Menina boazinha

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Se tornou um costume ajudar todo mundo. A vida inteira fui criada para seguir ordens e ajudar as pessoas. Eu nasci com esse dom, herdado dos meus pais. Mas a verdade é que eu estou cansada desse olhar bobo que as pessoas tem comigo. 

Mas sei que não posso evitar. Antigamente, as pessoas procuravam nossa família para curar enfermidades, e isso se estendeu ao ponto de minha família construir o primeiro Hospital da nossa vila. Somos vistos como pessoas boas por ajudar todos.  Mesmo fora do hospital, as pessoas ainda me reconhecen como filha dos doutores da cidade.

Eu estava indo pra o primeiro dia de aula na escola. Passando pelo mercadinho comprei um lanche e segui para atravessar a rua. Uma senhora que passava se atrapalhou e caiu no asfalto. 

-Meu deus! A senhora está bem? -Perguntei desesperada. Assim que vi seu joelho ralado passei a mão sobre o ferimento e o curei o mais rápido que pude. A ajudei a levantar e ela me deu um sorriso simpático. 

-Mas que menina mais boazinha. Você curou meus ferimentos? -Ela perguntou surpresa. 

-Sim, posso curar ferimentos leves, como arranhões e pequenos cortes. A senhora se sente melhor?

-Sim, sim. Você deve ser da família Haruno, não é mesmo? Ouvi falar muito bem de vocês. -Ela diz enquanto caminhamos para a calçada.

-Sim, eu me chamo Sakura. Sakura Haruno. Como a senhora se chama?

-Pode me chamar de Senhora Chiyo. 

-Senhora Chiyo, tem alguém pra quem a senhora pode ligar para te acompanhar? 

-Ah não precisa, querida. Meu neto está aqui nesta conveniência logo em frente. E além disso, sei que com você por perto, estarei em boas mãos. -Ela não parava de sorrir e me agradecer, enquanto eu só pensava que iria me atrasar para o primeiro dia de aula deste ano. 

Um rapaz de cabelos vermelhos saiu pela porta da conveniência e correu até nós com a expressão assustada.

-Vovó, a senhora está bem? Se machucou? -O garoto notou minha presença mas estava mais preocupado com os machucados da avó. 

-Eu estou bem, Sasori. Agradeça a senhorita Haruno por me ajudar, por favor. -Ela sorri novamente. 

 -Não precisam agradecer. Eu não quero ser rude mas preciso ir para minha aula. -Digo meio desajeitada. 

-Não se preocupe, querida. Sinto que nos veremos novamente. -A senhora Chiyo diz simpaticamente. Aceno com a cabeça e ambos fazem o mesmo. Em seguida corro para a escola antes que eu perca o horário.

Fico me perguntando se verei meus amigos antigos, ou se entraram pessoas novas. Pelos corredores pude identificar algumas pessoas, mas nenhuma a qual eu tivesse intimidade para conversar. Chegando ao corredor da minha classe, avistei os armários e pude reconhecer a menina de longos cabelos loiros. 

-Olha quem resolveu aparecer. -Ino passava camadas de gloss nos lábios enquanto encarava eu abrir meu armário e deixar alguns livros lá dentro. 

-Não começa Ino. Ta cedo demais pras suas gracinhas. -Tranco o armário e sigo em direção a sala.

-Ih começou o ano rude, em. -Ela me segue com sua mochila nas costas.

Sakura HarunoOnde histórias criam vida. Descubra agora