14. "Amar não é errado"

451 51 25
                                    


 Oi, amores. Como me pediram no twitter, nesse capítulo tem referências a Evelyn Hugo. Espero que gostem!


//


 Meses se passaram e já estávamos em abril, mês que Tebet seria lançada como pré-candidata à Presidência da República. Todo o Brasil já sabia que ela seria candidata, só faríamos o anúncio oficial para formalizar.

 Há meses vínhamos preparando suas redes sociais para a campanha e, modéstia parte, ela estava arrasando. Tinha admiradores do Brasil inteiro, do Norte ao Sul, Leste a Oeste, de todas as idades e classes sociais.

 A única coisa que me amedrontava nessa campanha eram as ameaças anônimas. Tanto tempo investigando e nossa equipe de segurança só achou um CPF falso por trás das linhas telefônicas e uma casa abandonada no interior de São Paulo.

- Você vai mesmo viajar só com metade dos seguranças para a pré-campanha? – perguntei para Simone.

- Sim. Não tem necessidade de levar todos, levarei os melhores. – ela respondeu, enquanto abotoava sua blusa azul marinho. – Aliás, você vem comigo na primeira viagem?

- É quando mesmo? Tenho umas coisas pra resolver com Gleisi.

- É só semana que vem, na quarta-feira. – falou empurrando meus ombros, fazendo-me deitar e deitando sobre mim. – Por favor, amor! – beijou meu pescoço.

- Simone, você vai se atrasar para falar com a imprensa. - tentei empurrá-la para evitar qualquer ato que nos enrolaria.

- Não me importo, quero ficar aqui! – empurrou-me de volta, sentou-se sobre mim e começou a tirar minha blusa.

- Simone... – falei em meio a um suspiro. – Não comece o que não poderá ser terminado.

- Eu não deixo nada pela metade. – ela piscou e começou a me beijar.

 Simone chegaria atrasada no seu anúncio oficial para a pré-candidatura à Presidência e não estava nem aí. Ela queria ficar comigo, me amando e dando prazer. E foi o que ela fez. Nos amamos lentamente, aproveitando cada segundo.

 Ela me olhava com aqueles olhos escuros e marejados, como se quisesse dizer que eu era tudo na vida dela. Às vezes, um olhar vale mais que muitas palavras. Eu tentava passar o mesmo sentimento para ela.

 Nós realmente fazíamos amor. Não era apenas troca de prazer, era troca de amor puro e genuíno.

 Eu chorei depois que gozamos. Coloquei tudo para fora, literalmente.

- O que foi, meu amor? – ela me perguntou, acariciando minha cabeça. – Tá tudo bem?

- Eu te amo demais, Simone. É inexplicável o amor que sinto por você.

- Soraya, eu também te amo muito. Muito mais que o infinito. – abraçou-me. – Quando essa correria de campanha acabar, vamos viajar só nós duas, tá bom? – eu só consegui balançar a cabeça positivamente. – Bom, agora vou levantar pra me arrumar de novo... – riu. – e partir pra coletiva.

 Simone estava linda. Vestia uma calça social preta, uma blusa branca e por cima, meu blazer também preto. E lá estava ele, o famoso e querido sapato egito. Usava uma maquiagem bem leve, com um batom mais puxado para o vinho. Seus cabelos despojados, davam o ar da graça.

 Ela era irresistível. O andar, o jeito sério por causa da timidez, até mesmo o estilo das roupas, o sorriso e o jeito de falar. Tudo isso era tão natural dela, mas muito atraente.

Jogada de Mestre - SimorayaOnde histórias criam vida. Descubra agora