Ainda atordoado com os últimos acontecimentos, tanto eu quanto Megan contemplamos a imensidão colorida do espaço. O lugar que antes chamávamos de lar agora se transformara em uma nave robusta, pronta para nos abrigar e nos transportar pelo universo.
Jong retornou à sala da nave, que agora estava equipada com cinco assentos e uma tela na frente de cada um. Com meus sentidos ainda desregulados, perguntei:
— Para onde iremos agora?
— Ainda não sei — respondeu Jong. — Decolamos com muita dificuldade e pressa, não tive tempo de conectar o sistema do Droid à nossa nave. Estamos à deriva por enquanto.
— Não é uma boa ideia ficarmos próximos à órbita do planeta e pedir para sermos resgatados — interferi. — Com aqueles Droids atrás de nós, não podemos ficar aqui.
— Eliot tem razão — concordou Megan. — Lee, você tem que nos tirar da órbita desse planeta.
— Certo, vou fazer o que consegui — disse Lee. — Sentem-se, vamos sair daqui aos trancos e barrancos.
Corremos para nossas cadeiras, nos acomodamos e aguardamos a partida. Instantes depois, estávamos viajando na velocidade da luz. A sensação parecia retorcer meus ossos, como se minha pele recuasse sobre meu rosto.
Ao final da viagem, estávamos todos próximos de um planeta azul meia-noite. Era como se uma enorme bola de ébano estivesse sobre nossos olhos.
— Jong, para onde você nos trouxe? — perguntei.
— Precisávamos de ajuda, então pensei em vir para cá. Este é Vekozina, o lar dos Vekozinos. Eles têm boa tecnologia.
— Como você sabia como vir para cá? — indagou Megan. — Dei sorte. Vamos nos preparar para entrar no planeta.
Enquanto nos preparávamos, eu olhava para Megan e a questionei ainda muito incomodado.
— Ele não deu sorte — respondi preocupado. — Algo está muito errado.
— Eli, pare de ser pessimista. Vamos conseguir colocar as informações do Droid no computador de bordo — disse Megan.
— Espero mesmo que seja só pessimismo.
Com meu pessimismo deixado de lado, nossa nave se aproximou da órbita do planeta, descendo no solo com bastante calma.
— Este planeta não tem redoma de vidro, por quê? — perguntou Megan.
— Acontece que apenas os planetas que têm seres humanos possuem uma redoma.
— Sua irmã contou isso para você?
— Meu cunhado, antes de ser morto, estudou secretamente outros planetas e percebeu que todos os outros planetas com formas de vida não humanas não possuem redomas.
Removendo os cintos, as portas se abriram. Jong estava com sua mochila, mas Jun. não estava nas costas dele.
— Onde está o bebê? — perguntei.
— Ele vai ficar na nave, assim podemos procurar ajuda sem preocupações.
Meus olhos se voltaram para o solo azul escuro daquele planeta peculiar.
Começamos a caminhar sob o chão azul à meia-noite. A atmosfera respirável era incrível e um enorme benefício para nós.
— Estamos aonde? — perguntou um de nós.
— Vamos até Velactra, a capital. Se encontrarmos um Vekozino que entenda de naves, poderemos pedir para ele conectar o Droid ao nosso computador de bordo — respondeu o outro.
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Universo Versalhes
AventuraAs pessoas não são mais as mesma, todas hoje vivem em planetas com pessoas de suas faixas de idade, não se sabe o que houve para que isso ocorresse, Nesse contexto Eliot e sua amiga Megan tem seu primeiro contato com alguém fora de seu planeta, em b...