31 - O perdão

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Claire

Comecei a acordar sentindo uma sensação maravilhosa de prazer percorrendo o meu corpo. Eu me sentia quente e toda a minha pele estava arrepiada. Tentei me virar na cama, mas não consegui, minhas pernas estavam firmemente pressionadas contra os lençóis macios. Se isso fosse um sonho eu preferia nem acordar porque era delicioso. Algumas vezes senti essa mesma sensação quando sonhava com Jamie e era muito frustrante acordar e ver que era apenas um sonho, precisando no final das contas "fazer justiça com minhas próprias mãos", o que não era tão satisfatório. Por conta disso relutei em acordar, tinha medo de que mais uma vez estivesse sonhando. No entanto as sensações foram ficando mais fortes e finalmente percebi que eram reais demais. Abri meus olhos e olhei para baixo, encontrando Jamie entre as minhas pernas, trabalhando com aquela língua que ele sabia usar muito bem, olhando para o meu rosto. Ele parou e sorriu para mim.

- Finalmente você acordou, sua dorminhoca! Pensei que teria um orgasmo dormindo!

Nem tive tempo de responder nada, e ele voltou aos trabalhos, me sugando, mordendo e lambendo em todos os lugares certos que ele sabia que eu adorava. Não demorou nada e o orgasmo me atingiu com força, me deixando toda mole, quase resvalando de volta para o sono. Jamie se levantou e veio até minha boca, me beijando e acariciando o meu rosto. Ele colou o corpo dele no meu e pude sentir como estava duro. Levei minha mão até a ereção dele e comecei a massagear. Ele cochichou no meu ouvido:

- Eu quero você amor, preciso de você agora.

Virei de lado, de costas para ele e senti a ereção enorme na minha bunda. Levei a mão entre minhas pernas e o puxei para a frente, passando sua ponta pela minha entrada, o que me reacendeu na mesma hora. Jamie me segurou com força e me penetrou, gemendo e mordendo meus ombros e nuca. Ele começou a se movimentar, estabelecendo um ritmo delicioso, ao mesmo tempo que levou a mão até o meu clitóris e começou a massagear. Fizemos amor lentamente, ele alternando as carícias entre meus mamilos, clitóris, lambendo e mordendo minhas costas. Depois ele virou de costas na cama e me puxou para cima dele, me deixando a estabelecer o meu ritmo, até que gozamos juntos. Ficamos deitados na cama satisfeitos e relaxados, olhando para o teto, ambos sorrindo feito bobos.

Estávamos novamente na casa de Tom em Pipa. Chegamos na noite anterior e eu caí na cama exausta, dormindo em seguida. Apaguei até ser acordada por Jamie pela manhã, da melhor forma possível. Viemos passar um tempo por aqui, um tempo que consideramos necessário para nos recuperarmos de tudo o que aconteceu e acalmar nossos corações e mentes, que ainda estavam muito inquietos. O sofrimento que nós dois passamos ainda nos assombrava, Jamie tinha pesadelos e acordava gritando meu nome, ele não conseguia ficar tranquilo se eu não estivesse dentro do seu campo de visão, às vezes me sentia sobrecarregada com tantos cuidados dele comigo. Eu também tinha pesadelos e vivia um tanto angustiada, insegura quanto à gravidez. Nós sentimos que precisávamos de um tempo de calmaria e por sorte Tom nos ofereceu a casa novamente e a família de Jamie o apoiou, então voltamos para cá, já que eu ainda estava de licença.

Além disso planejávamos nos casar no Brasil. Queríamos fazer algo aqui em Pipa, que era nosso local especial. Apesar de já estarmos juntos há um tempo quando chegamos em Pipa da primeira vez, foi aqui que nos conectamos da forma mais profunda, que pudemos viver juntos numa rotina cheia de tanto amor, paz e, claro, muito sexo, que se transformou no nosso ideal de vida. Claro que nós dois amamos viajar juntos e conhecer todos os lugares que passamos, mas dois se tornaram especiais: Torres del Paine, onde nos conhecemos, e Pipa, onde vivemos uma vida a dois maravilhosa, totalmente dedicados um ao outro, além de ter sido onde Jamie me pediu em casamento.

Passamos os próximos dias verificando os documentos necessários e organizando tudo. Assim que finalmente conseguimos marcar uma data, dali a um mês, fizemos nós mesmos os convites e enviamos todos por email. Sabíamos que seria difícil que alguém da nossa família e amigos conseguisse vir, mas gostaríamos que pelo menos Lamb, os pais de Jamie, Geillis e Tom pudessem vir. Convidamos também algumas poucas pessoas de Pipa e a família de Tom.

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