigerado fujão, medroso, covarde e inútil, e meus pais fazem questão de lembrar isso todos os dias, na verdade, não todos os dias, só quando eu deixo um espírito ultrapassar a barreira da morte na Montanha Hulao e chegar em Liyue, o que quase sempre acontece. Nesses momentos, a única solução que eu encontrei até agora, eu me escondo no meu quarto e espero o que quer que esteja assombrando a guilda dos comerciantes de Feyun ir embora ou se cansar e desistir. Sempre funciona.

        A verdade é que a única coisa que eu tenho em comum com meu antecessor é o gosto por doces gelados e o ódio por pimenta, além, é claro, dos conhecido cabelos brancos azulados característicos da família.

        Meu quarto não guarda muitos segredos, e se você não reparar na minha visão, jogada em cima da minha mesa se cabeceira, não vai perceber nada fora do comum, nem no quarto, nem em mim.        

       E essa história poderia seguir em mais muitos parágrafos de monotonia sem fim e reflexões intensas sobre o meu falho papel na sociedade, mas naquele dia de janeiro, há 4 dias do festival das lanternas, um espírito apareceu para mim.

        Ele era diferente de todos os outros que já vieram me assombrar, ele era humano, angelical, acho que as palavras que poderiam descrevê-lo beiram o absurdo, mas nada se compararia a cor âmbar de seus olhos e o azul translúcido de seu cabelo.

        — Você. — Ele disse, mas sua voz soava distante. — Não era pra eu estar aqui, e você parece tanto... tanto com ele.

— Quem é você?

— Eu pensei que tinha acabado tudo. 

— Quem é você?

— Não... não é possível. — Ele realmente estava entrando em desespero, e reparo na minha inação que eu deveria estar desesperado também. — Chongyun! Chongyun! 

       O garoto gritava, mas no mundo humano tudo que era audível era um sussurro distante.

— Você, quem você é? — Foi a vez dele me perguntar, com a atitude de quem ordena algo.

— Lee Hyunwo... senhor.


Minhas palavras já não eram minhas.


— Entendo. — O espírito fixou seus olhos no chão, e antes que eu percebesse ele estava chorando. — Então ele realmente se foi, mesmo eu tentando salvar todo mundo, ele se foi.

— Quem se foi? E quem é você? — Eu me aproximo dele, mas repenso meus passos e retrocedo.

— Chongyun, o amor da minha vida, ele se foi. — Ele se vira para mim, não mais chorando, mas mantinha a visão entristecida. — Eu sou Guhua Xingqiu, e preciso da sua ajuda para exterminar uma praga que está prestes a destruir Liyue.

— Destruir?... Liyue? — O escalonamento dos eventos estavam muito rápidos, e eu acreditava em cada palavra daquele homem. Xingqiu, esse era o nome, do melhor amigo, e, pelo visto, do amante, do Herói do clã Lee.

— Vai ser no festival das lanternas, e é por isso que eu voltei. Você é um exorcista, não sente nada de estranho no ar? — E mais uma vez, sou confrontado por minha própria inutilidade.

— Eu não sou como Chongyun, se é isso que você espera.

— Você não precisa ser como ele, mas preciso de você de qualquer forma. Sente-se, vou contar a história de Liyue, um século atrás, quando Chongyun e eu tivemos que lutar contra o mundo espiritual de Liyue.


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A Ghost to your Exorcise | XingyunOnde histórias criam vida. Descubra agora