Capítulo 2 - Sonhos

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          Uma brisa suave recobria meu rosto, como se fosse uma capa invisível cobrindo toda a minha pele, ecoando pelo vento eu ouvia alguma coisa, algum tipo de ruído bem desconfortável vindo em direção aos meus ouvidos

— Orfeu..

Meu rosto apenas continuava a encarar o nada, como se esperasse que algo acontecesse, olhando ao meu redor, não sabia dizer de que direção a ventania vinha exatamente, só sabia que comecei a sentir um tremendo frio, cruzando os braços e escolhendo um rumo aleatório, eu segui adiante, até um baú fechado, no meio da escuridão, abandonado, largado e deixado para apodrecer.

— Assim como eu..

Olhei ao redor para ter certeza de para quem eu estava afirmando isso, ao olhar novamente para o baú, lá estava o gato, decidi não chamar-lhe pelo nome que eu havia escolhido, talvez gatos de rua se orgulhem de não pertencerem a ninguém ou algo assim, como se fosse algum tipo de conquista não depender de humanos para conseguir comida e afins.

— Não vai abrir?  Dizia ele, sua voz sendo assustadoramente grossa para um animal tão fisicamente fofo

— Por que eu deveria? Retruquei logo em seguida, não sabia dizer direito onde ele queria chegar com aquilo.

— O baú, você não deveria abrir? O Felino insistia — Você sabe o porquê das pessoas trancarem baús com velharias e coisas inúteis e os jogarem em algum tipo de sótão?

Eu fiquei em silêncio, estava particularmente curioso sobre onde ele queria chegar

—Eles o fazem para serem esquecidos, objetos inúteis nao deveriam ser lembrados, certo? Deveriam ser descartados sem piedade na porta da casa de seus parentes distantes? E depois criado como um garoto quieto e distante que tem dificuldade de se aproximar e criar vínculos?

Eu já sabia que ele estava falando de mim, obviamente, minha principal pergunta seria como ele sabe de tudo isso, mas minha garganta não sabia que palavras usar para fazer tal questionamento.

O gato em seguida pula de cima do baú, vai correndo em direção a escuridão e me deixa sozinho.. no frio... No escuro... Minha única reação foi me ajoelhar e aceitar a escuridão que me rodeava, me consumindo, me desgastando, me deixando louco...

— Orfeu!..

A voz ecoava pelo vazio, uma luz se abria acima de mim, cortando a escuridão como se não houvesse o que temer

— ORFEU!!!

—O-O QUE? AHH!

Acordo aos prantos com uma enorme dor na canela, esfregando o lugar machucado, percebo que a sala estava vazia, e a minha frente, uma garota, infelizmente não a garota super atraente que deveria ser a heroína principal da incrível história da minha vida, mas sim, a Nadine, a chatonilda da minha colega de turma, todos na escola conhecem sua fama de nervosinha, a clássica personagem de cabelo curto e olhar frio que você já está acostumado em ver em qualquer anime, se isso aqui fosse uma história, o autor deveria ser processado por fazer algo tão clichê e previsível

Acordo aos prantos com uma enorme dor na canela, esfregando o lugar machucado, percebo que a sala estava vazia, e a minha frente, uma garota, infelizmente não a garota super atraente que deveria ser a heroína principal da incrível história da minh...

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⏰ Última atualização: Jan 23, 2023 ⏰

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