Tumblr girls

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A felicidade, perfeição e o tempo são a mesma coisa: ilusões criadas pelo ser humano para fazer a vida mais interessante.

Entrei no bar com os outros rapazes. Não me sentia confortável, estava fora da minha zona de conforto. Peço gin com limão e fico mais perto balcão tendo em conta que odeio dançar. As raparigas aqui são totalmente não o meu estilo. Calções subidos, tops curtos, all star. Típicas: tumblr girls, como gosto de lhes chamar.

Olham imenso para mim, devem esperar que lhes ofereça uma bebida ou algo do género. Passam imensos grupos de 3 e 4. Decido ir para a casa de banho aliviar por estar cansado de ouvir a batida constante da música. Gosto de boa música, não deste género.

Tenho caminhar entre as pessoas até chegar ao meu destino. Acabo por ir contra uma rapariga que estava num grupo. A sua bebida derrama-se totalmente no seus calções.

"Peço imensa desculpa!" digo sinceramente.

"Oh, agora não tem grande importância..." diz. "O problema é a bebida, enfim. Na boa, acontece."

"Eu pago-te uma nova, se quiseres!" solto.

"Aceito então..."

Vamos até ao bar, peço a bebida que ela tinha anteriormente e pago a mesma.

"Que estratégia tão manhosa..." diz ela.

"Do que falas?" solto.

"Se querias falar comigo, podias falar. Não tinhas de derramar a bebida em cima de mim."

"Desculpa, porque achas que o fiz de prepósito e porque haveria eu de querer falar contigo?" digo um pouco revoltado.

"Quero dizer, se não quisesses falar comigo tinhas ido contra mim e tinhas continuado a andar..." diz ela com a sua palhinha na boca.

"Querida, lamento se o facto de ser educado despertou ilusões em ti, mas não tinha sequer reparado que estavas aqui, alias, se tivesse concerteza não teria ido contra ti."

Ela faz um sorriso manhoso. Dá-me um beijo na bochecha que toca um pouco no lábio e vai embora lentamente.

Depois da aventura decido voltar para o meu quarto arrendado. Entro, atiro-me para a cama e adormeço.

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Acordo e são cerca de 9h da manhã, arranjo-me em 5 minutos e visto a primeira camisa que vejo e vou tomar café. Visto que sou novo na cidade, é díficil saber onde estou. Apenas conheço o meu primo Paul e os seus amigos... Os mesmo que me obrigaram, praticamente, a sair para aquele bar ontem. Fiquei preocupado com a pobre rapariga, ela achava mesmo que a queria levar para a cama ou algo do género? Aposto que é uma daquelas raparigas sem futuro.

Ao sair do café reparo num corpo encostado a uma parede com um copo ao lado. Decido ir ver se a pessoa esta bem, pode ter entrado em coma alcoólico.

Toco no ombro da rapariga, acorda e penso para mim mesmo "ou menos esta bem" no entanto, reparo que é a mesma rapariga de ontem, ainda tem um pouco de liquido derramado nos calções.

"Esta tudo bem?" chuto.

"Hm, onde é que estou? As minhas amigas? Que horas são mesmo?" pergunta a rapariga.

"Portanto, estas numa rua a cerca de 5 metros do bar onde te vi ontem, as tuas amigas, se te referes as raparigas com quem estavas ontem, não estão perto pelo que eu consigo ver... E são precisamente 9 horas e 23 da manhã!"

"O quê?? Tenho de ir trabalhar!" diz tentando levantar-se mas quase tropeça.

"Wow calminha, acho que não estás em condições!" digo apanhando-a.

"Mas eu tenho... De... Ir..." diz. "Heeey, eu lembro-me de ti! És o rapazinho giro de ontem!"

Não consigo evitar rir-me da situação. Faço-o quando estou nervoso.

"Chamo-me David, se achares relevante."

"David, certo! Agora, David, podes levar-me para o meu trabalho?"

"Lamento mas eu não sei onde trabalhas, nem sei o teu nome, trabalhas aos sábados?"

"O meu nome é Meredith... Chama-me Mere... Por favor..."

"Mere, tens mesmo de me explicar onde trabalhas... Mas continuar a achar que não devias ir!"

"Não posso ser despedida! Eu trabalho num café, é perto daqui acho eu..." chuta ela ainda meio tonta. "Eu... Hoje é sábado? Tens razão, hoje o café esta fechado, acho eu..."

"Okay, tens de me dizer onde moras..." chuto. "Ou consegues ir para lá sozinha?"

Ela ri-se.

"Eu moro, por cima, de uma loja com as paredes pretas..."

"A tua sorte é que eu sei do que estas a falar..." chuto. "Salta!"

"Salto?" diz.

"Para as minhas costas, tu estas a andar aos zig zags" chuto. Ela dá uns saltos quase a cair mas lá chega as minhas costas. A sua casa é a cerca de 3 quarteirões, ou menos ela é quase leve e é fácil carregá-la. Chegamos e pergunto:

"Chegamos ao seu destino?"

Ela volta para o chão e assente.

"Podes ajudar-me a subir? Eu acho que vou cair... A chave esta por baixo do tapete..." diz a sussurar por alguma razão...

Faço o que a rapariga me pede, subo a porta que esta aberta, subo umas escadas tentando aguentar Meredith, até que abro a sua porta.

É um apartamento todo branco com bastantes plantas e móveis com livros... Aposto que vive com alguém porque não parece que ela possa ser assim. Deito-a na sua cama e fica automaticamente a dormir.

Reparo que na cozinha esta uma ardósia pendurada no frigorifico e escrevo com o giz branco : "As melhoras Mere, David xx"