CONTO I: PISCINA VERMELHA

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O reflexo da piscina cegavam meus olhos foi quando mudei rapidamente de quarto a procura de uma janela que os eliminassem, mas não adiantava o pouco que conseguia ver não passava de golpes certeiros e algumas poucas palavras que denunciavam desespero ao ver aquela cena algo mudou em mim de alguma forma meu coração palpitava descontrolado parecia que estava prestes a sair pela boca, respirei fundo foi quando tive a ideia de ir para a varanda lá poderia escolher o melhor ângulo para entender a cena sem pestanejar desci rapidamente as escadas pulando mais de um degrau quando cheguei não me contive fiquei em choque apertei os olhos para entender oq eu via, a piscina estava tomada por um vermelho escuro forcei um pouco mais e pude ver logo abaixo algo flutuava.

Naquela mesma noite véspera dos meus quatro anos de idade descobri por meio do jornal local que a senhora Verônica do prédio vizinho tinha sido assassinada cruelmente por seu ex-marido, foi quando me dei conta que tinha presenciado tudo.

Naquela mesma noite já deitado não conseguia dormir, ouvia compassadamente minha respiração sentia os braços latejar, inquietos, desejava todo o mal a aquele homem se soubesse como encontra-lo faria pagar pelo sofrimento causado a aquela mulher.

Mal sabia que no dia seguinte não me lembraria de mais nada.

***

Eu tinha completado treze anos e esse era meu primeiro dia no serviço, estava prestes a ser atendente da maior livraria da cidade. Certifiquei-me de chegar pontualmente naquele dia e por alguns instantes contemplei o imenso salão  admirando as imensas prateleiras e os incontáveis livros , aquele local era imenso, já estava preocupado se conseguiria me adaptar ao serviço quando uma voz suave me chamou, era meu então chefe passamos horas conversando sobre os horários que se estendiam até o anoitecer de como deveria tratar os clientes e a melhor forma que organizar os livros, foi quando ele disse que estava feliz por ter me contratado sabia das minhas notas na escola e eram exemplares, em seguida entregou o uniforme vermelho sangue com as escritas no bolso da camiseta em preto "Lúcios", naquele momento me senti importante.

Não demorou muito para me lembrar o porquê de ter a sensação de conhecer aquele homem, após alguns dias procurando na memória tive a sorte de ver uma retrospectiva criminal de um canal pago em uma sorveteria a qual passava diariamente na porta, mostrou seu rosto e me fez lembrar meu chefe era o assassino da senhora Verônica, fiquei inerte por alguns instantes, meu senso de justiça aflorou instantaneamente o a ponto de me assustar, como um acontecido de tantos anos vivia tão presente e com tanta intensidade, atrasado corri para o serviço quando deparei com ele simulei um sorriso forçado enquanto vestia o uniforme e mirei-o porta a fora.

Eu não conseguia trabalhar nem possuía concentração para executar meus afazeres foi quando seguindo instinto peguei um rascunho no balcão e comecei a listar meios de fazê-lo pagar pelo crime, de todas as ideias a mais encorajadora seria lhe pregá-lo uma peça, dar uma lição de moral que jamais esqueceria.

Por três semanas estudei detalhadamente a melhor forma de executar meu plano de vingança, faria com que ele pedisse perdão de joelhos pelo que fez isso garantiria que nunca mais voltasse a cometer tamanha atrocidade.

O plano era simples meu chefe saia às onze horas quando eu entrava no serviço e voltava apenas às vinte e uma horas já ao anoitecer para fechar o caixa, no fundo da livraria tinha uma ampla sala que servia de estoque ela seria bem aproveitada para o desenvolvimento do plano, eu iria cobrir as paredes com papel vermelho, amontoar quantos livros necessários para simular um caixão, forraria com um pano branco em forma de cruz e trocaria a luz central por uma de neon, o plano consistiria em atrair ele para a sala certificar que ao entrar fechasse a porta, ligaria a luz de neon e o som ambiente da livraria com uma música mórbida contendo gravações de vozes femininas pedindo clemencia por suas vidas, isso seria suficiente para assusta-lo a ponto de refletir sobre seus atos do passado.

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⏰ Última atualização: May 21, 2015 ⏰

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