— Nenhum ser humano merece ser esquecido ou viver sem família, amigos, na verdade nenhum ser humano merece viver sozinho, ainda bem que o amor me salvo o amor do Pedrinho me salvou da solidão. — pensa Júlia enquanto se movimenta no ritmo da música.
— Eai Julinha, teu namorado já lhe viu dançando assim, ele vai ficar pistola em — Diz um menino que aparentava ter 18 anos e estava vestido com uma bermuda verde cana da Nike, e com uma blusa branca jogando no ombro.
— Ela só já não me viu dançando assim com está aqui comigo, estamos comemorando 2 meses juntos — Diz Júlia balançando o seu corpo e jogando seu cabelo grande e cacheado preto com algumas mechas cor de mel para o lado com a mão.
— Aqui amor, aqui está a bebida — Diz Pedro chegando por detrás dela e dando um beijo no pescoço dela.
— O que foi? Tem alguém te incomodando? — pergunta ele olhando para o menino que olhava Júlia dançar.
— Calma aí véi, não tô mexendo com a sua dona não, pode fica na boa. Não sabia que tu bebia, você não é o todo certinho da quebrada? — Diz o menino que usava a bermuda da Nike.— Bebo mas bebo tranquilo cara — Diz Pedro olhando para o menino e logo após desviando o olhar para Júlia que estava bebendo e cantando (Filipe ret invicto).
— Aí irmão tô com uma missão aí pra tu, ganhar uma graninha — Diz o menino encostando em Pedro e falando em um tom baixo que só Pedro escutou.
— Não, Não tô fora, não me envolvo nessas paradas não — Diz ele ao mesmo tempo em que se afasta do menino e vai para junto de Júlia, que está uns dez passos distante dele, ainda cantando.
— Bem que tu podia ser igual a teu amiguinho Douglas mano, mas fecho, fecho lá. — Diz o menino olhando ele sair e ir em direção a Júlia.
— Amor, vamos escutar mais duas músicas e vamos, tô sentindo que o clima não tá muito bom, e hoje é domingo tenho trampo amanhã — Diz ele encostando atrás de Júlia com suas duas mãos contornando a cintura dela.
— Ah Pedrinho, tu sabe que eu gosto dessas músicas e de cantar e dançar, vamo ficar só mais um pouco — Diz ela virando e se encostando nele de frente, ele dá um selinho nela.
— Tá bom dona do meu coração. Canta uma das antigas aí mano — Pedro grita olhando para um menino magrinho que estava com um tênis da adidas verde reluzente e uma bermuda preta. O menino que está no palco olha de volta para ele e responde com um legal.
— Quem é essa menina de vermelho eu vim pro baile só pra ver... — O menino que está no palco começa a cantar.
Pedro e Júlia começam a cantar também, ela volta a ficar de costas para ele, e ele segura na cintura dela. O Baile está cheio e todos estão cantando.
— Melo, melo mermão os cara tá na área porra — Grita um homem todo tatuado aos mesmos tempo em que da tiros para cima.
— Vamo Júlia, vamo, corre — Diz Pedro puxando ela pelo braço e a arrastando. Todo mundo que estava na festa começa a correr, de repente escutamos um tiro, eu e Pedro olhamos para trás, e lá estava o corpo do menino que estava cantando estirado em cima do palco.
— Merda, mataram o Mc caveirinha, que merda mermão — Grita um homem passando pela gente correndo.
Júlia corre assusta, ela segura firme na mão de Pedro, mas um homem com um boné rosa tomba em
Júlia, e ela cai, Pedro continua correndo, mas percebe rápido a falta da mão de Júlia segurando a sua, ele olha para trás, e ela está Júlia no chão, então ele volta para pega.— Merda Júlia, não solte a minha mão, vamos — Diz ele levantando ela e voltando a correr.
— Ufa, essa foi por pouco. Porque será que mataram o Mc Caveirinha? — pergunta Júlia voltando a pé para casa mais Pedro, a rua está deserta, iluminada apenas pelos postes, e alguns bar que estão aberto.
— Não sei ju, mas ele tava crescendo pó, e o que não falta aqui é invejoso de plantão — Diz Pedro ao mesmo tempo em que segura umas da mão de Júlia.
Eles estão caminhando de mãos dadas, Júlia lhe dá um selinho rápido enquanto anda. Pedro ainda distante a vista seu amigo Douglas na esquina do início da sua rua.
— Qual foi meu Pedrão, passeando com a gata uma hora dessa? — Pergunta Douglas ao ver Pedro de mãos dadas com Júlia se aproximando dele.
— Tava no baile véio, mas confusão pra porra, mataram o Mc caveirinha — Diz Pedro junto com Júlia parando em frete a Douglas.
— Porra, fiquei sabendo, já passaram a visão pra mim cara — Diz Douglas cruzando os braços e olhando para Pedro.
— Vamos pedrinho, vamos — Diz Júlia puxando ele pela mão, ele está parada em frente a Douglas.
— Vamos. Vlw irmão, vê se toma jeito cara, isso não é vida não — Diz Pedro saindo e indo em direção a sua casa que fica a uns trinta passos dali.
— Jáe — Diz Douglas, olhando Pedro e Júlia andarem.
— Chegamos Pedrinho, sabe eu sempre pensei que acabaria sozinha, sabe fui criada pela rua, pela vizinhança — Diz Julia ao mesmo tempo em que se joga no sofá.
— Não, a vida sempre se encarrega de botar pessoas no nosso caminho, às vezes para nos ajudar, às vezes para nos empurrar para baixo, mas sempre aparece alguém — Diz ele tirando sua blusa vermelha e deixando-a mostrar seu corpo moreno e sarado.
— Olha um exemplo, eu e você — Diz ele indo na cozinha que fica junto com a dá-la dívida por uma cortina azul, ele pisa em uma barata, o chão de sua casa é sem piso.
— Verdade, você foi a minha sorte, você foi o meu tudo — Diz ela deitada no sofá.
— Com sono amor, amanhã acorde cedo, preciso pagar essa televisão que compramos no cartão de dona Ivone — Diz ele jogando passando por uma porta e indo em direção a o quarto , ele abre uma porta marrom, e se deita na cama que está forrada com um lençol roxo.
— Também vou tomar banho, e já estou indo — diz ela ainda deitada.
— Júlia se levanta e vai tomar banho, ela já está dentro do banheiro, a água do chuveiro sem torneira sai por um cano sob o corpo desenhado de Júlia, seus cabelos cacheados e longos estão presos em um coque alto para não molhar. Júlia desliga o chuveiro e pega uma toalha que está em cima de um banco de madeira e se enrola. Ela sai do banheiro, a porta modelo sanfona estava aberta, então ela vai em direção ao quarto enrolada em uma toalha branca.
— Pedrinho, tá acordado? — pergunta Júlia empurrando a porta do quarto e entrando, Pedro está deitado na cama de lado e enrolado dos pés ao ombro.
— Tô te esperando ju ,vem se deitar comigo — diz ele olhando para Júlia.
— Deixa eu só vestir um shortinho é um blusa sua — Diz Júlia abrindo o guarda-roupa de duas portas, as roupas estão bagunçada, mas ela acha um shortinho bem curto e uma blusa de manga preta de Pedrinho, ele veste o shorts sem calcinha e vesti a blusa de Pedrinho sem sutiã.
Júlia vai em direção a cama e se deita de lado, ficando de frente para Pedrinho, ela dá um selinho bem rápido nele, o quarto não está tão escuro, apesar de todas as luzes da casa está apagada, pois tem um porte junto à janela do quarto, que está escondida por uma cortina verde que deixa um pouco da luz amarelada entrar.
— Esse seu beijo tem gosto de quero mais — Diz Pedro puxando ela pela cintura para bem de juntinho dele. Então ela a beija com gosto, em um beijo de língua.
— Vamos dormir Pedrinho amanhã também acordo cedo, Verônica vai me levar para tentar conseguir seguir uma bolsa com a nota do enem — Diz ela olhando nos olhos dele.
— Essa sua amiga psicóloga quer porque que que você siga o caminho dela, mas é muito difícil ju um Dr sair da favela, um favelado virar um dr — Diz Pedro olhando nos olhos dela de volta e dando um beijo na testa dela.
— Pra Veronica não é, ela já está bonequinho semestre de psicologia — Diz Júlia acariciando o braço dele.
— Tá bom ju, agora vamos dormir, temos oque fazer amanhã — Diz ele dando um beijo ma boca dela, e fechando os olhos, ela também fecha os olhos.

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Fica - O amor que tudo suportou
Lãng mạnJúlia é uma menina alegre, responsável e determinada. Ela perdeu seus pais quando tinha 5 anos, sua casa foi invadida por traficantes os quais seu pai devia uma grana, eles mataram o pai e a mãe dela. Júlia foi criada por vizinhos da comunidade, mas...