~ Kiri Pov ~
Chego cansado no meu apartamento no Brooklin, tenho que admitir que todo esse trabalho de detetive está me matando, mas por outro lado, é sempre muito gratificante acabar com grandes máfias, ou com pequenos larápios de meia tigela.
Mas mesmo amando meu trabalho, hoje foi um dia daqueles. Meu melhor amigo e parceiro, Katsuki Bakugou, falou que iria visitar a mãe que estava doente, e sem ajuda dele, os casos sempre ficam um pouco mais difíceis, afinal, ele é a cabeça da dupla.
Mas assim que paro em frente à minha porta, percebo a luz da cozinha acesa, mesmo tendo certeza que à deixei apagada antes de sair.
Que porra tá acontecendo?
No mesmo instante saco minha pistola 9mm, e entro aos poucos, me surpreendendo novamente quando vejo que a porta estava aberta. E ao chegar na cozinha vejo uma jovem mulher, muito bonita mas também muito sombria, sentada em uma banqueta do balcão da cozinha, tomando café enquanto analisa uma ficha.
Quando a mesma nota de relance minha presença, começa a ler o que tem em mãos.
???- Eijiro Kirishima, 27 anos, detetive, aluno prodígio, se formou na academia de policiais de Nova York com 21 anos e tirou licença de detetive com 25, filho biológico de Ayko Satō e filho adotivo de Charlotte Smith, ambas adotaram o sobrenome Eijiro...,-disse lendo os nomes das minhas mães com um pouco de sarcasmo
- Quem é você? Como sabe tudo isso? É porque do sarcasmo?- fui a enchendo de perguntas com o tom que uso em interrogatórios
???- Nunca achou estranho que suas mães não usavam os próprios sobrenomes?- disse a mesma séria
- Como assim Eijiro é o sobrenome da minha mãe Ayko!- disse a achando um pouco desinformada
???- Vai nessa!- Falou ela com deboche, deixando um silêncio momentâneo, mas não me dando tempo de responder- Você é detetive, nunca ouviu falar de Kontaro Eijiro? Não vai me dizer que acha que é apenas uma coincidência!
- Claro que acho! Eijiro não é tão raro assim! E ele não tem nenhuma foto trazida à público!
???- Então como me explica essas fotos!- disse jogando várias fotos da minha mãe Ayko com um cara ruivo e com alguns dentes pontudos, como um dos meus caninos
- Onde conseguiu isso? Quem é esse?- disse com duas fotos nas mãos depois de ter deixado a arma em cima do balcão, porém perto o suficiente para pega-la rapidamente
???- Para um detetive você faz muitas perguntas ao invés de buscar descobrir, sabia?- contou ela jogando minha ficha no balcão - Peguei no álbum de família do Kontaro, seu pai!- ela disse "seu pai" me olhando com um pouco de pena, quase como se ela esperasse que eu soubesse do mínimo
Nesse momento peguei a minha ficha e vi que em uma das folhas havia um teste de paternidade indicando que Kontaro tinha 99.999% chances de ser meu pai biológico
- E isso, como conseguiu isso?- perguntei estranhando o documento
???- Os apartamentos dessa área são muito fáceis de arrombar e o seu não é diferente, então um dia desse entrei aqui! Peguei um pouco de cabelo da sua escova e levei à um laboratório para testar apenas para ter uma prova do que estou dizendo!- falou como se o que tivesse feito fosse totalmente permitido pela lei
- Sabe que eu posso te prender por pelo menos três crimes, né?!- indaguei esclarecendo um fato óbvio
???- Ah, você pode me prender por milhares de crimes...- ela disse se desapoiando do mármore encostando na costa da banqueta em que está sentada
Quando a mesma falou isso, me encarando de um certo jeito assustador, eu parei para juntar alguns dos pontos que ela colocou na mesa, tudo que ela disse sobre si mesma me levava à ..... Não pode ser...
- Quem é você?- perguntei pausadamente já sabendo que não quero ter certeza da resposta
???- Sou muito procurada por roubo qualificado, falsidade ideológica, estelionato em terceiro grau e muitos, muitos, muitos mesmos, muitos massacres....... entre outros!- disse deixando seu tom sério e assombroso e no fim, brincalhão e divertido- Você deve me conhecer como: Baba yaga!
Quando ela revela sua identidade, sinto meu corpo gelar e o meu estômago revirar. Baba Yaga é conhecida por deixar apenas uma pista de que esteve no local, uma marca de pé de galinha em sangue marcado em alguma coisa chave para resolver o caso. Mas fora isso, sem imagens, sem digitais, sem pegadas, todos achavam que era um homem por fazer um trabalho muito minucioso, mas as últimas cenas de crime ela deixou outras pistas indicando o contrário.
- Por que está aqui?
Yaga- Para descobrir isso terá que me entregar distintivo e arma, porque daqui para frente, você não será mais policial! A escolha é sua Eijiro!- disse ela chegando mais perto, esticando a mão para pegar o que pediu
- Seja lá o por que esteja aqui!, não quero saber mais, não vou deixar minha vida toda para trás só por umas fotos photoshopadas e um teste falso!- disse elevando levemente a voz para ela
Yaga- Acha mesmo que eu perderia meu tempo para brincar com um policial comum que mora no Brooklin? Simplesmente por que eu quis?- novamente ela usou um tom de deboche- Pense bem Kirishima Eijiro, não costumo fazer a mesma oferta duas vezes! Pense que se vier comigo, sim, você nunca mais voltaria para a polícia, de nenhum lugar, mas se não vier, não terá nenhuma das respostas para quantas mais perguntas que tenha para minha pessoa!- ela deu uma pequena pausa- Pense com cuidado, é uma decisão que está apenas em suas mãos!- terminando dando uma pausa grande me encarando profundamente, quase podendo ver minha alma
Ela realmente está certa, porque a própria Baba Yaga viria até o meu apartamento e diria tudo que disse e iria simplesmente embora? A escolha que ela está me oferecendo tem muito mis pros do que contra, analisando superficialmente, e mesmo se eu escolher ficar e descobrir sozinho, as pessoas que poderiam me dar as respostas ou me abandonaram quando criança ou morreram, acho que não tenho muita escolha a não ser ir com ela.
Depois de mis um tempo decidindo entre abandonar o mundo que eu conheço e o que ela tem a me mostrar, eu finalmente me decidi
- Muito bem, eu vou com você!- digo decidido retirando meu distintivo e a entregando junto com a minha arma
Yaga- Perfeito- quando segura a arma na mão, ela atira umas 10 vezes em um lugar onde não nos acertaria, mas com certeza fará eco assustando os vizinhos, fazendo os mesmos chamarem 911 o mais rápido possível
Yaga- Bem-vindo à máfia, senhor!- disse saindo do meu apartamento depois de tirar um pouco do meu sangue para deixar a marca do pé de galinha no balcão e me puxar para sair do prédio
- Mas que porra!
.
.
.
.
.
E é isso mores
O primeiro capítulo de "A prova de balas"
Capítulo não revisado
Me deem seus Feedbacks
NÃO ESQUEÇAM DE VOTAR!!!
Até a próxima mores!!!