Chego em casa e quando abro a porta do meu apartamento me viro para me despedir dele.
— Olha, eu sei que está chateado comigo e você tem suas razões, não vou ficar me desculpando. Só quero te agradecer por hoje, obrigado mesmo e não precisava ter pago a conta, eu podia pagar. Ele fica me olhando por um tempo e quando vejo que ele não vai dizer nada dou as costa a ele e entro, mas quando eu ia fechar a porta ele me impede.
— Você sabe que gosto de você neh? Ele não desvia o seu olhar do meu.
— E você sabe que o jeito que gosto de você é diferente neh?
— Você ainda está com ele? Ele me pergunta ignorando o que eu acabei de dizer.
— Não! Não estou mas... Ele me interrompe mais uma vez.
— Então o que te impede de ficar comigo? Ele entra em meu apartamento e fecha a porta.
— Você ouviu o que acabei de te dizer? Eu gosto de você, mas...
— Mas ama aquele babaca! Eu sei disso, mais estou disposto a tentar fazer você esquecer ele.
— Gabriel... Não faz isso, você é um cara tão legal... Merece uma mulher que te ame de verdade.
— Mereço! Eu sei disso, mais não posso fazer nada se meu coração só quer você.
— Eu não posso Gabriel, não vou fazer isso com você!
— Ok! Então vamos fazer assim... Vamos ser amigos, se rolar alguma coisa no futuro vai ser legal, mais se não rolar tudo bem também pelo menos seremos amigos.
Fico pensando e chego a conclusão que de uma forma ou de outra tudo vai ficar bem por que se não der certo pelo menos seremos amigos.
— Tah bom! Dou um meio riso e ele vem até mim, me abraçar.
Dia de cinema em casa, Marina e Lorena estão aqui e enquanto uma faz pipoca a outra prepara um brigadeiro de colher, é sábado a noite e como não tenho saído de casa desde o dia que me mudei as meninas inventaram esse dia só nosso.
Elas até tentaram me levar pra sair, tipo... Ontem foi dia de baile no complexo mas eu não quis ir, tô evitando encontrar com o outro. Ele não me procurou mais e confesso que sofri muito nas primeiras semanas, mas hoje já me acostumei com o fato dele não gostar de mim. Um mês, um mês que não nos vemos, não nos falamos e decidimos aqui em casa que o nome Lyon não seria tocado mais, eu precisava seguir em frente.
— Ahhh gente já ia me esquecendo... Começa Marina. — Amanhã vai inaugurar uma boate nova em Copacabana, a galera da faculdade vai em peso, vamos?
— Segunda eu trabalho Marina, não vai rolar. Diz Lorena.
— E a gente tem faculdade de manhã na segunda Marina, não arruma ideia! Chamo sua atenção.
— Ah meninas, vamos! A gente fica só um pouco, só pra conhecer o local e antes da uma da manhã a gente vem embora.
Eu e Lorena ficamos nos olhando mais no final aceitamos ir... Assistimos três filmes e já estávamos empantufadas de tanta besteira, como o açúcar está restrito pra mim eu acabei ficando só na pipoca.
— Como anda seu lance com Fael? Pergunto Marina.
— Ele é complicado de mais pra mim, sabe... Depois da invasão nós sentamos e conversamos, ele disse que curtia ficar comigo, me pediu desculpas e tal mas no final resolvemos ser só amigos mesmo.
— Amizade colorida? Lorena pergunta.
— Nada de amizade colorida Lorena, isso não rola comigo. É ele na dele e eu na minha. Mas e você? Era vez de interrogarmos a Lorena.
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Complexo de Israel ( Morro)
RomansaMaria Júlia García é uma menina de 17 anos que está terminando seu ensino médio, menina tão inteligente que já foi aprovada em duas faculdades para cursar medicina, mas não se enganem achando que a vida dela é fácil, nada na vida de Majú é fácil. De...