Prólogo

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Seattle é uma cidade linda... me lembrava disso, embora faça muito tempo que eu não venha aqui.
Cheguei de Londres ontem, tudo ainda parece tão diferente. Uma sensação de novo e habitual ao mesmo tempo, como se fosse ontem que deixei a cidade, mas não vejo absolutamente nada semelhante a época em que eu morava aqui.

Eu não pretendia voltar. Tenho poucas boas lembranças do tempo que passei aqui, mas como a minha faculdade me designou pra cá, não tive muita escolha. Meu primeiro ano de internato, um desafio e tanto. Não digo que sou um aluno ruim, pelo contrário, meus estudos sempre foram a minha prioridade, o que me colocou na frente da turma, e me deu o melhor programa de internato da América.

Apesar da cidade, sou muito grato por meu programa de internato. Aqui trabalham os melhores cirurgiões do país, e eu irei aprender com eles. Quando digo desafio, me refiro a o fato de que independente de quanto estudamos, aqui todos estamos deixando de aprender com cadáveres, pra aprender com pessoas de verdade, aqui nós somos os médicos.

Eu não estou totalmente sozinho nessa cidade. Meu melhor amigo, Liam, conseguiu o mesmo programa que eu, com notas ainda melhores, o que é totalmente merecido, devido a o fato de que ele sempre estudou mais, sempre foi mais importante pra ele. Nos conhecemos na faculdade, onde metade dos babacas me bajulavam, enquanto a outra metade me bullynava por ser filho de quem eu sou. Não achavam justo, eu ter conseguido entrar na faculdade. Embora o mérito seja todo meu, eles continuam acreditando que eu entrei por ser filho de Anne Styles, a cirurgiã que ficou extremamente famosa por todas as suas cirurgias bem sucedidas, métodos, pesquisas... Minha mãe é considerada uma Deusa da cirurgia geral. Mas o Liam, parecia não ligar, era como se apenas não interferisse na vida dele, porque obviamente, uma faculdade de medicina tem uma importância muito maior que o filho de uma cirurgiã famosa. Liam sempre teve coisas mais importantes pra se preocupar. Nossos caminhos ocasionalmente se cruzaram e nos tornamos bons amigos.

Meu primeiro dia de internato é amanhã. Sim, eu estou mais ansioso que uma adolescente na puberdade, que arrumou o primeiro namorado. Não, eu não estou nem um pouco preparado, seja fisicamente, ou psicologicamente para o meu primeiro dia, é como se a ficha ainda não tivesse caído. E se nesse momento, você estiver me perguntando, o que exatamente um estudante de medicina faz em um bar, tarde da noite, na véspera do seu primeiro dia de internato... Eu disse que a ficha não tinha caído.

Talvez eu culpe a minha ansiedade, ou a péssima sensação que ficar sozinho em minha antiga casa, me traz, mas eu não consegui apenas esperar o dia de amanhã chegar, sem fazer absolutamente nada.

Conhecia um bar, que descobri ser na frente do hospital, indicado por um amigo. Seu dono, Cass, é bem simpático. Pelo que conversamos, ele e seu marido, Nate, abriram o bar juntos, dois anos atrás. Acho que posso voltar aqui mais vezes, encher a cara de tequila, pra talvez, aguentar passar o restante da minha longa faculdade nessa cidade, que insistentemente, me persegue com todas as memórias ruins que tenho do tempo em que passei aqui.

Mas essa, é uma história pra outro dia, porque nesse momento, acaba de se sentar ao meu lado, um homem bem atraente, provavelmente um pouco mais velho que eu, olhos azuis, cabelos castanhos, notei várias tatuagens aparentes, um sorriso irresistível e uma bunda claramente, muito gostosa.

"Oi." Ele disse, sorrindo, pra mim, talvez um pouco envergonhado. "Tem alguém sentado aqui?"

"Não tem." Respondi, escondendo o meu fascínio por esse sorriso maravilhoso. "Fique à vontade, por favor."

"Posso perguntar, quem é você?" Ele disse, sem tirar o sorriso do rosto, notei um certo desejo em seu tom, devo ressaltar.

"Eu sou apenas um garoto, em um bar" Respondi, tentando ao máximo, demonstrar o mesmo desejo em meu tom.

"Eu posso te pagar uma bebida, então?" Disse ele, tão empolgado quanto eu, deixando claro o duplo sentido, que obviamente, eu entendi.

"Por que não?" Respondi, e nessa altura eu já nem lembrava de boa parte dos meus problemas, meu foco, no momento, pertencia ao homem sentado em meu lado, seu sorriso cativante e meu desejo por sua bunda.

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n/a: vou deixar notas em todos os caps, pra vocês não se esquecerem de mim hahahaha
escrevi esse cap ja faz alguns dias. vou escrever todas as notas um pouco antes de postar.
primeiro cap ta curtinho pq é o prólogo, os outros vão estar maiores... eu tmb n gosto de caps curtos.
e me sinto na necessidade de avisar que no próximo cap tem hot. ent se você não gosta, ou se me conhece pessoalmente, pule, por favor.
não se esqueçam de votar, e comentar bastante pra aumentar o ego da autora.
agradeço xx.

STYLES'S ANATOMYOnde histórias criam vida. Descubra agora