[COMPLETA NA DREAME]
Os meu sentidos pareciam ter fugido, começava a achar aquilo tudo muito real para ser um sonho. Era quase impossível permanecer dormindo quando sentia aquela doce agonia reverberar em todo o meu corpo.
Um suspiro escapa dos meu...
"The bed's getting cold and you're not here The future that we hold is so unclear But I'm not alive until you call And I'll bet the odds against it all
Save your advice, 'cause I won't hear You might be right, but I don't care There's a million reasons why I should give you up But the heart wants what it wants The heart wants what it wants"
The heart wants what it wants (Selena)
Capítulo não revisado.
Fodshan, (Cheshire) Novembro 1978
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Quando olhei para minha cama só consegui pensar em uma palavra: Porra!! Não tinha sido um sonho. Sorri pela forma em como a minha mente continuava me retornando nas cenas de Nia gemendo, foi... Fascinante. Não imaginei que ela fosse se entregar para mim tão abertamente. Não havia ninguém no mundo, mais importante que ela para mim nesse exato momento.
O facto de ter sido negligenciado pela minha família, acabou criando em mim a necessidade de cuidar das pessoas que me dessem algum tipo de atenção. A necessidade que eu tinha em cuidar da Nia era como uma missão de vida, não tratava-se só de alguém que eu gostava, era alguém que se a machucassem eu sentiria mesmo que não nutrisse nenhum tipo de sentimentos.
Entretanto, comigo, as coisas tinham sempre de ser até ao extremo, era um cara tão fodido, com um desejo fora do normal por controle e possessão que tornou-me difícil de me abrir até mesmo com os médicos no hospício, não conseguia expor minhas emoções com facilidade como se assim os tivesse dando algum poder sobre mim... Mas com Nia foi diferente, ela me desarmou tão naturalmente e no momento eu sentia que ela era a única que me conhecia de verdade. O que me faz recuar alguns minutos atrás, lembrando de como ela exercia o seu poder em mim, sem eu perceber.
— Como foi sua primeira vez?
— Não foi bonita.
— Porquê? — tinha certeza que sua curiosidade era patológica. Não queria falar sobre aquele assunto, era mais uma das coisas fora do normal na minha vida.
Acreditava veemente, que se não falasse com ninguém sobre o que aconteceu, eventualmente também acabaria por me esquecer. Mas eu sempre lembrava do quão fragmentado era. Mal pregava o olho a noite, tinha uma bateria de drogas que algumas vezes nem conseguiam cumprir com o seu propósito.