Complexo de Israel ( Morro)

Capítulo 26

Lyon...

Chegar em casa e não vê mais a Majú ali me deu maior negócio na barriga, não sei explicar. Eu queria ir na casa dela conversar mais não dava tempo, esses pau no cú dos meus parceiros ficaram me apressando então só peguei minhas coisas e saí do morro, quando chegasse na casa de Michele ligaria para ela eu só não esperava que Michele fosse está na casa.

— Quem é vivo sempre aparece! Ela fala irônica e vem até mim e me dá um abraço apertado.

— Pois é, ainda bem neh? Rebato.

— Viu como eu gosto de você de verdade? Mesmo depois que você me humilhou e quase me matou na sua casa eu estou aqui te ajudando.

— Se for demais pra você eu posso ir para outro lugar, é só falar. Aquele cú doce dela já estava me estressando.

— Não precisa ir a lugar nenhum Lyon, vem que vou te mostrar seu quarto. Ela pega na minha mão e já sai me puxando.

A casa da Michele é grande, coisa de gente fina. Tudo no porcelanato, aquelas cozinhas com bancada de mármore, tudo muito claro. Subimos uma escada e a primeira porta a esquerda era o quarto que eu iria ficar, ele era grande e bonito mais eu sinceramente nem prestei muito atenção nos detalhes. Fui até a janela que tinha ali com uma varanda e olhei para baixo e pra cima, na verdade eu estava calculando meus movimentos caso a polícia batesse aqui, eu teria que pular a sacada ou escalar as grades da varanda e subir para o telhado.

Depois de calcular tudo rapidamente, volto para parte de dentro do quarto e Michele ainda está ali me encarando, acho que esperando eu dizer o que acho do quarto.

— E aí, gostou?  Ele estava sentada na cama.

— Gostei sim. Limitei a dizer só isso.

— Se preferir pode ficar no meu quarto que fica ao lado. Ela diz se levantando e vindo em minha direção, envolve seus braços ao redor do meu pescoço e fica me olhando nos olhos.

— Hoje eu vou ficar aqui mesmo, não devo nem dormir atento ao que acontece no meu morro. Retiro os braços dela do meu pescoço e vou até minha mochila pegar umas roupas para tomar um banho.

— Você é quem sabe, fica a vontade. Vou tomar um banho também e venho te chamar para dá uma volta por aí e jantarmos.

Como o local todo estava palmeado pelos meus seguranças não tinha problema eu dá uma volta por aí, até por que se eu ficar aqui esperando notícias eu vou surtar. Estou no meio do banho quando escuto meu rádio tocando, me enrolo na toalha e vou correndo atender.

— Diz aí Fael, tá tudo tranquilo aí?

— Tah sim Lyon, os canas ainda não subiram não mas tem uma parada que tú não vai curtir não.

— Desenrola aí!

— Majú e a mina do seu irmão saíram do morro, Kadu não tava não.

— Porra!! Kadu é um irresponsável, valeu pela informação. Vou ligar pra ele Aki.

Me despeço de Fael e já vou ligando pra Kadu que na maior tranquilidade me diz que Majú vai ficar na casa de uma amiga. Porra!! Odeio me sentir impotente...

No meio da minha discursão com Majú, Michele me chama e na hora sinto a mudança de comportamento dela pelo telefone, tento explicar a ela tudo, mas ela desliga o telefone, mulher é foda!

**

Tudo correu bem, o bope subiu meu morro mais eu não estava, os moleques se entocaram e depois que eles foram embora todos voltaram para o seu posto.

Hoje era sábado estava na minha sala conferindo a contabilidade quando Camila é anunciada, não era bem ela que eu queria, mas como diz o ditado: Quem não tem cão caça com gato... Como ela ali mesmo, não transava desde quando fui pra casa da Michele, a carne é fraca então de madrugada fiz uma visitinha a ela no quarto.

Foi Camila sair que Majú chega, eta porra de dia corrido esse! Depois de autorizar sua entrada fico observando ela olhar toda minha sala, numa certa hora ela faz uma cara de nojo e tenho quase a certeza que ela sabe o que eu e Camila fizemos aqui.

Sou pego de surpresa quando ela diz que vai ter um encontro e o pior com o pela saco playboyzinho do amigo de Kadu, isso significa que eles estão conversando. A princípio eu penso em não autorizar a entrada dele no meu morro, mas depois eu acabo deixando. Vai ser melhor assim!!

Ela saí da minha sala da mesma forma que entrou, de nariz em pé como se nada abalasse ela, mas é quando vou até a porta da boca e vejo ela saindo de moto com Fael que percebo o rosto vermelho dela, com certeza tava chorando.

Fico mal o dia todo e ansioso para vê Fael entrar por aquela porta, eu poderia passar um rádio pra ele, mas não vou me rebaixar tanto. Por volta das 19 horas Fael chega e eu já estava me preparando para ir embora.

— Tava onde mané! Pergunto como se não tivesse curioso para saber pra onde ele foi com ela.

— Por aí! É só o que o filho da puta me responde, ele não vai facilitar. Fael me conhece muito bem e sabe que estou sondando ele.

— Diz logo Fael, onde você foi com ela? Resolvo finalizar logo aquele joguinho.

— Só vou te falar uma coisa Lyon... A mina é gente boa, bonita, menina direita, qualquer um que se aproximar dela vai se apaixonar e se tú não correr vai perder ela de vez! E pra responder sua pergunta, fui levar ela para espairecer um pouco, mas ela está bem agora.

Escuto meu rádio tocar e quando atendo recebo a informação que o mané chegou.

— Deixo subir patrão? Ouço um dos meus perguntar.

Olho para Fael pensativo e vejo ele me olhar de volta com um ponto de interrogação, fico pensando em tudo que ele disse e respondo depois de um tempo.

— Não autoriza não fiote! Não quero esse pela saco aqui não!  Vejo Fael balançar a cabeça negativamente e sair da sala sem dizer uma palavra se quer.

Fico sentado em minha cadeira esperando ela aparecer furiosa ou me ligar me xingando, mas depois de 20 minutos ela não faz nenhuma das duas coisas que eu esperava.

Resolvo bater na casa dela mais a casa tah toda escura, parece que não tem ninguém em casa. Ligo pra ela mais o celular só dá desligado, então ligo pra Kadu pedindo ele o número da mina dele mais o fedelho quer saber o motivo de eu querer o contato dela. Acabo sendo obrigado a contar a ele sobre o sumiço de Majú e como já esperava ele surta, já que a mina dele está com ele... Por que não disse antes!! Filho da mãe!