Capítulo 30

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                                                                                      Anastasia


Minha mente ainda está grogue, meus pensamentos emaranhados de endorfinas pós- sexo enquanto olho para minhas pernas, onde o sêmen de Christian está escorrendo lentamente pela frente da minha coxa esquerda, misturando-se com a água que me banha. Sinto que de alguma forma encenei um filme pornô um filme particularmente longo e envolvente, com o ator mais gostoso que já vi.

Christian gozou em mim.

Na minha perna. Enquanto eu o observava.

Foi tão sujo e incrivelmente erótico. Assim como os sonhos eróticos que tenho tido, só que melhor, porque esse foi o meu quarto orgasmo. Quarto. Eu nunca gozei quatro vezes seguidas, nem mesmo com o meu vibrador. E eu estava certa sobre sua língua ser loucamente habilidosa. Deus, como é habilidosa. A maneira como ele atacou meu clitoris...

— Você está bem? — Ele murmura, e eu pisco, corando quando olho para cima.

— O quê?

— Você está bem? — Ele repete, arqueando as sobrancelhas grossas, e percebo que estou completamente zonza, de pé ali como se estivesse sozinha no chuveiro.

Assim é um desses meus sonhos pervertidos, em vez de um encontro sexual real com o homem que eu ia despachar tão logo ele aparecesse à minha porta.

— Os livros — deixo escapar, minha mente finalmente se prendendo a algo diferente do fato de que eu tenho o sêmen dele em mim. Que ele estava em mim, tão profundo que ainda me sinto sensível por sua posse.

— O que tem eles? — Ele soa divertido enquanto pega o sabonete novamente e coloca um pouco na palma da mão, e começa a se ensaboar, seus movimentos tão casuais quanto os de um atleta em um vestiário.

— Eu não posso... — Eu engulo, meus olhos caindo para seu pau amolecido enquanto ele se lava completamente. Mesmo assim, ele é de tamanho impressionante, maior do que qualquer um dos meus dois ex. Com esforço, eu me forço a olhar para cima. — Não posso aceitá-los.

Sua expressão endurece. — Por que não? Você gosta de livros, não gosta?

— Claro. Mas essas são as primeiras edições. Eles devem custar mais do que o meu apartamento. E o cachecol não posso aceitar também. É muito.

Pronto, falei. Sinto-me bizarramente orgulhosa de mim mesma pelo menos até ele se aproximar, ficando debaixo da água comigo, e lembro-me o que ia falar a ele antes que algo desse tipo acontecesse. O ponto principal era afastá-lo para que eu não cedesse a essa atração perigosa. Ele deve estar pensando a mesma coisa porque um canto de sua boca se curva sarcasticamente enquanto ele inclina o chuveiro para que a água o atinja mais diretamente. 

— Eles são presentes, Gatinha. Você está familiarizado com o conceito, certo? — Ele está tão perto agora que meus mamilos estão roçando nos pelos ásperos de seu peito, e minha respiração suspende quando ele se abaixa com aquele toque casualmente inquietante e retira o resto de seu sêmen da minha coxa, levemente roçando meu sexo no processo.

— Pronto — diz ele com voz rouca. — Tudo limpo agora.

Virando-se, ele rapidamente lava a espuma restante de seu corpo e sai do chuveiro, deixando-me ficar sob o jato, recolhendo o resto da minha compostura. Eu meio que esperava que Christian tivesse ido embora quando saio do banheiro afinal, ele conseguiu o que queria mas ele está lá, sentado na minha cama em seu traje de negócios, parecendo que nada aconteceu. Isto é, se alguém ignorar o calor possessivo em seus frios olhos cinzentos enquanto eles viajam sobre meu curto robe cor-de-rosa e as pernas nuas debaixo dele.

Caralho. Ele quer mais sexo? Comigo?

Isso vai se transformar em algo agora?

Eu paro no meu armário, olhando-o incerta enquanto o Sr. Puffs mia do seu poleiro na prateleira de cima. — Então — eu começo, ignorando o gato —, sobre o...

— Eu disse a Wilson para atrasar nossa reserva em uma hora. — Christian se levanta, sua figura alta e grande fazendo meu estúdio parecer ainda menor. — Chegaremos a tempo se você não demorar muito para se vestir.

Eu fico boquiaberta. — Você ainda quer sair para jantar?

Ele franze a testa. — Por que eu não faria isso?

Porque você acabou de me foder de todas as formas possíveis sem precisar me levar a lugar algum, eu quero dizer, mas engulo as palavras a tempo. — Sem motivo — eu murmuro, pegando uma calcinha limpa do armário antes de fazer o meu caminho até a mesa, onde o jeans, suéter e sutiã que eu estava usando estão dobrados, com Rainha Elizabeth e Cottonball em cima deles.

Christian deve ter pegado minhas roupas do chão ou da cama ou onde quer que elas tenham acabado quando ele as tirou de mim. Por toda lógica, eu deveria me recusar a ir jantar com ele. Tão ardente quanto o sexo foi, isso não muda nossa incompatibilidade nem o fato de que ele já conheceu a mulher com quem poderia se casar. Por enquanto, eu ainda posso cortar o mal pela raiz, acabar com a loucura antes de me machucar gravemente. Essa seria a coisa racional a fazer, a mais inteligente, mas eu já sei que não vou fazer isso.

Eu quero mais de Christian.

Eu quero que a loucura continue.

— Dê-me um segundo — digo sem fôlego, e enxotando os gatos da minha mesa, pego minhas roupas e corro de volta para o banheiro para me vestir.

O Titã De Wall StreetOnde histórias criam vida. Descubra agora