"eu posso ajudar"

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Eu sou a número zero, fui adotada pelo Sr. Hagreeves durante a ida de Luther a lua, papai precisava de alguém para ajudá-lo nas missões diárias. Ele me treinava todo dia, meus poderes? Bem eu posso viajar no espaço, não no tempo, e também posso sugar a energia de alguém até ele virar pó.
Grace me colocou o nome de S/n, eu gosto do meu nome, bem melhor do que ser chamada por um número, como se fosse um boi.
Uns dias antes do papai morrer, ele não me treinava, nem ao menos me deixava vê-lo no seu quarto, só Grace e Pogô podiam entrar lá.
Nesse meio tempo, descobri que posso absorver e guardar essa energia, para usá-la de uma forma mais forte depois contra algo ou alguém. Um poder horrível, admito.

Estou no meu quarto agora, quero ir atrás dos meus outros irmãos, então estou arrumando uma bolsa com alguns pertences, já é tarde da noite então pego uma faca para me proteger. Vejo um rosto na porta do quarto e aponto a faca no pescoço.

S/n) o que você quer aqui?

Mas uma voz familiar fala e eu acendo a luz do quarto

S/n) mamãe, desculpa!

Eu falo e abaixo a cabeça com vergonha pelo que acabei de fazer Grace passar.

Grace) tudo bem, querida! Estudou hoje?

S/n) eu tentei, eu ia ir atrás dos meus irmãos essa noite, tô com saudades, a última vez que os vi eu tinha 13 anos, hoje já tenho 16!

Grace) logo logo eles estão aqui, todos juntos! Olha querida, não vai ser nada fácil para você, mas... o Sr. Hargreeves não está mais aqui.

S/n) O QUE? Ele fugiu? E me deixou aqui?

Grace) não não, meu amor! Ele morreu agora.

O homem que eu chamava de pai morreu, o homem que eu mais admirava... ele pode não ter sido um pai muito carinhoso, mas me ensinou tudo o que eu sei, me mostrou o caminho que devo seguir e mesmo sem ter tempo para cuidar de mim, me presenteou a Grace como mãe! Não não!
Percebo que estou andando em círculos no quarto com as duas mãos na cabeça e chorando sem parar.

Grace me abraça.

Grace) vai ficar tudo bem, querida!

Assim, ela me leva para a sala no andar de baixo e quando vejo, todos estão lá, sem derramar uma só gota de lágrima. Só eu estou em prantos e Luther também choraminga um pouco.
Lá estão eles: número 1- Luther, número 2- Diego, número 3- Alisson, número 4- Klaus, número e a número 7- Vanya. Tenho certeza de que Ben, o número 6, também está ali, mas não consigo vê-lo.

Grace me deixa ao pé das escada, eu me sento e cubro meu rosto com os joelhos. Meus olhos devem estar bem inchados agora.
Klaus me olha com uma cara como se eu fosse uma maluca.

Klaus) papai nem era tudo isso!

Eu me levanto e com meu poder rapidamente estou ao seu lado.

Sn) Vocês sumiram, durante anos, não deram nem sinal de vida, deixaram ele morrer sozinho, vocês largaram ele para trás e seguiram com a vida de vocês, mas eu não, eu sempre estive aqui, eu e Luther.

Diego) continuaram aqui porque quiseram, podiam muito bem ter saído e vivido a vida.

Eu olho para a cara de cada um deles com desprezo e vou para a cozinha.
Preciso de café. Droga, não tem nem uma gota nessa merda de garrafa. Decido fazer um! Bom, até que não tá tão ruim.

Diego aparece pegando uma xícara, provavelmente para pegar um pouco do café que eu fiz. Eu agarro a garrafa com as mãos.

S/n) você não vai pegar!

Diego me olha com uma careta em movimento

Diego) o que?

S/n) eu fiz, é meu, se você quisesse café, teria vindo buscar durante todos esses anos que não voltou para a casa!

E como um passe de mágica estou no meu quarto novamente, com minha garrafa de café. Droga, esqueci a xícara, não vou voltar lá. Bebo direto da garrafa mesmo.

Fico lá a manhã toda, até que a Vanya aparece na porta do meu quarto.

Vanya) posso entrar?

S/n) você já entrou mesmo.

Vanya) olha, S/n, não foi culpa nossa, não precisa nos tratar daquela forma, não podíamos ficar presos nessa casa.

S/n) Vocês abandonaram ele, Vanya! Viraram as costas para ele!

Vanya) mas a gente está aqui agora, isso é importante!

S/n) se ele não tivesse morrido, seria importante sim!

Através da janela do meu quarto vejo uma bola azul enorme flutuando, como se fosse um portal de energia.

S/n) PARA BAIXO TODO MUNDO!

e saio correndo pelos corredores até chegar lá embaixo.

Vanya) o que?

S/n) não façam perguntas, apenas venham!

Chego no lugar em que o portal estava, Luther fica preocupado e com medo, por isso manda todos nós ficarmos atrás dele.
Klaus não sabe o que fazer, acha que pode ser uma ameaça para todos, então joga um extintor de incêndio no portal.
Alguém sai daquele portal, uma criança, mais ou menos da minha idade. Cinco, é ele.

Klaus) gente, eu tô ficando louco ou mais alguém tá vendo o Cinco criança?

Luther) não, é ele mesmo!

Todos nós vamos para a cozinha ficamos observando o que Cinco está tentando nos dizer. Tudo é bem confuso na verdade, para nós ele ficou 16 anos longe, mas por ele faz mais de 50 anos. Ele errou os cálculos, por isso voltou com um corpo de criança.
Vanya parece muito quieta na verdade, bom, todos temos um pé atrás com ela, por que lançou aquele livro expondo os segredos da nossa família, a família Hargreeves.

Já é de tarde, uma chuva está caindo sobre nós, e lá estamos nós, abaixo dos guarda-chuvas esperando Luther fazer algo. Ele pega a cinzas de nosso pai e joga. E acaba formando um montinho de cinzas na sua frente.

Luther) seria melhor se estivesse ventando!

Pogô) alguém quer dizer alguma coisa?

Todos ficamos em silêncio por um tempo.

Pogô) muito bem.

Assim, vamos todos para dentro de casa.
Cada um vai descansar em seu quarto e do nada Cinco entra no meu quarto.

S/n) bater na porta é muito bom também!

Cinco) não tenho tempo para isso - Ele fala meio preocupado - o Apocalipse acontece daqui a 8 dias.

S/n) o que? Você tá ficando louco? Andou fumando a mesma do Klaus?

Cinco) Vocês são um bando de... incapazes!

S/n) Ei ei! Me conta mais sobre essa loucura sua aí

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Desculpa qualquer erro pessoal 🤍




número zero - Cinco e Sn Onde histórias criam vida. Descubra agora