Um Yule de histórias

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"Há sempre alguma loucura no amor. Mas há sempre um pouco de razão na loucura."

— Friedrich Nietzsche


Era Yule, e como sempre, a casa Potter estava cheia dos amigos de James e seus filhos.

Pongs e Padfoot estavam no quintal da mansão jogando quadribol com Carlinhos, Billy, Fred e George Weasley, os filhos mais velhos dos "Cabeças de Fogo", como chamam Molly e Arthur.

Lily se encontrava na cozinha com Marlene, Docas, Régulos, Frank e Alice na cozinha, preparando a ceia e conversando. Como faziam todos os anos após o término da escola.

Faltava apenas Peter para completar os marotos… Ah Peter  Pettigrew, um grande herói, foi morto na grande guerra, se sacrificou em prol do fim de Voldemort, ainda deixa um grande vazio no coração de seus companheiros, que o viram crescer e se tornar um grande homem.

Na sala estavam apenas Remus e o pequeno Harry sentados no sofá de couro preto.

— Tio Monny — Harry o chamou com o seu tom infantil. — Como o PadFoot te pediu em namoro?

Remus solta uma risada anasalada pelo jeito que o pequeno "Testa Rachada" chamava seu noivo. Sirius dizia que era muito novo para ser chamado de tio.

— Bom… — Lupin começa e logo se lembra de suas façanhas com o namorado.

》☆《

Era uma sexta-feira do sexto ano deles, um dia após a lua cheia. Monny estava dormindo, cansado e com dores terríveis.

Logo ao lado dele Sirius Black, o maroto mais próximo dele. Não que fosse afastado de James ou Peter, apenas tinha uma grande intimidade com o Black.

Peter estava na aula de transfiguração e James foi expulso pela enfermeira por fazer muito barulho.

— Como se sente agora Aluado? — Black franzia as sobrancelhas, ato que apenas fazia quando estava tenso. Remus se sentiu extremamente provocado a colocar seus cabelos longos para trás e firmar seu polegar na junção de pele do animago, parecia ser tão macio…

— Com um pouco menos de dor que a dois minutos atrás, quando você me perguntou de novo. — Lupin riu um pouco fazendo suas costelas doerem. A risada foi substituída por uma face de dor, ela foi como uma adaga no coração de Sirius Black

Os dois eram apaixonados entre si, nenhum deles possuía coragem o suficiente para se assumir, Sirius por medo de ser expulso dos marotos e Remus por insegurança.

As luas cheias eram sempre o pior momento para Lupin que se sentia nojento e monstruoso, aumentando seu medo de ser rejeitado pelo moreno de cabelos médios.

— Não minta para mim, Remus John Lupin! — Sirius tentava manter o tom de bronca mal treinado, já que quase nunca utiliza. Ao mesmo tempo que falava se aproximava do rosto do outro, hipnotizado pelos olhos escuros de Remus.

— Nome inteiro, devo me preocupar? — Aluado estava cada vez mais nervoso, a proximidade de Sirius fazia seu coração bater forte e rápido em seu peito, quase ficou com medo de que o Black pudesse ouvir.

— Não sei… Deve? — Sua voz agora não era alta e bem articulada e sim sussurrada e arrastada, como se o ar faltasse em seus pulmões.

— Diga-me você, Senhor Black. — O flerte descarado de Monny deixa Almofadinhas ainda mais atiçado a possuir aqueles lábios finos e tão atraentes para si.

— Por favor, diga que sim. — Frente a frente, era como estavam agora, seus narizes quase se encostam e a visão agora já não era objetiva, mostrando apenas borrões de seus rostos próximos demais para se identificarem.

Sim? Sempre!Onde histórias criam vida. Descubra agora