Atualmente.
Connor está jogado no sofá, as roupas da noite anterior em seu corpo, garrafas de cerveja vazias sobre o mezanino e o semblante vazio enquanto me observa parada na porta.
Meu cabelo está molhado e apesar de usar as mesmas calças, a blusa que visto não é minha e tem duas vezes o meu tamanho, denunciado claramente de onde posso ter vindo.
— Você parece péssimo —digo.
— Você parece ótima — rebate de mau-humor. — suponho que seja o efeito Peter Brooks.
Beatrice não tem apenas pernas longas, mas uma língua cumprida também.
— Talvez.
— Pretendia me contar em algum momento ou iria deixar para o dia do casamento de vocês? Ou quem sabe quando tivessem filhos — a acidez na sua voz me incomoda, contudo sei que se trata da mais franca e inadiável mágoa.
— Não seja dramático — adentro a sala e jogo minha bolsa de ombro ao lado das garrafas. — Quando ia me contar que subornou nosso professor? Depois do crime prescrever? — arqueio uma sobrancelha e isso o faz fechar a boca.
Ele quer bancar o espertinho comigo? Então nós vamos fazer assim.
Prefiro não ter esse tipo de atitude passivo-agressiva, não estou com raiva, só não posso deixar que ele se sinta no direito de estar.
— Quer me contar como Peter sabe mais dos seus podres do que eu ou devo perguntar diretamente a ele? — Não elevo a voz, mas quero que note a firmeza nas minhas palavras. Ele pode estar se sentindo magoado, Também estou.
Com olheiras escuras abaixo de seus olhos, ele se senta e passa a mão no cabelo desgrenhado. Seus olhos estão avermelhados e opacos.
— O que ele te disse?— sua preocupação é palpável.
— Ele falou sobre o seu suborno e que ele incendiou a garagem do professor — o conto. — nada mais.
— Que galante da parte dele omitir certos fatos — dá uma risada amarga.— Ele não falou nada a respeito da nossa briga? De como eu o mandei sumir da sua vida depois dele foder com suas notas? Não disse nada sobre a ideia de que ir até a casa do professor foi minha, entretanto, ele foi quem teve coragem o bastante para executar o plano?
O que?
— Eu quem fui tocar fogo naquela droga de casa depois de dar rios de dinheiro para aquele professor, ele aceitar e ainda assim rir da minha cara se negando a cumprir com o acordo — Connor ri ainda mais, embora só veja cansaço em seu rosto. Não acho que ele tenha dormido está noite. — Eu, Rose, eu que ia incendiar aquela merda, porque você estava tão desesperada pela possibilidade de perder a bolsa que parecia inaceitável não tentar de tudo.
— Mas... Como?
— Eu ia te avisar que ia fazer algo a respeito — admite. — quando cheguei no seu prédio Peter estava fumando um cigarro, então eu simplesmente explodi. Era culpa dele, o relacionamento com ele não te fazia bem.
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3 •Me Esqueça, Por Favor - Blue Sky City
RomancePeter Brooks está no auge dos seus trinta anos, com uma vida profissional invejável, dinheiro de sobra e mulheres caindo aos seus pés não importa a direção que olhe. Nenhum homem iria desejar mais que isso. Não é? Ele achava que sim, até finalmente...