Meu cérebro é meu inimigo

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Ainda no mesmo dia do capítulo anterior...

P.O.V Narradora

- Antes de começar o meu plano, preciso descobrir as identidades dos novos portadores em atividade. - Gabriel fala para Nathalie, em seu covil, virado de costas para ela. - O que você sugere? Crio uma akumatizado com algum poder que consiga adquirir informações específicas de usuários de miraculous?

Nathalie anda confusa sobre tudo e sobre as proporções que tudo está tomando e como tudo vai afetar Adrien e como já está afetando ela... Ela realmente arriscou sua saúde por ele? Isso é o que ela chamou de amor por todos esses anos? E quanto a sua amizade com Emilie: estava honrando-a? - ela se questionava.

Ela pensou sobre todos os portadores anteriores estudarem na mesma escola e que, talvez, só talvez, esses novos também fossem de lá. Por algum motivo, a Ladybug escolhia pessoas de lá. Suspeitariam que a heroína estudasse lá também, se já não tivessem investigado arduamente e nunca conseguido associá-la diretamente a ninguém de lá.

Se a Pigella, Purple Tigress, Vesperia e Polymouse fossem colegas dos outros portadores, isso prejudicaria a última fase do plano, que ocorrerá durante a viagem para o Brasil que Gabriel financiou.

Ela não comentou esses pensamentos. Ela não ficaria realmente infeliz se houvesse falhas em seu plano final.

- Um akumatizado assim chamaria muita atenção, senhor. O melhor é criar um akumatizado não muito ofensivo, para distraí-los, enquanto cria um sentimonstro com essa função. De preferência um sentimonstro feito a partir de suas emoções, não da do akumatizado. - ela responde.

Gabriel assente, virando de frente para ela, pensando que não seria nada sem a Nathalie ao seu lado. O rumo destes pensamentos, no entanto, sempre o levam a um humor terrível. Então, os desviou e caminhou até o elevador, para sair dali.

P.O.V Adrien

- Então quer dizer que você está em confuso sobre a Ladybug e a Marinette? - Plagg provoca, quando chegamos em casa e eu desfiz a transformação.

- Sim, Plagg. - disse, impaciente, mas sem mau humor. - Não é nada demais, sabia?

- Então você não sabe de quem gosta? - ele continua. - Isso parece demais para mim.

- Não, eu amo a Ladybug. Não tenho dúvida quanto a isso. Mas ao mesmo tempo, desde o dia do piquenique eu percebi que... Parece estar surgindo algo muito intenso pela Marinette. Mais intenso do que parece ser normal alguma coisa ser intensa. E... Não sei. - suspiro - Parece tão real quanto. Não é uma dúvida entre as duas, entende? É uma certeza sobre as duas. Que me deixa completamente confuso.

- Então você ama a Ladybug... - eu assinto - e ta realmente amando a Marinette. - eu assinto novamente. - Na boa, eu sou muito grato por ser um kwami e não ter que lidar com essas baboseiras. - Plagg fala, voando pro armário onde ficam seus queijos, me fazendo rir.

- Kwamis não se apaixonam, Plagg? - pergunto, sorrindo.

- Bem, nossa missão não inclui romances... - Plagg diz, e eu sinto uma provocação da sua parte, que diz "igual a sua e a da Ladybug", mas deixo passar - Mas nós podemos nos apaixonar sim. Eu já ouvi algumas histórias disso. Só não é muito comum e definitivamente não deve ser tão confuso como é para os humanos. - ele suspira, terminando seu pedaço de queijo - Não tenho como saber muito, nunca rolou comigo. - ele diz, voando com os olhos fechado e os braços cruzados atrás de sua cabeça.

- Você não é apaixonado pela Tikki? - pergunto, confuso. A pergunta deixou Plagg levemente desconsertado, mas só levemente.

- Como? Claro que não! Eu... - ele se acalma e volta a sua posição de antes - Eu estou acima desses sentimentos melosos e bobos. Só gosto de provocar a Docinho, só isso. Ela é a minha amiga kwami mais velha, afinal.

Percebendo por que te amavaOnde histórias criam vida. Descubra agora