[44]-Capítulo

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Pela tarde do mesmo dia, o grupo que Athena havia formado havia chegada a Alexandria. Por algum motivo desconhecido, Rick não estava na comunidade. A última vez que o viram foi em Hilltop, quando falou que Daryl havia desaparecido e Nick levado para o santuário.

Em Alexandria, as pessoas arrumavam novas caixas de munições para o armazém e se preparavam para a próxima batalha.

— Jesus. — Chamou Athena, se aproximando do Homem que estava em Alexandria para entregar umas caixas com comida. Caixas que eram de Hilltop. — Tem um minuto?

O Homem parou de carregar toda aquela comida e foi na direção da mulher, dando um sorriso.

— Recebi uma carta da Maggie. — Começou Athena por falar. — Ela me contou que trouxe salvadores do posto avançado. É verdade?

— Sim.

— Porra! Eles são inimigos!

— Eles se renderam, Athena. — O Homem olhou à volta para ter certeza que ninguém ouvia. — Não ía matar 15 pessoas inocentes.

— Mas eles eram capazes de atirar 15 vezes em você.

— Não o fizeram. — Disse o Homem logo de seguida.

— Vai chegar o dia que isso vai mudar. — Afirmou a Dixon sem quebrar o contacto com Jesus. — Tenha cuidado.

Estava prestes a ir embora, mas a frase de Paul Rovia a fez mudar de ideias.

— Negan é o inimigo.

— Quem o apoia também é.

Jesus suspirou e balançou a cabeça.

— Não perca a sanidade... sei que não quer nada disto. — Ele entrelaçou os próprios dedos e andou até a amiga. — Você não quer matar ninguém inocente. Não quer nenhuma guerra.

— Isto já começou... à dias.

— Pode acabar amanhã.

— Acaba quando nós vencermos. — Retorquiu a Dixon, mantendo a voz firme.

Jesus engoliu em seco e baixou a cabeça. O Rovia se sentou no banco mais próximo e pegou numa maçã, dando uma trinca. Athena se aproximou do mesmo, ocupando o que restava do banco.

— Pode falar comigo, Jesus.

O Homem engole o pedaço que tinha na boca e baixa a mão, encarando a comunidade.

— Sempre vai haver inocentes que morrem, né? — Questionou ainda sem olhar para a mulher.

— É a lei deste novo mundo. — Respondeu Athena com naturalidade.

Também não gostava dessa lei, mas não havia outra forma de sobreviver. Ou matamos, ou acabamos mortos. Agora é assim. O mundo mudou e as pessoas que nele habitavam também tiveram de mudar.

— Odeio essa lei. — Confessou Jesus.

Athena balançou a cabeça, concordando.

— Mas você tem coragem, Jesus...

O Homem passou a encarar a Dixon sem mais delongas, estava curioso por ouvir o resto da frase. Enquanto acabava de comer a sua maçã avermelhada, Athena sorria para o céu, mantendo uma mão sob os olhos, por conta do sol.

— As suas atitudes são honrosas. — Confessou numa voz calma. — Queria ser assim, como você.

— Eu gosto do seu jeitinho de ser, Athena. — Disse Jesus. — Cada um tem a sua maneira de ser.

Athena deixou escapar um sorriso e empurrou levemente o habitante de Hilltop. A mulher desceu o corpo e encostou a cabeça na madeira do banco.

— Minha mãe costumava falar isso.

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