Capítulo 47

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Estamos no postinho aqui no complexo, eu em pé e Michele sentada em uma poltrona ao lado da Majú, pela medicação que ela tomou no hospital lá em Adolfo, o médico disse que ela pode acordar a qualquer momento.

Sair daquele hospital não foi fácil, Sandro estava determinado a acabar comigo e com a Majú, mas o que é dele está quadrado.

Majú começa a se mexer e Michele levanta rápido da poltrona, assim que Majú abre os olhos a primeira coisa que ela diz é:

— Onde eu estou? Sua sobrancelha é contraída estranhando o local.

— Está segura agora! E é nesse momento que ela se dá conta que eu estou aqui.

— Então não era um sonho, você foi me buscar mesmo? Ela diz manhosa.

— Eu sempre vou está por perto, sempre vou te proteger. Digo acariciando sua cabeça.

— O que aconteceu com seu braço? Ela estranha o fato de eu estar com ele enfaixado.

— Longa história. Digo olhando pra Michele, que muda logo de assunto, não quero estressar Majú com esse assunto agora.

— Oh menina, que susto você nós deu.
Majú direciona seu olhar para ela e abre um sorriso enorme.

— Você veio também... Que bom!

— Não tinha como eu ficar lá por conta do Sandro e sem contar que o grandão aqui precisava de um médico.

Ela volta a olhar pra mim e mais uma vez questiona o braço enfaixado, então resolvo contar logo.

— Quando te tirei daquele quarto, o hospital estava um caos, já que Fael acionou o alarme de incêndio. A intenção era criar esse caos para conseguir te tirar de lá, já que nunca que os médico deixariam você sair. Mas com isso Sandro teve acesso ao interior do hospital, aproveitou aquela confusão, eu sabia que tinha pouco tempo até Sandro chegar e foi quando eu estava saindo pela escada de emergência que ele gritou meu nome... Ele atirou e o tiro pegou de raspão em meu braço, nada grave.

— Não era grave, mas ele estava perdendo muito sangue, por isso tive que vir, já que dentro do jatinho eu precisei fazer o curativo e sem contar que naquele momento era eu que segurava seu soro, ele me viu. Se eu ficasse ele ia atrás de mim com certeza. Diz Michele.

— Mas como você desceu aquelas escadas comigo, sangrando? Majú questiona me olhando com os olhos arregalados.

— Por você eu daria a minha vida Majú... Esse arranhãozinho não é nada. Digo olhando para o curativo.

—  E Sandro?

— Ele tentou vir atrás da gente, mas homens que levei estavam lá e agiram rapidamente e ele foi obrigado a recuar.

— Ele não vai desistir Lyon... Ele nunca vai me deixar em paz.

— Não se preocupa com ele Majú, agora você esta protegida... Mas o que é dele está guardado!

Ela fica quieta por um tempo, pensativa, mas logo pergunta.

— E meu filho? Tô com tanta saudade dele. Seus olhos estão cheios de lágrimas.

— Tá em casa. Dona Maria, ex babá do Kadu está olhando ele...

Ficamos conversando por bastante tempo, ela queria saber de tudo, queria saber sobre Kadu, sobre Lorena, sobre como Leon reagiu ao me ver... Ela estava agitada então o dr resolve acalmar ela novamente.

Complexo de Israel - Segundo ato.    Degustação Onde histórias criam vida. Descubra agora