Nossa história romântica de terror

Capítulo 1

Alex Narrando

Olhando para o homem se contorcendo de dor no chão, inclinei minha cabeça e deixei meus olhos percorrerem seu corpo se contorcendo lentamente. Seu cabelo castanho claro estava emaranhado em alguns lugares do sangue que estava começando a secar em seu cabelo de onde ele o puxou com as mãos manchadas de sangue. Novas lágrimas rolaram por suas faces pálidas; eles eram barões de todas as cores com os primeiros sinais da morte.

Ele estava murmurando palavras totalmente incoerentes e grunhindo de dor enquanto puxava pateticamente os joelhos até o estômago, enrolando-se em uma bola para se proteger. Para se proteger de mim.

A faca que eu usei estava ao seu lado em uma poça do que parecia ser sangue eternamente derramado vindo das feridas em suas coxas e estômago. Vermelho era tudo que eu tocava.

A ferida do menino parecia profunda, o que, admito, foi bastante impressionante para mim. Admirei o trabalho, ignorando seus gritos de socorro que se tornavam cada vez mais tensos enquanto ele jazia às portas da morte. O líquido vermelho escorria de sua boca, fazendo-o gargarejar com as palavras enquanto gritava com todas as suas forças. Deixou rastros escuros em seu queixo e pescoço antes de desaparecer em sua camisa vermelha encharcada.

Não demorou muito até que os garotos parassem de se contorcer e seu corpo relaxasse, sua respiração difícil e gargarejada parasse de fazer barulho. Seus olhos ficaram vazios como se ele estivesse olhando para longe, não mais olhando para mim com uma expressão de puro medo. Ainda assim, o sangue continuou a derramar.

Peguei a faca de onde havia sido deixada na poça de líquido vermelho e com um último olhar para o corpo, caminhei até minha marca.

—Corta! Ótimo trabalho como sempre, Alex. Tommo, você foi fantástico, então vá se limpar!— O diretor gritou.

O homem, Tommo, se desprendeu do chão pegajoso e da poça de sangue falso antes de sair correndo do set para tirar a maquiagem de efeito especial dele. O dia de hoje se arrastou e superamos o cronograma; foram longas horas aperfeiçoando cenas e testando luzes, ângulos de câmera e adereços.

Ultimamente, minhas mãos estavam praticamente permanentemente manchadas de vermelho com todas as filmagens que estávamos fazendo envolvendo esse material de sangue falso, então fiquei feliz por termos encerrado tudo. Pelo menos, todas as minhas partes foram feitas. Eles tiveram que refilmar algumas cenas com os outros personagens, incluindo Tommo, mas a vantagem de interpretar o assassino era que eu não tinha muitas falas para bagunçar.

Saindo do set, aceitei um lenço umedecido da minha assistente, Jenny, e a segui de volta ao meu trailer. Ela era uma menina doce, mas estava muito entusiasmada em trabalhar nesta indústria porque sempre foi seu sonho. Era admirável na maioria dos dias, mas às vezes tornava-se cansativo ouvir alguém ser tão zeloso sobre um trabalho que você temia na maioria dos dias.

—Você foi tão bem, Alex!— Jenny sorriu, tirando o fone de ouvido da cabeça e colocando-o na base de carregamento do meu trailer.

—Obrigado, Jenny.— Eu tentei o meu melhor para não ser um idiota com Jenny, isso iria ferir seus sentimentos.

Reconheço que não fiz um bom trabalho, mas isso realmente não importa. Eu estava cansado depois de um longo dia e não conseguia descobrir onde meu relógio tinha parado, não que eu fosse admitir isso em voz alta. Jenny passaria o resto da noite aqui procurando e não era muito importante. Ela já havia feito isso uma vez, quando reclamei que havia deixado um anel em algum lugar do set. Levou horas, mas é claro que ela encontrou.

Desejei boa noite a Jenny e segurei a porta para ela, assegurando-lhe que estava tudo bem para ela sair antes de mim pela primeira vez. Normalmente ela ficava por perto na esperança de que eu precisasse de algo. Ela era uma boa assistente, mas depois de uma longa temporada de filmagens precisava dormir cedo.