capítulo único.

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Langa observou com atenção o garoto deitado ao seu lado na cama, prestando o máximo que podia em todos os seus detalhes;

Nos dedos com unhas coloridas beliscando o próprio moletom; na luz do pôr-do-sol batendo em sua pele bronzeada através da janela e o contraste que ela fazia com seu cabelo vermelho bagunçado; na sua bandana jogada ao seu lado; nos seus olhos caramelo brilhando preciosamente. Hasegawa conseguia sentir seu coração bater firmemente a cada suspiro de seu amado. E ele esperava que aquilo nunca passasse.

No entanto, já havia sentido que Reki não estava sentindo as mesmas emoções que sentia no momento. Estava pensativo, quieto, preso nos próprios pensamentos. E o ver daquele jeito era preocupante. Às vezes, o azulado torcia para que ele se abrisse mais e contasse o quê sentia, mas sempre desviava do assunto de uma maneira quase imperceptível, como se já estivesse acostumado com aquilo.

- No que tá pensando agora? - tentou ser o mais natural possível, olhando para o teto cheio de estrelinhas pintadas com tinta amarela e azul.

- Em nada. Só tô distraído. - sorriu, mudando o foco logo em seguida.

"Desviando do assunto" lembrou-se Langa.

- Olha... se você tá preocupado com o novo campeonato de skate que vai vir, eu tenho certeza que vai conseguir o primeiro lugar. - deu um soquinho no peito do garoto assim como ele já havia feito várias vezes. - Eu não vou participar desse, mas vou estar lá torcendo por você. Se quiser eu posso até fazer um cartaz de "namorado do Reki" pra sair por aí desfilando.

Um novo sorriso apareceu no rosto do ruivo, só que dessa vez, um enorme e sincero. Tudo melhorou quando Langa pôs as mãos ao redor do rosto alheio, fazendo Kyan sentir um choque por todo o corpo. Instantaneamente, o peso e a preocupação que carregava se foram, dando espaço para o encanto preencher seu peito. O encanto pelo canadense logo em sua frente que o apoiava em todos os momentos e fazia de tudo para o ver bem sempre. O ruivo não conseguiu evitar que seus olhos ficassem marejados, não pela situação, mas sim pelo sentimento de conforto que o dominava.

Tirou uma de suas mãos do rosto e colocou na cintura, se aproximando para mais contato e recebendo alguns beijinhos na ponta do nariz. Assim, Reki sentiu tudo que o incomodava se esvair lentamente, aproveitando o máximo que podia, pois até mesmo um simples toque de Langa tinha uma enorme presença e importância sobre ele.

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𝘁𝗼𝗾𝘂𝗲 - 𝗋𝖾𝗇𝗀𝖺Onde histórias criam vida. Descubra agora