Sim, sou sádico, mas não estupro. Se ela ficasse com medo de mim a ponto de se recusar, eu ficaria sem provar do corpo dela. Aquilo era tudo uma questão disso: desejo carnal. Assim que eu me cansasse dela, a mandaria de volta para o bordel.
— Você vai me servir — Eu respondi, sentindo uma certa diversão em ver a mudança de expressões nos olhos dela. Irina tremeu os lábios, estava com medo, mas eu percebi também que ela não era uma que se deixava ser subjugada. Eu amava aquela garra!
Eu não queria quebrá-la, não ainda. Mas devo dizer que o fato de ela ser forte era como um prato cheio para mim, saboroso. Quanto mais forte a pessoa, quanto mais difícil, mais prazeroso se tornava o processo.
— Eu não quero ser desrespeitosa com o senhor, longe de mim, mas... – Ela passou a língua pelos lábios e hmmm, eu queria fazer o mesmo. Lábios cheios, inchadinhos. Minha imaginação foi longe! — E não entendo o motivo de eu estar aqui. Talvez vocês tenham pego a pessoa errada.
Quase dava pena a forma como ela me olhava, tão triste.
— Você está aqui como pagamento de uma dívida.
— Pagamento... de dívida? — Ela perguntou, franzindo o cenho, completamente confusa — Eu não estava devendo ninguém, senhor...?
Ela queria saber o meu nome. Eu tinha que rir. Menina tonta!
— Pode me chamar de patrão, por hora — Eu vi o nariz dela entortar de leve. Ela nem devia perceber que fazia isso.
— Meu pai deve estar muito preocupado, senhor... patrão – Ela falou a última palavra com um certo desgosto.
— Ah, sim, claro – Eu falei, sem conseguir conter o meu deboche — Irina, sente-se aqui — Eu dei um tapinha na minha coxa.
Ela levantou a sobrancelha bem rápido, mas eu vi, olhando para a minha coxa. Então, ela desviou o olhar. Ela estava envergonhada, o que significava que ela provavelmente olhou para outro lugar que não apenas a minha coxa. Bom, o garotão estava animado ao ter uma deusa daquelas por perto.
— E se eu me recusar? — Ela perguntou, engolindo com dificuldade, apertando os lábios e, eu percebi, as pernas juntas.
— Algo que você deve aprender, Irina: eu não peço duas vezes. Aproveite enquanto eu pedi — Talvez ela tenha confundido o fato de eu a ouvir com estar dando abertura para ela ser atrevida. Desde que herdei o negócio aos 16 anos após os meus pais serem assassinados, eu não aceitava insubordinação, menos ainda de quem me devia! — Irina!
O corpo dela tremeu, e ela concordou com a cabeça, levantando-se devagar. O carro fez uma curva e ela perdeu o equilíbrio. Por instinto, eu acho, eu estendi o braço e a peguei e a puxei para mim, para evitar que ela rolasse pelo carro e se machucasse.
Irina era quente, macia. Uma mão dela estava no meu pescoço, a outra, no meu peito e ela levantou o rosto, tão próximo do meu. Os olhos verdes dela eram límpidos e as pupilas estavam mais do que dilatadas. Ela gostava do que estava vendo e eu não pude deixar de sorrir.
A respiração dela era como uma carícia no meu rosto e eu desviei os meus olhos para os lábios dela. A vontade era de me inclinar e beijá-la, sentir se eram tão macios quanto pareciam. Mas isso daria poder a ela e eu não permitiria.
Eu a coloquei na minha perna, do jeito que era para ela ter feito sem a minha ajuda. A mão no meu peito subiu e foi para o meu pescoço, também. Eu estava sem luvas e como o vestido dela tinha aberturas nas laterais do tronco, eu senti a pele dela contra a minha.
— O-obrigada — Ela falou e desviou o olhar e eu não gostei daquilo. Segurei o queixo dela e a fiz olhar para mim. Onde os meus dedos tocavam nela era como se eu pudesse sentir um leve formigamento que eu não entendia. Nunca havia sentido aquilo. Seria cãimbra?
— Pelo o que está me agradecendo, Irina? Eu apenas a ajudei a cumprir ordens e... — Eu acariciei o queixo dela, depois, passei o polegar pelo lábio inferior dela — Se você se machucasse, como me serviria?
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Nikolai - Paixão Irresistível - DEGUSTAÇÃO
RomansaConteúdo para maiores de 18 anos! Irina Karev vive seu sonho: aos anos, estuda música, sua grande paixão. Porém, tudo vai mudar do dia para a noite, quando ela acordar em um local estranho. "- Entra aí! O seu dono por essa noite tá te esperando!" ...