Marcus Lopez

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Universo Alternativo

Terceiro dia da maratona de capítulos

Publicado em 23/01/2023

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O "Inimigo" da Minha Avó

Eu estava na casa de minha avó, a ajudando a corrigir algumas provas.

A senhora de sessenta e cinco anos já é aposentada, mas continua dando aulas em uma escola da cidade.

Vez ou outra algum ex aluno vem visitá-la, já que ela era bem querida por muitos, mesmo sendo rígida. Comigo, porém, sempre foi um amor.

Eu estou cursando o terceiro ano da faculdade de jornalismo, mas no momento, me encontro de férias. Por isso pude visitá-la e ajudar um pouco com as coisas, já que ela precisa terminar de corrigir essas provas finais para colocar as notas no site da escola até o final de semana.

Tenho vinte e um anos, mas ela sempre me trata como se eu fosse uma criança. Me trouxe muitos doces e pães caseiros, e faz apenas três horas que cheguei aqui.

— Filha. — Ela me chamou, gritando provavelmente do banheiro. Mesmo eu sendo neta dela, sempre me chamava assim, provavelmente por costume — Acho que tem alguém batendo no portão.

Eu não tinha ouvido nada, mas não custava ir ver.

— Vou lá olhar, vovó. — Gritei de volta, deixando as provas sobre a mesa para andar até lá fora, onde encontrei um rapaz olhando ao redor — Oi?

— Hm... Será que eu estou no lugar certo? — Falou, sorrindo como se estivesse envergonhado — Meu nome é Marcus. Aqui é a casa da senhora S/s? Ela foi minha professora de matemática uns anos atrás e eu queria visitá-la.

— Ah, é sim. — Falei — Pode entrar.

Abri o portão para ele. Minha avó mora em uma casa no interior, onde as ruas são de paralelepípedos e os portões e muros são baixos. Aqui não tem muito perigo e é difícil que ocorra algum crime. Quando acontece, geralmente são pequenos furtos e outros delitos, como pichações em locais não autorizados, ou a galera do skate tendo quebrado algum corrimão sem querer, mas isso seria resolvido facilmente se a prefeitura fizesse uma pista adequada para eles.

Por isso, não liguei para a possibilidade de perigo quando o coloquei para dentro.

— Você é a cuidadora dela?

— Neta, na verdade. — Respondi — Pode se sentar no sofá. Eu vou trazer algo para você comer, sim? Minha avó está no banheiro, mas logo volta. Tem alergia a alguma comida? Ou talvez algo que não goste...

— Não, eu como de tudo. E obrigado. Não imaginei que aquela velha doida teria uma neta tão bonita igual a você.

— "Velha doida"? — Estreitei as sobrancelhas, mas ele deu de ombros e sorriu de maneira inocente. Eu apenas dei as costas e fui até a cozinha pegar as coisas, achando aquela fala dele muito estranha.

— Filha, quem era? — Ouvi minha avó perguntar, chegando até a sala — Meu Deus, menino!

Voltei correndo, com medo de que ele tivesse feito alguma coisa.

— Vovó? — Perguntei.

— E aí, dona S/s. — Ele abanou a mão para ela, que bufou e se sentou na poltrona em frente a ele.

— S/n, esse aqui é o Marcus. Ele me dava um trabalhão que você nem imagina. Não parava quieto. Eu dei cada puxão de orelha nele. Nem pode, né? Mas na época ninguém fazia nada.

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