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Naquele dia, Anna e eu trocamos de lugar e fui com Ametista para Storwall, uma cidadezinha rural bem ao lado. Descobri que em vários momentos nos meus dias com Ametista, teria de chama-la de Lilás, pois era assim que Anna a chamava. Ao chegar na fazenda dos Jeersons, pais adotivos de Anna e Ametista, eu fico encantada pelo local e desço para ver Luiza e Lúcio, mas sou alertada:
- Tente ser a mais descolada e engraçada possível.
Eu olho para Ametista que me lança um sorriso amigável. Descolada? Isso não estava no meu vocabulário e nem no meu jeito de ser, eu sempre aprendi a ser elegante e ter classe em tudo. É teria de sair um pouco de mim. Anna teria que se esforçar para ser eu, então iria fazer isso por ela.
- Oi galera! Como vai?
- Oi filhota, como foi seu primeiro dia na cidade? - diz um homem de aparência amigável e semblante simpático.
- Irado! - eu buscava palavras que ouvia nas ruas.
Não foi difícil como pensava me enturmar com os Jeersons, eles eram divertidos e simpáticos. Logo depois de um delicioso almoço, fui andar de cavalo com Ametista. Eu sabia andar de cavalo, principalmente por que eu tenho um, mas aquele cavalo não devia ter ido com a minha cara, porque ele começou a rodar e a rodar até me derrubar na lama. Depois de Ametista rir muito, e eu também, ela me ajuda a sair da lama e me leva pra tomar um banho. Após um banho quente e envolta sobre uma toalha macia eu arrisco falar sobre um assunto que estava curiosa:
- Ametista...
- Sim?
- O que aconteceu quando você era menor? Não precisa falar se não quiser, mas só quero saber e te entender melhor!
Ela parecia assustada, mas quando eu fiz carinho numa de suas mãos ela relaxa e começa:
- Minha mãe era noiva de um homem que ela amava muito, meses depois do pedido de casamento, ela descobriu estar grávida dele. Ela ficou ansiosa para lhe contar a notícia, mas ao chegar na casa dele, ela viu ele se casando com outra mulher. Ela ficou com muita raiva dele. Meses depois, ela conheceu meu padrasto, faltava 4 meses para eu nascer. Eles se casaram e faltando 3 meses para eu nascer, meu padrasto sofreu um acidente e morreu. Meu nascimento alegrou um pouco minha mãe, mas quando eu completei 6 anos, minha mãe morreu. Eu fiquei com muita raiva porque a causa da morte dela foi do meu pai. Eu tinha muitas crises de raiva, então minha família me pôs pra adoção. Com 8 anos, os Jeersons me adotaram e eu conheci Anna. Ela virou a minha melhor amiga e a pessoa que me fez superar todo o meu passado. Mas o que nunca vou superar o fato que sei e conheço o meu pai.
- Meus pêsames, que história trágica! Mas espere, como você conhece seu pai? Ele sabe que você existe, perdão a pergunta.
- Tá tudo bem, eu já o vi pessoalmente sem ele saber que sou filha dele.
- Ah! Bom, obrigada por me contar tudo.
- Foi até bom desabafar, e na real. Tô com medo disso tudo. Parece que a Anna tá sendo arrancada de mim.
- Ela nunca será tirada de você! Mesmo que ela fique no castelo pra sempre, ela nunca vai se esquecer de você. Ela me disse o quanto você é importante pra ela, tenha certeza, vamos vim te visitar sempre e você sempre será bem vinda lá em casa. Vamos ser sempre irmãs!
Ela sorriu para mim e me deu um abraço caloroso e apartado.
Depois daquele dia, Ametista e eu viramos grandes amigas, toda vez que ela se sentia mal, ela se abria comigo. Eu não consegui me adaptar a minha nova rotina, mas eu me diverti muito e pensava como estava as coisas no castelo.

Para Sempre IrmãsOnde histórias criam vida. Descubra agora