PRÓLOGO.

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E lá estava eu

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E lá estava eu. Uma menina de onze anos, olhando os carros passarem enquanto está prestes à sair do seu país Nativo.


— Irá ser divertido, Lalisa! Você terá amigos novos. Seul não é tão assustador assim, querida. Eles só não falam inglês com frequência, mas seu pai e eu te ensinamos bem o coreano. Você irá se sair bem. – Dizia mamãe.

Eu estava no banco de trás, não sentindo meus pés tocarem o chão do carro enquanto olhava a movimentação da rua pela janela. Estávamos indo para o aeroporto, então realmente iríamos nos mudar para a Coréia. Na minha cabeça de garotinha de onze anos, se mudar estava sendo algo caótico e totalmente horrível. Perder amizades, fazer amizades novas, se socializar…céus! me lembro de como é sentir medo e de  como é horrível sentir medo.

— hum, okay?... – resmunguei como uma criança mimada. Minha mama olhou em meus olhos pelo retrovisor, ela estava irritada.

— Lalisa! Você sabe que não gosto disso. Parece que faz de propósito, não?

— Então vamos voltar para casa, assim eu paro.

— Estamos indo para casa, querida. – Retruca o meu pai em um tom baixo para tentar amenizar a situação.

— Não, não estamos!

— Lalisa, silêncio. Você é uma criança, você não irá tomar as decisões. Estamos fazendo o que é melhor para você, garotinha ingrata. – Minha mãe dizia furiosa.

Confesso que aquilo havia me deixado chateada, então suspirei e cruzei os meus braços. Não sou ingrata, mas sei que não é eles que tem um grande problema com socialização. Já estava na certa; eu iria sofrer bullying por ser tailandesa em um país totalmente diferente do meu.

— Aliás, Lalisa...tenha um visual novo.

— hum? – Olhei para a minha mãe com os olhos chorosos. Eles estavam marejados, mas não queria chorar na frente dos meus pais para acabar ganhando esporro.

— Não sei, tente algo inovador. Hum, que tal uma franja?

— Franja?...mas pra que?

— Cobrir a sua testa.

— Ah, Okay. – Não sei como eu devia me sentir. Será que aquilo foi um ataque ou algo para me fazer parecer descolada? hum, eu não sei. Mamãe sempre foi confusa, mas nunca quis entender ela.

[...]

Quando chegamos, mamãe já havia me mostrado o uniforme e havia me dito as regras da escola. Minha cabeça estava nas nuvens, mas acabei vendo uma escapatória para me tirar daquele inferno. Eu poderia tentar ser expulsa - e isso é uma ótima idéia! - então um sorriso de cada canto se formou sobre meus lábios de criança que ainda estavam tristonhos.

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⏰ Última atualização: Jan 22, 2023 ⏰

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