Um grito para os ouvidos surdos

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No dia seguinte o grupo finalmente conseguiu se unir novamente. Todos os seis chegaram de manhã bem cedo para já iream preparando as coisas para a mais nova amiga, guardaram a lugar dela bem na frente de Sano, decidiram qual era o melhor caderno para ela copiar as anotações mais importantes - O do Draken foi o escolhido - e fizeram questão de ameaçar qualquer um que sequer ousasse cogitar se sentar no lugar guardado.

Quando a garota finalmente chegou e foi apresentada a turma, o professor teria a mandado ocupar a cadeira vazia da frente porém Kazutora foi mais rápido a puado para onde eles estavam antes que ele terminasse de falar. Passaram boa parte das aulas conversando, prestando atenção vez ou outra ou passando bilhetinhos - vários e vários deles - depois que uma professora ameaçou expulsa-los da sala se escutasse as vozes deles de novo.

No intervalo arrastaram a garota sala a fora direto para a cantina dizendo que não poderia chegar um minuto sequer atrasados já que aquela fila que pegavam era um campo minado cheio de predadores e inimigos a serem pisoteados. Por mais que ela quisesse não conseguiu discordar quando viveu aquela experiência por conta própria.

Depois de pegarem seus lanches eles foram para de baixo da árvore, a ''base'' deles segundo o bicolor, onde sentaram e conversaram bastante sobre muitas coisas aleatória que seria difícil de explicar caso alguém perguntasse - Começavam falando da escola e terminavam com cachorros em Marte usando salto alto vermelho com colares de pérolas coloridas - Quando o mesmo terminou voltaram para as aulas a contragosto e assim que o sinal tocou para irem embora levaram a mais nova amiga para um turismo gratuito pelo colégio, incluindo os outros prédios. No final apenas voltaram para o refeitório e se sentaram em uma das mesas para passarem um tempo, conseguiram pelo menos uns vinte minutos de paz ali antes de serem expulsos.

Resolveram bater perna por algum tempo até terem a ideia de comprar geladinho em uma casa ali por perto, onde tinha uma doce senhora que fazia e vendia por um e ciquenta cada. Um amor de pessoa

--És aqui o melhor geladinho caseiro do universo! --Kazutora apresenta, entregando um de maracujá para a amiga

--Não precisa exagerar, meu querido --A doce velhinha diz, envergonhada --É apenas uma receita que preparo

--Nada disso! --Ele nega --A senhora tem mãos de fada! Tudo o que faz é simplesmente perfeito e quem disser que não está errado! Apenas aceite

--Ora, se é o que você diz, querido

Senju provou do doce e seus olhos brilhavam de felicidade

--Esse é o melhor geladinho de maracujá que eu já provei!

--Tá vendo?! --Kazutora aponta para ela --Todo mundo aqui está de prova!

--Muito obrigada, minha jovem! Ah e querido..

--Sim?

--Por que não veio esses dias? --Ela perguntou --Sempre guardo o seu geladinho de leite condençado por que sei é o que você sempre pede na maioria das vezes

--Ah, a senhora é um anjo! --Ele a abraça pela janela --É que eu estava resolvendo algumas coisas e não pude vir. Mas não se preocupa que apartir de agora vou vir aqui todo dia sem falta!

--Vou esperar, hein?

--Qual é a relação desses dois? --Senju pergunta para os amigos que estavam apoiados de forma relaxada na parede e no chão

--Ela é a avó de consideração do Kazutora, basicamente --Baji responde, estando agaixado ao seu lado enquanto degustava de seu geladinho de chocolate --Ele não tem avós, aí uma dia quando estava no sexto ano ele veio aqui e comprou seu primeiro geladinho nas mãos dela, eles conversaram bastante e ele voltou nos dias seguintes, aí em um certo momento ela começou a presentar ele com várias comidas caseiras e ele a chamar ela de avó. Dês de então ele praticamente é o neto adotivo dela e vem aqui como se realmente tivessem uma ligação de sangue e tudo o mais.

Guia Para Jovens Desasjustados E Que Procuram Serem FelizesOnde histórias criam vida. Descubra agora