Strangers

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Abro os olhos lentamente, depois de uma longa noite de sono. Um pouco desconfortável pois aparentemente, eu dormi no sofá.

Reconheço a sala da minha casa.

Não foi necessário ao menos um movimento da cabeça, pra sentir a tontura, e considerando que eu não lembro de nada da noite anterior, acredito que eu passei um pouco do limite.

Localizo meu celular, e assim que desbloqueio, instantaneamente recebo um choque de adrenalina.

Puta merda, eu to muito atrasado!

Me levanto rapidamente, preciso de um banho. Porém, no momento em que me levanto, percebo uma coisa não tão comum, em minha sala de estar.

E é nesse momento, que minhas lembranças da noite anterior invadem minha memória.

*Flashback on
(Noite de ontem, no bar)

— Gosta de tequila? — Pergunta o homem, cujo nome ainda não sei, assim que o barman se aproxima para nos atender.

— Perfeito. — Respondo, com um sorriso de lado, mostrando perfeitamente minha covinha. 

— Duas tequilas, Cass. — Pede, educadamente e estranhamente íntimo do barman.

— Você vem sempre aqui? — Pergunto, curioso.

— Nem sempre, me mudei recentemente.

— Eu também. Ontem, na verdade. — Adiciono.

— Está gostando da cidade? — Pergunta, colocando um braço sobre o meu acento.

Quem sou eu para reclamar?

— Nem um pouco. — Respondo, honestamente, rindo.

— Aqui está, caras. — O barman diz, nos entregando dois shots de tequila.

— Valeu. — Responde o cara com os braços em volta do meu corpo.

— Obrigado. — Respondo também, educadamente.

Viramos os shots juntos e por um instante me sinto confiante o suficiente para beija-lo.

Ele corresponde com vontade. Sinto sua língua na minha boca e coloco a minha na sua. Coloco minhas mãos em sua nuca e puxo levemente seu cabelo, enquanto as dele vão direto para a minha cintura, me causando arrepios. Sua boca tem gosto de tequila, eu gosto disso. Ele quase me coloca sentado em seu colo, não o faz apenas pela limitação imposta pelas cadeiras.

Deixo um ultimo selinho em seus lábios antes de separar nossas bocas.

— Na verdade, tem um lugar ótimo na cidade. — Digo, relembrando a pergunta que ele me fez anteriormente.

— É? — Pergunta, com o rosto ainda a centímetros do meu. — Onde?

— Minha casa. — Respondo, deixando outro selinho em seus lábios. — Quer conhecer? — Pergunto, lançando meu melhor olhar inocente.

— Adoraria...

*Flashback off

Tem um homem, nu, no chão da minha sala de estar.
O que eu faço?
Como eu acordo ele?

— Moço. — Falei, receoso, bati levemente em seu ombro. — Acorda!

Notei que lentamente, ele começou a abrir os olhos. Provavelmente, tão afetado quanto eu pela bebida.

STYLES'S ANATOMYOnde histórias criam vida. Descubra agora