Em um cidade esquecida pelo resto do mundo, existem poucas tecnologias e pessoas muito interessantes: o bruxo queimado, a garota de mentira, o chinês sem futuro e o americano que não deveria existir.
Quando a culpa pesa, há apenas um lugar em que el...
⚠️ ESSE CAPÍTULO CONTÉM GATILHOS EMOCIONAIS: menção a abuso sexual, suicídio, depressão, religião E NÃO É RECOMENDADO PARA PESSOAS SENSÍVEIS.
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"Mesmo quando eu andar por um vale de trevas e morte, não temerei perigo algum, pois tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me protegem."
Uma aluna havia se jogado da torre com sino da igreja, ela tinha se despido e se jogado livremente até seu corpo bater nas pedras e deixar ser banhado pelas águas e o seu próprio líquido vermelho. O jornal entregue toda manhã na casa de Junhui tinha a matéria como capa e algumas fotos da menina sorrindo.
Jun se lembrava dela e enquanto se sentava no sofá chocado seus olhos passeavam pela notícia, era surreal demais que aquela garota cheia de vida houvesse simplesmente se jogado do lugar mais alto daquela merda de cidade, ou o segundo mais alto. Seus olhos estavam tampados, como se tentassem preservar uma identidade que agora, não necessitava mais de proteção. Ela era uma garota coreana, nascida ali e criada ali. Seus pais eram coreanos tradicionais, que iam à igreja todos os domingos, se confessavam ao padre, ela tinha primeira comunhão e era extremamente respeitosa.
O chinês puxou um casaco do cabideiro, colocou o jornal para baixo do braço e saiu correndo de casa, nem mesmo trancou a porta, correu em direção a casa dos Yoon. Tudo era perto, aquela cidade era um ovo, foi quando encontrou Minghao sentado no balanço feito com pneu (que nunca nem tinha reparado que existia) enquanto o garoto estava de cabeça baixa. — Oi Junhui...
— Você conhecia ela, não conhecia? — O Wen atravessou o jardim dos Yoon andando devagar até chegar perto do Xu que tinha o rosto um pouco inchado, reparou que o jornal estava no chão, é, ele também já tinha lido.
— Ela dividiu seu sanduíche algumas vezes comigo. E você?
— Suicídio não parece muito algo que ela faria. — Respondeu dando de ombros, Minghao concordou. — Ela era muito estudiosa, eu não acho que jogaria isso fora. Primeira da turma, só perdeu o título de presidência para aquele insuportável por causa da popularidade dele.
O mais novo se ajeitou mais no balanço suspirando melancólico. — Você ao menos sabe o nome dela?
Junhui aquiesceu, não lembrava. Não era bom com nomes e também, nunca havia dado tanta atenção para aquela garota em particular, Minghao soltou uma risada descrente e soprada olhando fixamente para o mais velho. — Eu não me lembro.
— Mentira, você nem sabia. — Revirou os olhos. — Ela não era muito importante no final das contas.
O outro não respondeu, ele também não considerava a garota interessante o bastante para decorar o nome dela ou ao menos se ver obrigado a lembrar. — O enterro dela vai ser amanhã. Vai se despedir?
