Me mantive aceso durante a madrugada enquanto ela me tragava.
Me mascava como tabaco para me cuspir no vaso mais próximo.
Me diluía, transformava em fumaça para que eu pudesse, sem a limitação corpórea, entrar por suas frestas e fechaduras.Para que a sufocasse.
Resolvi parar em seus pulmões. Queimei sua traqueia e saqueei suas cidades na tentativa de me vingar pelo mal templo que era o seu corpo e pela falta da santa seita.
Fui fraco, então, mais uma vez atearam fogo em mim.
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Laranjas Podres na Fruteira
Poetrycontos mal acabados e histórias. Palavras. Sobre tempos de confinamento (não só pandemicos), então por favor, tenham calma, critiquem