Capítulo 29 Carolina

326 29 3
                                    

Detesto despidas, ter que me despedir dos meus pais e irmão foi a coisa mais difícil que já fiz! Da outra vez por mais que eu estivesse indo embora, e sim apesar de estar saindo de casa as escondidas foi difícil, eu me sentia triste por estar saindo, por ir para longe e por não ter me despido.

Mas me despedir foi ainda mais difícil, por mais que tenha deixado a promessa de voltar em breve, e Antony ter garantiu a mim e a eles que me levaria com frequência para vê-los e que sua casa esta de portas abertas para quando quiserem vir nos visitar e passar uns dias conosco.

Dizer tchau e abraça-los sabendo que não sei quando vou voltar a vê-los e ver os olhos marejados do meus pai e do João e as lagrimas transbordando no rosto da minha mãe, me fez sentir que algo dentro de mim estava se quebrando novamente, senti meu peito apertado e chorei feito uma criança que não ganhou o brinquedo que desejava.

- Bonequinha, você esta bem?

Pisco desviando meu olhar da janela do carro o direcionando para Antony ao meu lado no banco traseiro do taxi que esta nos levando do aeroporto para a casa dele.

-Estou, só é difícil depois de ter passado tanto tempo sem vê-los ter que me despedir. Respondo com um sorriso fraco.

- Você queria ter ficado com eles? Não ter voltado?

Nego com a cabeça.

- Não, eu tenho motivos para voltar, mas mesmo assim não torna mais fácil a despedida.

- Espero que eu seja um dos motivos de você voltar! Seu tom é humorado e ele ainda pisca para mim antes de me presentear com um beijo casto.

Sorri para ele sem responder a sua provocação, obviamente ele está certo. Antony é um dos motivos não o único, mas um importante motivo.

É claro que ainda estou refazendo a minha vida aqui depois de me separar do Cleber. Mas pela primeira vez tenho um emprego que paga bem, vou começar a faculdade que sempre quis, graças ao Antony, e estou em um relacionamento onde sou valorizada e tratada como uma princesa, eu simplesmente não consigo e nem quero deixar tudo isso.

Eu estou meio triste agora por ter deixado meus pais, mas se eu ficasse uma parte de mim também ficaria triste por ter me separando do Antony.

Eu ainda não sei bem o que eu sinto por ele, mas sei que é algo bem diferente do que já senti antes, eu me sinto ligada a ele de uma forma que não sei explicar, é como se fossemos dois imã que se atraem e dá um trabalhão para separar depois!

No outro dia no meu quarto na casa dos meus pais por um momento achei que ele diria que me ama, senti meu coração bater quase na boca em espectativa e quando ele não disse, meu coração meio que afundou, eu senti aquela pintadinha de frustração dentro de mim.

Olhei surpresa para a portaria do condomínio quando o táxi parou na mesma para a verificação de segurança antes de prosseguir até a casa do Antony.

Embora tenha passado a viagem toda olhando pela janela, estava tão perdida dentro da minha cabeça que não prestei atenção de fato no percurso que seguimos.

Quando o táxi parou na porta da casa, Antony pagou ao motorista a corrida e uma pequena gorjeta.

Retirou nossas malas do porta malas e caminhamos para dentro da casa.

Assim que passamos pela porta Antony deixou as malas no chão ao lado da mesma e me puxou para ele envolvendo minha cintura em seus braços.

Passei os braços no pescoço dele e sorri recebendo um selinho em troca.

- Está muita cansada da viagem?

Fiz um biquinho fingindo pensar e dei de ombros depois.

- Um pouco, por que?

Amigos 2° Geração - Arrogante -Livro IOnde histórias criam vida. Descubra agora