Uma chance de amar?

"Quando as pessoas vai, as que fica são as que sofrem"

HANNA AGNES:

Bom, eu sou Hanna, mais conhecida por Agnes, cresci em Outer banks, vivi, bom, ao menos sobrevivi, nesta cidade por 12 anos, tenho 17, e dps dos meus 6 anos, eu consegui crescer e entender que, eu só estava aqui por estar e que a saída mais fácil, era a saída difícil, uma criança de 8 anos desejar morrer?

Sim eu fui está criança, tive a infância traumática e cheia de confusões, eu ao menos tive uma lembrança feliz, mas dps dos meus 6, aparenta que tudo desabou.

Começar que, minha mãe e meu pai, se casaram e me tiveram, sou filha única e tudo era "perfeito".

Nós 3 viajávamos, fazia as coisas juntos, tirávamos fotos, tínhamos dias apenas para nós, eles me davam tudo e eu era feliz, porém, nos meus 6 anos, meus pais decidiram viajar, até então, eu não sabia o por qual razão, mas ok, até aí tudo bem.

Eles disseram que iriam viajar para outra cidade a trabalho e foram, eu tinha ficado super triste, "Por que eles não me levaram juntos?" "Eu era uma criança ainda, como pais responsáveis deveriam ter me levado, para continuarmos feliz.."
Essas eram as perguntas que me fazia e nunca tive uma resposta.

Nós se despedimos, eles disseram a seguinte frase:

"Voltamos logo minha princesa, saiba que nós te amamos, isso é pensado em vc e na nossa vida, pois precisamos de dinheiro para se manter."

Porém, uma coisa que nunca nós faltou foi dinheiro

Aliás, nossa família toda sempre foi de boas condições, cada uns tendo empregos ótimos, de boa condição financeira.

Só que isso não era suficiente pra eles? Eu não pedia nada a eles, pois já achei que o carinho foi o suficiente, só que eu não fui suficiente? Eu fui a culpada pra tudo isso? Eles fizeram tudo isso por dinheiro??

E esses pensamentos continuavam me rodeando.

Até então, eles me deixaram na casa da minha vó, onde morava meu vô, minha vó e meu tio.

Eu tinha levado a casa deles tudo o que precisava, roupas brinquedos, mas isso tudo sempre faltou algo, eles.

Bom, depois de 6/5 meses, sem nenhuma notícia dos meus pais, escutei meu vô e minha vó conversando e nessa conversa eles disseram:

"Alice e o Joseph realmente foram para outro país por dinheiro né?" minha vó dizia

"Sim, deixaram a menina conosco, esses dois são uns baitas de uns irresponsáveis, agora temos que ficar cuidando dessa criança mimada e nojenta!"

"É, já não bastava Alice sair desta casa e nos deixar e quando volta, volta com essa menina."

É, eu escutei tudo isso e então todas lágrimas de uma criança chorona criando traumas vieram e eu fui até meu quarto sem fazer barulho, fechei a porta com o maior cuidado, me deitei na cama, peguei o travesseiro e gritei e chorei em silêncio.

Tendo mais e mais perguntas em minha mente "Meus pais me abandonaram por dinheiro??"

"Eu fui um estorvo na vida deles??" "Eles não viajaram para outra cidade e sim país, que provavelmente pra ficar o mais longe de mim.."

"Agora sei que moro em uma casa onde todos não querem minha presença."

E depois disso, pode ter certeza que fica pior ainda.

Meu tio, Hopper, irmão da minha mãe, tinha 35 anos naquela época, um "tio" que não tenho nenhuma consideração e que por mim ele e meu vô, deveriam estar muito bem mortos.

Depois do dia que escutei a conversa de meus avós, se passou 1 mês, eu não tinha me recuperado obviamente, eles sempre mostravam não querer minha presença, nunca mudou, mas aí, meu tio começou a vir ter contato comigo, a querer ser "presente", querer brincar comigo, mas nestas brincadeiras, com certeza eram horríveis.

Ele só começou a brincar comigo por toques..

E de toques passou a ser..

Não consigo nem falar e me dói, dói muito.

Depois deste meses de aproximação dele e dessas brincadeiras, eu fiz 7 anos, um aniversário que eu nem se quer queria, a única coisa que eu queria era, meus pais.

Bom, aconteceu nada em meu aniversário, só sei que me fizeram fazer todo tipo de obrigação possível naquela casa, sendo que tinha empregados e ok, eu fazia, por que se não, eu apanhava, do meu avô.

Bom, depois que eu terminei de limpar a maioria dos cômodos da casa deles, eu tomei um banho e fui pro meu quarto, chorar e chorar, até que, escutei 2 batidas na porta, era meu tio, e tava sem chave a porta eu fiz o possível para encontrar e não encontrei, até veio um sentimento de desespero e medo e eu não sabia o por qual razão, apesar de ser óbvio ele não tinha passado das "brincadeiras" até este momento. Abri, ele me perguntou:

"Quer brincar, querida?" senti uma malícia no seu olhar, apesar de eu ser inocente, era perceptível e quem nunca acreditou nisso, era meus avós e então eu respondo

"Não tio, estou cansada, quero dormir" ele respondeu:

"Deixa o tio dormir com vc minha princesa"

e este foi um dos piores momentos da minha vida.

Eu não queria, mas ele foi "dormir" comigo do mesmo jeito.

Eu coloquei meu pijama antes dele entrar, coloquei um pijama totalmente fechado e todo florido que era pra dar olhos para ele e mostrar que eu era apenas uma criança.

Então ele veio e do nada eu comecei a escutar uns gemidos do meu lado.

Era meu tio, que estava excitado, eu só sentia nojo e um medo tremendo dentro de mim e uma crise querendo vir.

Eu comecei a sentir algo me tocando por trás, comecei a sentir a mão nojenta dele passando em mim, comecei a escutar

"Titio quer brincar minha querida"

baixo e então ele se divertiu enquanto eu só queria ter morrido.

Preferia ter sido espancada pelo meu avô a ter que ter passado por esta situação e então ele começou com seus atos.

eu o implorava para que ele parasse, mas n aconteceu, eu tentava chutar, me defender, porém ele era mais forte, e seu peso em cima de mim era o dobro do meu, foi aí que todo aquela crise vindo, ficou pior e eu desmaiei na hora, porém conforme minha respiração ficasse ainda mais acelerada e ao mesmo tempo fraca, minha visão escurecendo.

Eu só via antes de eu me apagar, ele, por cima de mim, por cima da sobrinha dele, um criminoso fazendo uma crueldade com uma criança.