Um Homem as Sombras do Passado

Cap. 28 - Sophia

Puxo Iago para fora do quarto antes que ele decida falar mais besteiras. Da onde sai tanta palavra imoral?
Ele é homem Sophia. O palavreado dele é assim. Além dele ser seu marido. Penso.

Não posso comparar ele com o palavreado do papi, afinal papi é meu pai, e é claro que ele não falaria comigo assim.

....

Esse hotel é lindo e tem muitas lojas de grifes no roll. A praia está a nossa frente e o dia está perfeito para um banho de mar.

Estou mais que ansiosa para isso. Nem posso acreditar.

Experimento um maiô confortável, mas nem tão comportado. Na parte de trás é um pouco cavado e no busto ele se ajustou perfeitamente, e confesso que me senti linda nele.

Coloquei uma sobreposição transparente e nossaaaaaaaa.... eu amei....

Saio já vestida do provador. É com esse mesmo que eu vou.

- senhora ayad, vou embrulhar a roupa que a senhora trocou antes – a vendedora fala.

- obrigado mande entregar na suíte presidencial – Iago diz sem deixar eu responder a atendente. 

Ele se vira e me abraça no meio da loja.

- está linda. Mas vai me fazer matar por ciúmes.

- você não vai se trocar – não acredito que ele ainda está de terno.

- não vou entrar na água Sophia. Esse momento é todo seu.

- mas por que? – faço biquinho. Acho que já sei como conseguir as coisas dele.

- não faz esse bico delicioso – faço a minha melhor cara de inocente, de quem não sabe o que estava fazendo.

- tem um calção da mesma estampa da minha roupa de banho – digo e olho para vendedora que prontamente vai pegar a peça que acabei de relatar.

- é serio que você quer que eu coloque a roupa de banho e ainda por cima coloque combinando com a sua, Sophia? – ele faz uma careta.
- sim, quero – ele vai ceder? Será? Sorrio internamente.

- eu vou perder o meu respeito se os meus subordinados me verem dessa forma – tento mais uma vez convencê-lo.

- só hoje. Por favor, vai... diz que sim. Ninguém vai nos ver, estamos a sós desde ontem.

A vendedora pega o calção de banho, e ele se dirige a cabine fazendo careta. Mas não questiona mais.

Mal posso esperar para colocar os meus peszinho na areia do mar.
Iago não demora para se trocar.

Ele sai da cabine só com o calção no corpo. Olho para baixo e o vejo ainda com as meias pretas e sapato social. Não consigo conter o riso. Ele olha para os sapatos e faz uma cara engraçada.

A cena é hilária, não dá para controlar o riso, ele vê que eu não paro de sorrir e acaba tirando a cara carrancuda balançando a cabeça de forma negativa e abrindo um sorriso lindo.

- acho que preciso de chinelos ou sandálias.

Olho ao redor e não vejo a vendedora. Mas vejo a arara de sandálias.

- vou pegar. Qual seu numero?

- quarenta e um – diz.

Me aproximo e escolho o chinelo mais discreto entre os que vejo. Já abusei demais do seu humor fazendo-o vestir esse calção.

Lembro.

- aqui – digo assim que me aproximo. Pelo menos do chinelo ele não fez cara feia. Risos.

- agora estamos prontos? – ele abre os braços e me olha.

- sim, sim, ... vamos, vamos, ... – bateu a ansiedade de novo.

- podemos ficar aqui a frente do hotel ou se você preferir vamos em outra praia?

- vamos aqui mesmo. Não quero esperar nem mais um segundo para aproveitar a praia – já ... já anoitece, quero aproveitar o Sol.
  
Hoje o dia está quente e ótimo para um banho. Até nisso o universo conspirou ao meu favor.

Me vejo agradecendo a Deus nessa hora: Obrigado Deus por esse dia lindo ao lado do meu marido.

Levanto as mãos para o céu e contemplo o Sol, o Mar, a areia e essa delicia de homem ao meu lado.

Meu corpo reaje nessa hora com tremores inexplicáveis.

- vamos entrar?

- não sei nadar muito bem – digo.

- então você não sabe nada,  kakakaka...

Verdade, como seria ‘’meio’’ que saber nadar.

- me segura.

- vamos ficar no raso ok – ele segura a minha mão e me conduz gentilmente a água.

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