capítulo único

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Minha família estava reunida em frente a nossa casa, havia sido um dia horrível para todos nós, minha avó partiu hoje ainda durante a madrugada, foi um susto para nós, minha mãe estava aos prantos

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Minha família estava reunida em frente a nossa casa, havia sido um dia horrível para todos nós, minha avó partiu hoje ainda durante a madrugada, foi um susto para nós, minha mãe estava aos prantos. Ela era muito próxima de sua mãe, vovó estava completamente saudável, fazia exercícios e mantinha sua alimentação em dia. Não existiam motivos para ela ter partido, fomos até o necrotério e descobrimos o seu corpo mutilado, facadas profundas e repetitivas. Seu apartamento estava repleto de sangue, paredes manchadas e sua cama suja por completo. Acionamos a polícia, ninguém tinha escutado nada vindo de seu andar, sua morte foi completamente silenciosa e dolorida.
Fizemos seu funeral no dia seguinte e nos reunimos novamente em frente minha casa. Todos conversavam sobre o ocorrido, e eu fui passear pelo quintal, ele estaria vazio, exceto por uma sombra encapuzada que eu sofridamente enxergava ao fim do quintal.

- Com licença? Quem é você?
- Eu posso trazê-la de volta se você quiser. – Sua voz era assustadora, mas reconfortante, era grave e grossa, mas era entonada com calma.
- Do que você está falando? Se não me disser quem você é imediatamente eu irei chamar meus pais.
- Eu posso trazer sua avó de volta, vou precisar apenas de um pequeno sacrifício da sua parte. Você poderia descobrir quem fez isso com ela e puni-lo se assim desejar – ele esboça um sorriso largo e horrendo.
- Que tipo de sacrifício?
- Apenas uma gota de seu sangue para colocar nesta máquina.
Ele me mostra uma máquina pequena idêntica a um cata-ventos, eu estranho e recuo para trás com medo, mas penso que poderíamos pegar o assassino e prendê-lo. E eu daria tudo para ver minha avó de novo e reconfortar o coração atribulado de minha mãe.
- Como isso funciona?
- Só precisa espetar o seu dedo na lâmina da hélice e ela fará o resto do trabalho.
- Mas o que exatamente ela faz?
- Ela procurará corpos mortos, somente o necessário para reverter o ritual de passagem.
- CORPOS MORTOS? VOCE NÃO ME DISSE QUE PRECISARIAMOS DISSO!
- Silêncio! Eu acabei de lhe contar o que precisaríamos, você está surda?
- Como funciona o ritual?
- Não vou prolongar o assunto, consiga cinco cadáveres humanos e depois eu lhe conto como funcionará a cerimônia.
Ele some. Estou confusa, certamente não deveria ouvir balbúrdias de estranhos, ainda mais de um maníaco desse tipo. Mas estou disposta a aceitar, apesar de ter de usar corpos humanos para isso. Me pergunto o que ele ganhará com tudo isso, por que ele me ajudaria se nem me conhece.

Volto para dentro, pego um copo d’agua e subo para meu quarto para repensar o que aconteceu hoje. Definitivamente foi o dia mais estranho que eu já tive. Como ele sabia sobre minha avó? E por que eu não conseguia ver o seu rosto apesar de ver seu sorriso? Muitas perguntas e poucas respostas, me resta somente fazer o que me foi mandado.
O dia amanhece e com ele vem a chuva, uma semana de início de inverno. Um dia triste. Desço as escadas e encontro minha mãe tomando um café com os olhos inchados, totalmente inconsolável. Decido não a perturbar, nesses momentos se é necessário o silêncio para colocar as ideias em seus devidos lugares.
Depois de um banho demorado eu me alimento, visto meu casaco e saio com a máquina em minha mochila. Passeio pelas ruas pensando em como uma adolescente de 15 anos foi se meter nisso. Essa é a coisa mais estúpida que eu estou fazendo da minha vida, mas não posso deixar de me sentir curiosa sobre isso, meu instinto de escritora me diz que isso vai ser uma ótima história para contar daqui para frente.
Chego na biblioteca principal da cidade, quero pesquisar um pouco antes de ir para a escola. São exatas seis horas agora e eu entro as oito, seria um bom passatempo até lá.
Entro na biblioteca e me dirijo ao balcão.

- Sarah... você sabe se tem alguma sessão sobre rituais ou coisa do tipo?
- Olha Skye, você já pegou dez livros essa semana e só devolveu dois, se estiver pensando que eu vou deixar você levar mais algum sem me devolver os outros você está muito enganada! – ela esbraveja com um tom raivoso e brincalhão.
- é somente para uma pesquisa, e outra, eu sempre devolvo os livros, viu!
- Acho que no fim do corredor 5 na estante 4 na prateleira 3 a 5 deve ter algo.
- Obrigadinha!

Eu saio apressada, tenho muito para ler. Chego no determinado local que foi me dito, leio os títulos e pego o máximo de livros possível. me sento em uma mesa próxima e me adentro na leitura.
Dado algum tempo e não tendo encontrado nada, me levanto, deixo os livros em um carrinho próximo e vou rumo a escola. Meus pensamentos estão aflorados, me dou novamente o benefício da dúvida, por quê? Ponho uma playlist aleatória que salvei e caminho em passos médios, fazendo teorias e me perguntando como eu faria para ter cinco corpos ao meu dispor.
As aulas foram um tédio, normalmente eu me divirto em aulas de álgebra e contagens, mas desta vez minha cabeça não estava ali, meu foco era outro, e eu não poderia deixar meu objetivo escapar pelas minhas mãos. Pego a máquina dentro de minha bolsa e saio da escola analisando-a, realmente se parece muito com um cata-ventos, e eu preciso ter um certo cuidado com ela já que toda a sua hélice são lâminas amoladas.
Passo por uma lanchonete vegana e peço um sanduíche com carne vegana e um suco de laranja. Depois da minha parada para o lanche eu volto para casa e a máquina está na minha mão, eu passo meu dedo sobre sua lâmina e corto meu dedo levemente. O sangue escorre para o núcleo dela e ela começa a girar calmamente, eu não entendo de jeito nenhum seu conceito. Chego em um beco atras da minha casa e ela começa a girar loucamente. Decido me aproximar mais um pouco do beco, faço uma curva e vejo algumas pessoas jogando sacos grandes de necrotério no lixo, eles parecem estar cheios, me escondo atrás da parede e fico vigiando-os. Eles saem um tempo depois e eu vou olhar as caçambas de lixo, abro um saco e o que eu suspeitei estava correto, havia corpos neles. Não posso levá-los comigo por conta do peso, depois eu daria um jeito de levá-los depois, eu só precisava chegar em casa logo.
Assim que chego me aconchego em minha cama, e durmo. Acordo meia-noite com uma sede enorme, desço para a cozinha e tomo um copo d’agua, penso que eu não teria outra oportunidade de conseguir estes corpos, teria que ser hoje e agora. Me preparo e saio de casa em completo silencio. Acho que minha mãe não suspeita de nada. Sigo para o beco e abro a caçamba... não havia nada, estava completamente vazio, nem o lixo tinha, aquilo estava estranho, poderiam ter pegado, a polícia principalmente..., mas não aquilo estava realmente estranho...
Não sei o que deu em mim, mas eu espeto meu dedo novamente na máquina, eu preciso saber onde estes corpos foram parar. Ainda era de madrugada e eu poderia estar correndo um perigo enorme, depois de rodar 3 quarteirões inteiros eu desisto e volto para casa. Jogo minha mochila em qualquer lugar do quarto, tiro minha roupa e vou dormir.
No dia seguinte acordo um pouco mais tarde, era sábado então posso me dar este luxo. Desço as escadas e vejo minha mãe sentada na sala assistindo algo, me junto a ela e passo algum tempo assim.
Depois de algumas horas me levanto e vou tomar um banho, minha curiosidade ataca, eu preciso saber onde estão aqueles corpos, preciso saber onde isso tudo irá me levar. Após o banho, eu me arrumo e aviso a minha mãe que irei sair e caminhar por aí, ela me diz para não voltar tão tarde e não questiona, ela deve estar muito perdida em seus pensamentos para isso.
Uso novamente a máquina e ela me guia até um local onde está havendo alguma construção, o local é localizado a cinco quarteirões de minha casa, não é tão longe, mas me pergunto como trouxeram aqueles corpos para cá sem serem percebidos.
Entro com calma, o lugar é aberto, mas há muitas pessoas então tento entrar sem ser encontrada. Me abaixo entre caixotes, paro um pouco porque escuto duas pessoas conversando e a conversa me chamou atenção.

- Ela não quis me dizer para que servia aquela máquina, mas me disse para ficar vigiando para ninguém ficar se enxerindo nos seus negócios.
- Esse é o trabalho mais estranho que recebi, só dizem para ficar de vigia e não respondem nenhuma das perguntas... e aquele maluco que anda de jaleco? Ele é todo esquisito!
- Mas aqui entre nós, o dinheiro vale a pena demais, imagina 4.000 somente para ficar parado e não falar nada para ninguém!

Esse lugar não é somente para construção, com certeza estão escondendo algo. Chamar a polícia seria o adequado, mas provavelmente negariam tudo. Pagar todo esse dinheiro só para esconder este lugar, que nem está tão escondido assim, estão querendo disfarçar algo.
Caminho para os banheiros químicos, eles são de madeira, nunca vi um desse tipo. Entro em um deles para me esconder e acabo esbarrando em algo que parece um botão e o chão do banheiro químico desce, parecendo um elevador. Me sento no chão para não cair.
O elevador para e abre sua porta e eu saio sorrateiramente, vejo uma sala de operações e mais para frente um laboratório. Vou explorando o local, chego em uma sala de experimentos, vejo vários tipos de seringas e pós em todas as mesas presentes. Mais a fundo na sala vejo duas crianças presas, assim que elas me veem começam a se desesperar, eu corro até elas.

- Calma, eu vou tirar vocês daí!
Elas começam a chorar de pavor, eu rodeio a sala toda a procura de uma chave para abrir os cadeados, não acho nenhuma, provavelmente deve estar com os sequestradores.

- Ok, Skye, não se desespere, vamos arrombar estes cadeados! – eu falo em um tom superconfiante, mas ao mesmo tempo com um medo.

Eu costumava brincar de destravar cadeados sem a chave com meu pai, ainda mantenho meus conhecimentos sobre isso. Procuro pela sala pedaços de arame para solda, ou algo parecido, não acho nada.

- Vocês sabem se tem algum lugar que eles mexem com arames aqui? Tipo, com uma máquina que fica quente, que eles usam para juntar dois pedaços de ferro.

Eu tiro o pano amarrado na boca da criança que aparenta ser mais velha.

- Escutamos muitos barulhos de ferro no outro lado do salão, deve ter algo lá.
- Obvio que não seria tão fácil assim!
- Onde eu fui me meter? – eu falo apreensiva.

Saio da sala e me dirijo ao local que me foi designado, mas paro abruptamente quando vejo uma pessoa vindo em minha direção ela parece ainda não saber que eu estou aqui então me escondo rápido em uns caixotes perto da porta de entrada. Minha respiração está acelerada e meu coração bate rápido.

- Meu deus, me ajuda por favor! – falo em um sussurro.
A pessoa chega e se direciona para as crianças.
- como você conseguiu soltar o pano?
- e-eu só me mexi muito e consegui tirar...por favor não faça nada comigo!
- Óbvio que não sua criança estupida! Você vai ter um grande proposito pela frente.
Eu fico desesperada e saio dali para conseguir salvar as crianças logo, mas sem querer eu esbarro em uma caixa, mesmo assim consigo sair sem ser vista.
- Quem está aí? Guarda!
- Sim senhor!
- Vasculhe toda a área... provavelmente temos um intruso.

Vou atravessando o salão com calma, a pressa seria uma inimiga neste momento, escuto barulho de algumas pessoas trabalhando e entro na sala, provavelmente foi essa a ditada pela criança, decido investigar o local para a achar o arame. Observo algumas pessoas conversando sobre algo e chego mais perto para escutar.

- Essa máquina sem dúvidas irá nos proporcionar um futuro tecnológico. Imagine, seriamos os cientistas mais ricos e importantes do mundo!
- Não esqueça dos riscos, se isso explodir, já era para o nosso financiamento e toda a nossa vida, não pode haver erros!
- A cabeça de vocês é muito pequena...
Uma mulher ruiva com roupas largas e pretas chega na sala falando com os dois cientistas.
- Não seremos os mais importantes do nosso mundo apenas, este estudo nos levara além de galáxias inteiras! Exploraríamos mais mundos do que a própria NASA explorou, colonizaríamos universos!
- Isso é um sonho muito grande minha senhora...
- Não é um sonho porque eu irei torna-lo realidade! – sua face era presunçosa e confiante.
- Todos os estudos sobre física quântica não sendo mais apenas estudos... tudo isso é um pouco ambicioso, mas é mais que um sonho!
- Continuem o trabalho rapazes, preciso achar Skye Katsaros.

Eu me assusto, como diabos ela saberia o meu nome, e o que física quântica tem a ver com toda essa loucura deles? Espero eles saírem e procuro logo o que preciso. Enquanto isso eu faço teorias sobre o assunto que acabei de ouvir.
Física quântica é um estudo sobre átomos, e mundo quântico seria um mundo de átomos, não sendo o nosso mundo, mas sim um mundo pequeno que é composto com o nosso, estudei algumas teorias malucas e sei que uma máquina baseada em átomos seria provavelmente uma de teletransporte, que teria que mandar a informação de todos os 10^24 átomos do ser humano para outro lugar. Eles devem estar fazendo uma dessas para explorar o espaço, mas para que as crianças? E os corpos? E EU?

- O que é isso? DROGAS? – eu falo um pouco alto, mas logo tapo minha boca.

Drogas... era mais profundo do que eu pensava. Acho uma sala pequena de computadores e entro, talvez seja hora de hackear algumas coisas, isso vai ser útil para a polícia.
Sempre levo meu notebook dentro da bolsa, eu ia passar na biblioteca depois de investigar então o trouxe comigo. Meu perfil era bem conhecido por hackear coisas, eram coisas simples, mas eu sabia fazer mais que aquilo.
Tento descobrir a senha do computador, algumas pessoas chegam na sala e eu tenho que me esconder, mas logo elas vão embora, depois de duas horas eu finalmente consigo. Ou eu sou muito boa em me esconder ou eles são incompetentes, não me acharam nenhuma vez.
Me certifico de que não vem ninguém e entro no computador, tem várias pastas sobre esse projeto, passo todas elas para o meu notebook e volto para pegar o arame que eu ainda não achei. Depois de procurar nos confins dessa sala inútil eu finalmente acho.
Volto para sala onde as crianças estão, percebo que tem muito mais guardas do que antes.

- Ok, peguei tudo, depois que eu tirar vocês daqui vamos correndo achar a saída!

Pego um pedaço de arame e coloco de um lado do da fechadura, pego outro e vou afastando os pinos do segredo. Finalmente solto elas de lá e vamos procurar a saída.
Eu as guio pelo lugar que eu vim e entramos no bendito elevador.

- Silencio total agora, certo? – elas assentem.

Chegamos na superfície, mas não contávamos com os capangas do lado de fora. Eles abrem a porta do banheiro químico com uma brutalidade terrível. Um homem que parece ser líder deles apontam uma arma que reconheço como uma Desert Eagle .50, uma bela arma para se morrer por.

- Achou que iria escapar não é mesmo espertinha?
- Bem, eu consegui entrar e sair sem ser vista, então vocês são um tanto incompetentes nesse ponto – eu ironizo.
Ele atira e a bala vai na parede, ela passa bem do meu lado.
- Não tem medo de morrer, sua vagabunda?
- Não atire novamente, por favor, as crianças estão assustadas...
Ele atira
- Acha que manda em mim? – ele esbanja um sorriso presunçoso.
- Deixe que eu tomo conta dela, Edgar.
Um garoto chega, sua pele é morena e seu cabelo está amarrado, ele está segurando um skate.
- Saia daqui Hiero! Pare de se meter nos meus assuntos!

Então o garoto também é grego..., eles estão discutindo e eu me vejo pega por uma adrenalina insólita, pego as duas crianças com meus braços e as levanto. Simplesmente corro, ao meu redor todos são vultos, quando vou passar pelo portão, passo ao lado de Hiero e o meu mundo fica em câmera lenta, vejo seu sorriso, parece que essa perseguição vai ser divertida.
Corro muito e chego ao centro da cidade, ele não pode me pegar por aqui. Pego meu celular e ligo para minha mãe. Assim que ela atende eu falo.

- Isso vai parecer loucura, mas quero que fique calma, estou no centro da cidade com duas crianças fugindo de uns capangas de uma cientista muito louca, talvez eu passe aí em casa para deixar as crianças seguras, me espere.

- Ok! Não deixe que te peguem!
Ela é mais louca do que eu... ela deve saber de algo, então apenas assinto e desligo.
- Vocês irão para minha casa para ficarem seguros, e contatar a polícia e mandar para aquele endereço, certo?
- Você também foi para aquele mundo?
- Oi? Que mundo?
- Aquele minúsculo, eu percebi isso por causa sua velocidade, nós também fomos, podemos te ajudar!
- Seja lá o que isso for, não, nem pense nisso, eles são uns malucos, isso não é assunto para crianças!

Olho para o fim da rua e ele está lá, como diabos ele me achou? Eu não penso duas vezes, pego as crianças e corro. Penso em uma rota rápida para minha casa. E consigo a mentalizar e segui-la

- Não pode fugir para sempre coelhinha... eu vou te pegar e te estraçalhar com minhas próprias mãos... – sua voz ecoava na minha cabeça, ela era rouca e assustadora, me perguntava como ele estava falando comigo.
- Pode tentar... – eu respondo debochando.
- Eu vou te destruir!
- Isso vai ser um tesão. Bem tente meu amor, vou lhe dar este luxo... haha.

Ele está furioso, eu aticei um monstro, e isso só aumenta minha adrenalina. Eu corro veloz e com um sorriso no rosto. Eu sinto uma felicidade genuína, nunca me senti tão viva... quando isso tudo acabar este será um dos meus passatempos favoritos.
Chego em casa, mamãe está me esperando.
- Fica de olho neles, aqui o notebook, a senhora sabe a senha, só acessa o pendrive e contata a polícia, rápido! eu tenho que resolver alguns assuntos com um skatista, te amo mãe.
Saio de casa e corro para embaixo de um viaduto e espero.

- Bom te ver de novo... – a voz dele aparece atras de mim, sinto seu ar em meu pescoço, é frio...
Viro e me afasto para encará-lo, ele é bonito até demais. Me preparo para investir caso ele venha me atacar.
- Sabe... se estivéssemos em outras circunstâncias, eu teria um crush fodido em você. – Eu falo.
- estou lisonjeado, pena que daqui a alguns minutos você não irá ser nada além de tripas e sangue esparramados...
Ele vem para cima, sua velocidade é incrível. Ele me dá um soco e me derruba.
- Não pensei que fosse ser tão rápido...

Eu levanto depressa e saco uma faca Explorer e vou em direção as suas costas e coloco a faca em seu pescoço. Ele me pega pelos braços e me joga com uma força descomunal. Sinto novamente o impacto do chão, me ajoelho e me levanto correndo, preciso ir para algum lugar vantajoso para mim.
Sinto minhas pernas empurrarem o solo e elas me impulsionam para cima, o sol estava se pondo. Eu pulava os telhados das casas e os térreos de prédios, minha visão ia se acostumando com a noite.
Paro em cima de um prédio abandonado com um terreno baldio abaixo, eu conhecia bem aquele lugar, poderia pegá-lo de surpresa. Para meu assombro e veio logo atrás de mim e chuta minhas costas, eu me desequilibro mas não caio, viro para ele lhe investindo socos, ele desvia de cada um deles, pega meu braço e os torce me tacando no chão. Eu solto um dos meu braços e lhe chuto com minhas pernas fazendo-o voar para trás, vou logo em cima dele derrubá-lo, sento em seu tronco e lhe soco com toda minha força, que parece estar mudada agora. Quebro o seu nariz, parece que ele está se rendendo, mas ele se vira e troca nossas posições, tirando uma adaga do bolso e esfaqueando meu tórax, grito muito alto com a dor, seguro em seu tronco e o jogo, ele bate as costas em na parede da saída para aquele térreo. Ele cai e se senta no chão, me aproximo devagar, a fúria está em meus olhos. Pego minha Explorer e cravo e seu ombro, ele geme de dor, eu a retiro, mas a afundo novamente.

- Pronto para morrer, cabeludinho?
- Por você sim... – ele esboça um sorriso sarcástico.

Eu fico estática, não posso matá-lo, eu não sou assim. Retiro a faca de seu ombro, vejo-o fazer uma careta pela dor. Pego minha faca e apenas rasgo sua face com ela, um corte profundo na transversal, não vou matá-lo, mas vou fazê-lo se lembrar de mim. Dou as costas para ele e vou em direção a beirada do prédio para ir embora.

- VAI FRAQUEJAR AGORA, COELHINHA?

Simplesmente lhe lanço um dedo do meio, e vou embora, preciso ir acabar com aquele instituto.
Corro até o local e assim que passo pelo portão sou atingida, eu desmaio.
Acordo em uma sala, com uma máquina enorme. Há várias pessoas em vários computadores, e a mulher ruiva está logo a minha frente olhando para mim.

- Que bom que acordou... sabe... você não deveria ter se metido, fez todo o trabalho de sua avó de esconder você sem em vão...
- você lembra da vez que viajou para um mundo pequenino, e depois desse, viajou para milhares de outros universos? Claro que não, sua família fez questão de que você esquecesse de tudo...
- Sabe do que eu estou falando? Bem... você viajou para onde queremos ir... o mundo quântico, você foi abençoada com o dom de ir e vir pelos mundos, e nem aproveitou... você poderia ter tido tudo, mas agora é nós que vamos ter!

- para lhe dar uma explicação simples, vamos extrair do seu corpo todas a células e o DNA mutado pelo quantum, e vamos ter energia o suficiente para viajarmos e conquistarmos todos os mundos que quisermos... que eu quiser!
- Se você não tivesse tirado as crianças daqui, não teria que utilizar muito de você e poderia continuar viva, mas já que somente você está aqui... vamos continuar mesmo assim.
Eu estava perplexa, mas me mantinha em silêncio, tentava a todo custo trazer aquela força de volta e sair dali mas ela havia desaparecido. Só me restava esperar pela morte.
Vejo no fim da sala, Hiero, completamente machucado.

- Você fez um bom estrago no meu filho, Skye...
- Ele também tem células mutadas como você, mas está tão fraco depois de ter sido utilizado nos experimentos de teste da máquina...

Ela olha com um semblante de desgosto para o filho, não existe mais nada que possa tornar esta mulher mais terrível do que já é.
A máquina está sendo ativada, eles saem da minha frente, ela expõe uma luz forte e eletricidade está sendo visivelmente conduzida por sua superfície prateada, um fecho de luz sai dela e me atinge. Sinto minhas forças sendo sugadas, eu vou ficando cada vez mais fraca, apenas fecho os olhos e descanso o meu corpo.
Não sei por quanto tempo apaguei, mas acordo com um barulho de luta, Hiero está sujo de sangue e sorrindo de maneira psicótica. A mulher ruiva está gritando com as mãos a frente do rosto e ele está se aproximando devagar dela. Todos estão mortos, a máquina quebrada e minhas correntes soltas. Ele ia atacar ela e eu o impeço chegando em sua frente e recebendo a facada na parte superior do meu peito.

- Você não vai matá-la, ela vai ser entregue para a polícia e vai arcar com as consequências, morte seria satisfatório para ela.
Ele larga a faca e vai socar a parede, eu pego a mulher pelos braços, levo-a até as correntes a amarro, sento e espero a polícia vir, recebo uma mensagem de mamãe dizendo que está bem perto juntamente das autoridades, me dou um descanso, relaxo meus ombros e olhos. Hiero vem e se senta do meu lado.

- Por que me salvou?
- Não pense que foi por você, ela me dá nos nervos...
- Vou fingir que acredito.

Depois de 20 minutos a polícia finalmente chega, ela é presa e todo seu estudo apreendido, descobriram que o parte do dinheiro usado nesse projeto vinham do tráfico de drogas.
Mamãe está nos levando para o hospital, Hiero vem do meu lado no carro, ele está descansando em meus ombros. Meus olhos pesam e se fecham, posso descansar.

Olá! Eu criei esta história a partir de um sonho meu, foi quase uma semana escrevendo ela

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Olá!
Eu criei esta história a partir de um sonho meu, foi quase uma semana escrevendo ela. Eu simplesmente a amei, foi muito divertido escrevê-la.
Espero que gostem assim como eu gostei
Obrigado por ter lido!
Byee!

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⏰ Última atualização: Jan 23, 2023 ⏰

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