Numa noite estrelada, o sangue escarlate escorre pelas mãos de Ayla, uma situação inesperada que a leva a encontrar seu parceiro improvável: O General da Corte Noturna.
Em meio a intrigas e perigos no mundo da corte noturna, Ayla e Cassian são lança...
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Amren olhou para Ayla, concentrada, seus olhos estavam fechados com muita força, a pequena fêmea apenas observava a maneira errada que ela tentava fazer seus poderes aparecerem.
Ela descruzou os braços e sorriu de lado ao perceber a irritação sobre o rosto de Ayla.
— Eu não consigo — Ayla exclamou com seu semblante fechado, frustrada consigo mesma.
Feyre sorriu lembrando de si mesma.
— Obviamente — Amren disse sentindo a brisa das árvores baterem sobre seus cabelos curtos e escuros como a escuridão.
A floresta que elas estavam trazia uma ótima sensação em Ayla. Que não conseguia esconder sua frustração por não saber como aflorar o seu próprio poder. Ela não conseguia esconder a pequena carranca em seu rosto quando olhou na direção da fêmea.
— Como? — ela perguntou, e foi sua vez de cruzar os braços.
— Você está fazendo errado. — Amren retrucou — Você tem que se concentrar, pelo que Cassian disse, seu poder é movido e libertado pela emoção.
Feyre concordou com a cabeça, se colocando ao lado de Amren, Ayla olhou para as duas descruzando os braços e arqueando as sobrancelhas. O vento batia em seu rosto de forma graciosa, fazendo ela se acalmar um pouco, mas ainda havia permanecido um pouco de frustração dentro de si mesma, ela não havia conseguido entender completamente o que as duas outras fêmeas estavam tentando ensinar a ela.
— Vamos lá, feche os olhos — Feyre exclamou se aproximando de Ayla. — Pense em algo que te traga raiva — Feyre murmurou próxima ao ouvido de Ayla, que fechou os olhos.
Tudo à sua volta se tornou silencioso, ela não escutava o barulho dos pássaros, as árvores encostando uma nas outras, a respiração de Feyre ao seu lado, e muito menos a batida acelerada do pequeno coração dentro do ventre de Amren. Ela respirou rapidamente sentindo seu batendo acelerado, Feyre havia lhe dito para pensar em algo que lhe trazia raiva e foi isso que ela fez. Ela lembrou da última noite que esteve na cidade escavada, de como ela queria ter fincado aquela faca muito mais vezes nele, ela se lembrou da sensação horrível que foi ver Stella chorando de dor gritando por seu nome, ela sentiu algo além da raiva. Ayla estava com ódio, ódio que foi reprimido e guardado dentro de si por longos e torturantes anos de toda sua pequena e miserável vida.
A pequena e agora nenhum pouco frágil fêmea ao menos havia reparado que estava levitando, seus pés não mais tocavam o chão, o brilho dourado e prata que ondulava em volta dela não deixava Amren e Feyre se quer apreciarem aquela cena deslumbrante.
— Ayla! — Feyre exclamou colocando a mãos sobre os olhos, para inibir o excesso de brilho que ondulava em torno de Ayla. Ela estava preocupada com sua amiga, pois não conseguia enxergá-la.
— Deixe ela menina, ela está bem — Amren retrucou tirando as mãos sobre os olhos. Seus olhos prateados brilharam em sinal de admiração ao ver, como Ayla era poderosa.
