1- You Know That I'm Falling

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Olá, tudo bem? Espero que sim... Estou voltando a escrever aos poucos, e decidi começar com uma história rápida sobre minha atual obsessão.

Espero que gostem, espero que alguém leia, na vrdd.

Dsclp qlr erro<3

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Beatrice respirou fundo, próxima a pequena fogueira recém feita, ela finalmente podia sentir seu corpo ser aquecido e confortado pelo calor e calma momentânea. Ao longo de seu corpo, algumas feridas recentes se misturavam as antigas, sua costela doía. Ela mantinha os grandes olhos fixos a dança discreta que as chamas faziam, sendo despertada bruscamente de sua calma pelo barulho dos gravetos caindo repentinamente ao fogo, aumentando o tamanho da fogueira.

- isso poderia ter pego no meu olho. - Sua voz saiu tão baixa que ela duvidou que Chishiya a tivesse escutado, ela esperava que não. Olhou para cima e viu o homem parado a sua frente do outro lado do fogo, a encarando em silêncio, ela se sentiu julgada.

- 'que foi? - Com a voz ainda baixa, ela perguntou. Do ponto de vista de Chishiya, a garota parecia completamente destruída, tinha um corte grande na testa, as pernas estavam arranhadas e as mãos pintadas por grandes hematomas devido aos recentes esforços, se sentiu culpado. Pensou no que deveria dizer, os braços cruzados em frente ao peito, seu casaco branco não estava em seu corpo, e sim cobrindo as coxas de Beatrice, apenas uma camisa preta cobria seu torso, nas pernas, a calça moletom fazia este trabalho.

- não vai falar comigo? - Agora ela não se sentia só julgada, mas também punida. Tentou se levantar espalmando as mãos machucadas ao chão, quando conseguiu, recebeu um olhar reprovador do loiro.

- escuta, eu não tô nem aí se você vai ficar emburrado porque eu não te escutei na droga daquele jogo, eu sobrevivi tempo suficiente sem você pra saber oque devo fazer. Por mais inteligente que você seja, só isso não vai ser o bastante quando o jogo for de espadas, eu te salvei. - suas palavras rígidas cortavam o silêncio da noite como uma faca, ela era tão impulsiva, tão violenta e sem rédeas, mas era exatamente oque a mantinha de pé. No último jogo havia ignorado as instruções de Chishiya, eles que haviam se conhecido a algumas semanas atrás, num jogo de ouros. Ela ficou imediatamente encantada.

" - eu posso ir com você?

- tem certeza disso?

- absoluta."

O diálogo se repetia em sua cabeça com certa frequência, tinha medo de ser um estorvo, um fardo, por isso se esforçava dez vezes mais desde então. Era consideravelmente mais nova e isso a incomodava, se ela conseguisse analisar um pouco suas inseguranças sem fundamento, veria o quão bobas elas eram. Chishiya continuou a encará-la, procurando palavras para expressar o que achava e sentia, mas aquela impetuosidade materializada a sua frente o fazia agir sem pensar, logo ele que sempre prezou pela lógica e estratégia acima de tudo ali. Não queria admitir a si mesmo que em tão pouco tempo deixou de ser sua maior prioridade.

- Se tivesse me escutado, poderia ter evitado isso. Você está completamente ferida e é culpa minha. - foi tudo que ele conseguiu dizer, por mais que não fosse exatamente oque havia planejado.

- Ai meu deus, que idiotice, eu já saí muito pior de outros jogos, eu e você estamos vivos e foi por pouco, seu plano não ia salvar a gente naquele momento. - Ela vacilou, sua voz tremia e ela temia se exaltar, e se ele a achasse ainda mais maluca e imatura? Droga, eram só malditos 5 anos de diferença, mas algo nele a fazia sentir tão idiota e errada. O que de início pareceu a parceria perfeita, agora os ameaçava.

- está tudo bem, eu não vou discutir com você, você deveria se recuperar. - Agora, vindo em sua direção, ele pegou o próprio casaco no chão, próximo as suas pernas, ela estava petrificada. As vezes, em meio as constantes discussões, ela se deparava com um sarcástico Chishiya, provocando-a como se aquilo fosse a coisa mais divertida do mundo, já em outros momentos, ele era apenas frio e ameno. Em seu interior, o loiro sentia que aquilo era definitivamente sua culpa, e isso o corroía como um ácido. Sem se importar com permissões e ou climas ruins, ele a segurou pelo braço de maneira delicada, vestindo nela o próprio casaco. Seu próprio corpo doía, mas ele parecia ter uma facilidade invejável de fingir que não, sua cabeça latejava.

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⏰ Última atualização: Jan 23, 2023 ⏰

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