Uma noite de verão

Capítulo 1

Oi, tudo bem?

Antes que vocês comecem a ler, devo dizer que essa história é de total autoria minha! Espero que gostem, desfrutem da leitura e me desculpem qualquer erro kk

Plagio é crime!

Erika

Sinto o vento batendo em meus cabelos ressecados, a agua do mar e a sua maresia fazem isso com ele. Talvez se eu não tivesse insistido tanto nesta viagem muita coisa seria diferente: Eu estaria em casa, meus cabelos estariam devidamente cuidados, meus seguidores estariam mais antenados sobre as novidades e meus pais estariam vivos.

A agua gelada do mar molha meus pés descalços, ouço o som de mais ondas quebrando umas contra as outras.

A praia nunca esteve tão silenciosa.

5 dias antes: Boston

- Por que você quer tanto Erika? Nem vamos poder ficar tanto tempo- Minha mãe me disse enquanto eu retirava varias peças de roupa do armário.

Curiosidade: Eu, como uma garota da cidade almejo por uma oportunidade de ir até o litoral pelo menos uma vez por ano e como meu aniversário de 15 é nessa semana, nada melhor que comemorar na praia.

E era isso, sempre íamos mas desta vez minha mãe acabou se afundando em trabalho e meu pai desempregado ou seja... Não era o melhor momento para dirigir por 3 horas para chegarmos até a casa de minha tia que mora em uma cidade que é quase considerada um ponto turístico por conta das praias paradisíacas.

- Mãe, estamos esperando o ano inteiro para ir! – Esse não é um dos melhores argumentos, mas continua sendo um forte ponto – A senhora prometeu que passaríamos meu aniversário na praia! – Esse sim é um bom argumento, que vai fazer ela se sentir culpada por não cumprir uma promessa feita para a própria filha. Esse é um método típico de manipulação, o mais sutil, que faz a pessoa se remoer por dentro e aos poucos... Sempre funciona.

Assisto minha mãe respirar fundo e assentir, reprimo um sorriso, pois minha tática obvia e clássica me deu exatamente o que eu queira, como sempre.

Assim que minha mãe sai do quarto volto a arrumar uma mala pequena, não com muitas roupas, até por que o calor latente da casa de minha tia nunca mudava... Era um dos poucos exemplos de estabilidade na minha vida.

Fingir que estava tudo bem, era uma especialidade da minha mãe, mas não do meu pai. Graças a ele era óbvio que havia algo errado... Algo de errado entre eles, o cheiro que meu pai exalava não era mais acolhedor e reconfortante... Era amargo do tipo que deixava um gosto estranho na boca, e eu tenho certeza que aquele perfume não era o da minha mãe, e ela sabe... Então por que se submete a isso?

...

Uma viagem em família, talvez seja isso que todos nós estejamos precisando, um pouco de paz e momentos bons para guardarmos em nossa memória e talvez essa seja uma ótima oportunidade para salvar o casamento dos meus pais... Quem sabe.

Apesar da brisa gelada vinda do mar, o clima era quente e ensolarado, trazendo uma sensação gostosa de nostalgia.

- Finalmente vocês chegaram! Pensei que tivessem desistido – Tia Clarisse nos recepciona assim que abre a porta, tendo consigo um enorme chapéu, luvas cobertas de terra e roupas idênticas às luvas.

Tia Clarisse sempre gostou de jardinagem, era uma das suas paixões depois de chá Matte com limão. Minha tia é solteira desde que eu me conheço por gente... Nunca nos apresentou nenhum namorado ou amigo, em outras palavras tia Clarisse é solitária, bom, não totalmente... Ela tem um Beagle chamado Sargento, tenho quase certeza que minha tia não enlouqueceu graças ao cão e a terapêutica tarefa de arrancar ervas daninhas.