Changbin era conhecido por ser o Filho das estrelas mais solitário da nave, embora o motivo fosse desconhecido, os passageiros comentavam que o motivo era um coração partido, e a história era tão triste que te deixaria tão melancólico quanto aquele pálido.
O jovem pequeno e magro tinha cabelos prateados, e pequenas estrelas se distribuíam em seu cabelo peculiar, seus olhos eram pequenos e escuros, pois ele sempre olhava para baixo, poucos os tinham visto, mas dizia-se que sua tristeza era tão grande que já não havia estrelas neles, nenhum ponto brilhante foi deixado.
Ele não falava, sua característica era o silêncio, não fazia barulho nem ao caminhar, embora raramente fosse visto rondando a nave.
O seu lugar era em frente à janela do último quarto daquela fortaleza espacial, era um quarto abandonado por outros e só para ele, e ele só se sentava ali para ver a terra, em silêncio, segundo dizem, de vez em quando o seu o rosto muda de sem emoção para um com um pequeno sorriso, ou pelo contrário, lágrimas brilhantes começam a correr por suas bochechas brancas, todas causadas pelas memórias que nunca compartilhou.
O menino dava curiosidade, mas ninguém se aproximou dele, muitas vezes ele parecia um fantasma que todos ignoravam.
E os novos naquela nave, como era o caso de Seungmin, olhavam para ele com pena e não demorou muito para que ele perguntasse:
— Quem é esse?
Os olhos brilhantes do moreno se voltaram para seus companheiros de mesa, Felix, um garoto loiro com pequenas e brilhantes estrelas espalhadas em seu rosto como se tivessem jogado purpurina nele, olhou com certo medo para o homem pálido, que estava saindo da sala de jantar em direção ao seu lugar.
— Seu nome é Changbin — ele disse — embora muitas vezes o chamem de "A estrela mais triste do universo".
Seungmin franziu a testa.
— Isso é algo cruel... — disse ele — por que eles dizem isso?
Félix deu de ombros.
— Segundo o que dizem... Seu coração está partido há muitos anos, e nunca poderia ser consertado, algo aconteceu com sua estrela binária.
— Ele morreu?
Felix balançou a cabeça, franzindo a testa.
— Se não ele teria morrido também — ele diz — Uma Estrela Binária não sobrevive sem seu parceiro... Mas talvez não esteja tão longe assim, já é assim há décadas, dizem que se você ouvir a história dele vai acabar como ele, ninguém arrisca isso.
Seungmin se sentiu um pouco quebrado por aquela ideia, parecia estúpido e triste ao mesmo tempo, e em parte o incomodava que ninguém quisesse entender aquele garoto.
— Ele passa o dia inteiro na solidão no último quarto do navio, vendo a terra, sua estrela deveria estar lá.
— O mesmo que o minha... — o homem de cabelos castanhos murmurou, lembrando-se de seu lindo humano Minho.
Olhando para trás, notou o característico cabelo prateado e estrelado do pálido, ele largou o que restava de seu almoço e se levantou para segui-lo, se perguntando como ele não fazia barulho quando caminhava.
Changbin ouviu seus passos atrás de si, mas não prestou atenção, realmente não se importou.
Seungmin ficou longe, as estrelas em seus olhos tremeram com algum medo por aquele personagem estranho, e ele silenciosamente o observou sentar no chão em frente à janela, onde a terra era claramente visível, e seu coração apertou ao perceber em como ela estava tão longe.
Ele franziu os lábios e se aproximou dele.
— Olá — ele disse, Changbin não olhou para ele, ele se aproximou dele e sentou ao lado dele — eu sou Kim Seungmin.
O de cabelos prateados baixou o olhar para o chão.
— É estranho alguém falar comigo — ele murmurou — Novo, certo?
— S-Sim — Seungmin estava um pouco intimidado por ele.
— Eu só conheci uma pessoa que tinha sobrenome — disse Changbin — Ele era da terra, então você deve vir de lá também, certo?
Seungmin assentiu, embora duvidasse que o pálido pudesse ver.
Changbin levantou os olhos para ele, eles eram escuros e Seungmin levou alguns segundos para encontrar as estrelas pequenas e fracas naquelas duas poças quase completamente pretas.
— Você parece muito humano, embora os olhos não possam ser removidos com nada — disse ele — Que sorte, você pode estar na terra e passar despercebido.
— E por que você não?
Changbin passou a mão pelo cabelo, movendo algumas mechas de cabelo prateado e fazendo as estrelas em seu cabelo dançarem e brilharem um pouco mais.
— Chama muita atenção — ele murmurou, e voltou seu olhar para o chão, e alguns segundos de volta para a Terra — Isso me causou problemas.
— Changbin, eu gostaria de ouvir sua história.
— Minha história? — ele perguntou, para qual Seungmin fez um ruído afirmativo — Você sabe que vai ficar tão triste quanto eu, certo?
— Isso é certo?
Changbin deu de ombros.
— Não sei, ninguém nunca há ouviu.
— Eu quero ser o primeiro — Seungmin se aproximou dele — Por favor.
Changbin olhou para os olhos castanhos brilhantes, tantas estrelas, tanto brilho e tanta vida que ele já não tinha mais, e se sentiria mal por dentro se conseguisse apagar ao menos uma daquelas estrelas.
Respirou fundo antes de começar, ele abriu a boca e pronunciou as primeiras palavras de sua amarga história.
— Minha estrela binária é um humano, seu nome é Bang Chan, e nos amamos de todo o coração desde o primeiro momento que nos conhecemos... Mesmo assim, nossa história não teve um final feliz.
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Nova adaptação para os 2chan! Eu sou apaixonada nessa fic então espero que vocês gostem também!
Obrigado a Junchi95 por essa linda história<3
Pode parecer confuso mas mais pra frente tudo sobre esse universo vai sendo explicado, até a próxima.
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Bitter Star ☆ Chanchang
Science FictionBang Chan é um humano destinado a morrer no espaço. Changbin é de outro planeta e decide salvar um astronauta perdido. ★ Mini - Fic ☆ Fluff / Angst / Mini Smut / M - Preg ★ Adaptação/tradução ☆ ©~@Juchi95