CAPÍTULO ÚNICO

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VIZINHO DO JIMIN ENTRANDO EM CAAAMPO
BOA LEITURAAAA MEU AMORES ❤️

...

A janela de meu quarto era o lugar perfeito para vê-lo enquanto lavava seu belo carro. Eu tentava desviar o olhar, mas juro por deus que não conseguia. Ele não podia de maneira alguma me ver ali, caso contrário as implicâncias seriam infinitas. Park Jimin é um tipo de vizinho que não conhece a palavra "limite". Eu arregalei meus olhos quando ele tirou sua camisa, sequei na cara dura mesmo. Tentei olhar para outra direção, observar as árvores, os pássaros, mas falhei miseravelmente. Meu corpo esquentou só de vê-lo assim. Senhor!

Me prontifiquei a admirá-lo. Ele parecia rebolar enquanto esfregava seu veículo, bem envolvido em alguma música que ele mesmo cantava, um absurdo. Sua bunda ganhava destaque com seus movimentos, respirei pesado.

O mesmo parecia dançar enquanto executava cada função ali. E infelizmente eu tive plena certeza de minhas suspeitas quando Jimin girou bruscamente em minha direção. Seu olhar risonho caiu sobre mim e mais que imediatamente eu abaixei-me o mais rápido possível. MEU DEUS DO CÉU. Com o susto repentino e o choque de ser pega no flagra, minha testa foi de encontro ao pequeno banco que ali estava. Eu gemi de dor, mas me recusei a levantar e ter que passar pela janela. O meu celular vibrou, chamando minha atenção naquele momento constragedor. O peguei em meu bolso.

Traste:

"Me admirando? Pode voltar pra janela, amorzinho."

Minha testa doía, latejava e eu massageava a região insensatamente com um desgosto visível na minha expressão. Já não sabia se era pela batida ou por receber tamanha afronta por mensagem. Precisaria colocar gelo ou aquilo iria ficar feio.

"Jimin. Vá se fuder! EU NÃO ESTAVA TE ADMIRANDO SEU BUNDUDO."

Enviei, respirando fundo. Aquele seu ego que nada abala me dá nos nervos! Sua gargalhada ecoou lá em baixo. Eu ri anasalado, não conseguindo fugir da sensação boa em capturar o tom suave da sua gargalhada.

Uma pedra acertou a janela de meu quarto. Sim, uma pedra! Eu gritei de susto, claro porque poderia ser uma bala perdida, um tentativa de atentado contra a minha pessoa. Jimin ainda ria escandalosamente, diria que só aumentou a intensidade e o volume desta.

- Aparece aí meu amor. - Gritou o estrume, boçal e todos os adjetivos ruins existentes no mundo.

- Ya! Eu não sou o seu amor, diabo! - Apareci na janela somente com a cabeça à mostra. Ainda massageava minha testa. Essa sua mania de forçar uns apelidos me irritava muito! Porque tão babaca e exibido?

- Não me chama assim! - disse, formando um falso bico em seus lábios.

- Anão de jardim, eu te chamo como eu quiser. Como eu quizer, bundão.

-Aish! Você é menor que eu sua tarada! - Gritou. Eu ri. Ele odeia quando menciono sua altura à discussão. Quer irritá-lo? Chama ele de anão, quer irritá-lo ainda mais? Adicione bundudo. Aí está um tutorial rápido e prático de como irritar Park Jimin.

O moreno voltou sua atenção ao veículo com o cenho franzido e um bico enorme na cara.

Ele ligou a mangueira e começou a jorrar a água sobre o carro. Ele dizia algo, mas não era preciso escutar com clareza para saber que me xingava em todos os idiomas, rotineiro.

- Fala mais alto aí. A sua altura não colabora para que eu escute. - eu ri ainda mais. Cara, era bom de mais jogar com a mesma moeda. Tá que aquilo era infantil e nada adulto, mas foi ele que começou desde o princípio.

- Eu disse: OLHA A ÁGUA. - Em fração de segundos jatos de água atingiam meu rosto. Molhou todo meu rosto e cabelo. Eu repito, O MEU CABELO!

Abri a boca tentando dizer algo, mas nada fluía. Abri meus olhos e o fitei fervendo de raiva, até meio descrente.

Vizinho (Park Jimin)Onde histórias criam vida. Descubra agora