𝓬𝓪𝓹𝓲́𝓽𝓾𝓵𝓸 |09|

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Quando saímos da pista de dança nós caminhamos até o caixa para pagar por nossas bebidas. Depois de feito nós vamos para a saída, eu havia alugado um carro dessa vez já que Jimin possuía cartearia de habilitação.

Eu entro sorrindo, o mesmo entra também. Algo estava diferente, ele parecia tenso, nervoso, não continha o mesmo brilho no olhar de antes.

— Sn, eu acho que coletamos informações demais. — Ele se pronuncia colocando o cinto.

— Ainda estamos no início da investigação, Jimin. Ainda não sabemos quem pode ter cometido o assassinato. — Eu respondo fazendo o mesmo.

— Eu sei, e acho que deveria saber também. — Ele gira a chave na ignição, mas não puxa o freio de mão.

— Sabe? Como assim? Como você sabe e não me falou nada? — Minha cabeça explode, como eu pude deixar passar algo despercebido?

— Você é esperta, mas nem tanto pelo visto. Antes que você continue com essa palhaçada, eu colocarei um ponto final. — O loiro tira o cinto abruptamente pegando uma arma debaixo de seu banco.

Eu arregalo os olhos, não pode ser. Onde está aquele homem bobinho e brincalhão?

Automaticamente eu me lembro da trilha, ele chegando exatamente na hora em que eu iria encontrar o corpo, permaneceu lá até eu tirar as pedras, aceitou "investigar" comigo. Não pode ser.

Seus dedos prontos para pressionar o gatilho, seus lábios contorcendo em um sorriso, mas aquele não era Park, não era o oxigenado.

— Não, por favor, não. Não, não, não, não. — Eu prenso meus olhos, o disparo ressoando em meus ouvidos. — NÃO!

Meus olhos abrem novamente, um quarto escuro, eu morri?

— Ei, ei, o que foi? — A voz doce de Park me pergunta.

Espera Park?? Eu me assusto e sento na cama, uma luminária é acessa me fazendo prensar os olhos pela claridade, ao abrir vejo Jimin próximo a mim com um semblante preocupado me examinando. Esse sim é o Park, esse sim é o oxigenado.

— Tá tudo bem? quer conversar? — Ele pergunta me acalmando.

— Só tive um pesadelo. — Respondo ofegante me deitando.

Eu realmente não me lembro de ter voltado para casa, de ter deitado na cama, dormido.

— Podemos conversar se quiser, até esquecer isso e seu cérebro não projetar novamente. — Ele desencosta o corpo da parede, e deita me encarando.

Será que na verdade esse é o sonho do pesadelo? Será que o pesadelo é a realidade afinal? Como eu estou aqui se não me lembro de estar aqui?

— Não lembro de como chegamos. No meu.. sonho, estávamos voltado do bar, entramos no carro e você começou a falar umas coisas estranhas, você tirou uma arma e queria me matar. — Depois que me escuto eu até acho graça, mas Park não parece achar engraçado.

— Não confia em mim Sn? — Ele pergunta franzindo o cenho.

Ele me pega de surpresa. Eu confio?

— Claro que confio! Se não confiasse eu não estaria na mesma cama que você. — Respondo sem rodeios e ele suspira.

— Sabe que eu nunca faria isso, né? — O loiro continua especulando com semblante preocupado. Eu apenas assinto. — Descansa. Eu tô aqui, não vai ter pesadelos de novo.

Ele fecha os olhos. Será que ficou chateado? Será que acha que não confio nele? É claro que confio, aquele não era o Jimin. Eu sei quem é esse Park, esse oxigenado. Sem pensar muito eu lhe abraço hesitante.

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