-Agora você pertence a Bonten. - Olhei pro rosto do Mikey, totalmente paralisado pelas suas palavras. Conseguia nem digeri aquilo direito…
-Oqu… - Levei um pancada na cabeça, e tudo ficou escuro. Última coisa que sentir, foi os braços de Mikey, me segurando antes de cair no chão.
Não sei por quantas horas eu dormi, ou será… Dias? Porém, minha consciência voltou, e eu estava deitado em um superfície macia… E aconchegante.
-Hmm… - Me virei de bruços, afundando o rosto no travesseiro extremamente macio, com cheiro de lavanda, mas minha paz durou menos de 5 segundos, quando minha cabeça anunciou um dor tremenda, que latejava um pouco. - Ai ai… - Me sentei rapidamente, com a mão na nuca, onde eu senti um pequeno calo. - Puta merda… - Olhei ao redor do quarto, enquanto acariciava a nuca… E percebi que não era meu quarto. - PUTA MERDA!
O quarto era extremamente luxuoso! E estava no alto de Shibuya. Dava pra ver praticamente Tokyo inteiro pela parede de vidro. Tinha uma televisão gigante presa na parede, e duas portas ao lado dela, provavelmente sendo o vaso e o banheiro.
A cama que eu estava deitado era enorme, e tinha uns lençóis brancos caros pra dedeu, mas era tão macios. Tinha um criado mudo do lado da cama, com uma abaju preta em cima…
-Mas que porra… - Tirei o lençol de cima de mim, e fui me levantar da cama. Andei só uns dois passos, quando ouvi um som de corrente me seguindo. - Hm? - Olhei pra trás, e vi uma corrente prata deslizando pelo chão, até esta presa fortemente na parede, com parafusos que seriam impossiveis tirar sem o devido equipamento… E tudo isso, estava preso no meu pescoço. - ...MAS QUE PAPAGAIADA É ESSA?! - Segurei a coleira de ferro no meu pescoço, puxando ela. - PUTA QUE PARIU! - Tentei tira a força do meu pescoço, mas Não se movia. Não tinha cadeado, e nem nenhuma fechadura… Só se fosse tecnológica o suficiente, pra ser solta por um aplicativo de celular ou sei lá.
-Parece que acordou, coelhinho. - Aquela… Peste de cabelo roxo que me sequestrou, entrou no quarto com uma bandeja na mão.
-NÃO CARALHO! AINDA TO DORMINDO! - Criei puto, me rolando no chão com a coleira, tirando arranca ela com todas as minhas forças.
-Acordou com o pé esquerdo, em? - Ele botou a bandeja no criado mudo, cruzando os braços, com um sorrisinho malicioso de lado, ao me olhar me enrolando todo com a corrente.
-Acorda depois de levar um coice daquele! Quem não ficaria de mal-humor. - Revirei os olhos. - Cê' tá doido, minha cabeça tá doendo tanto que parece que vou morrer. - Olhei pro rosto sarcástico de Ran, estreitando os olhos pra ele. - Quem foi o pinto mucho que me bateu?
-Sanzu.
-Aquele cabelinho de chiclete filho de uma égua. - Parei de luta, já que tava todo embolado.
-Terminou de surta?
-Terminei. - Fiz um biquinho emburrado, e Ran se aproximou rindo, me ajudando a se desenrola da corrente. - Obrigado, mesmo que você não mereça. - Sentei na cama, com as pernas cruzadas.
-Uhum. - Ran sentou na minha frente, botando a bandeja no meu colo. Nela tinha um bolo lindo de morango, com um pedaço gigante em cima, e do lado um café expresso cheiroso. Continuei olhando, com os olhos brilhando. Eu amava bolo de morango! - Come.
-Ah… - Fiquei vermelho, por ter ficado tão animado na frente desse gângster. Desviei o olha do bolo, encarando ele. - Não vou comer. Vai saber oque tem ai no meio.
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O Azar Branco
FanfictionA vida cotidiana de um adulto de 22 anos, sem qualquer esperança ou sonho pro futuro, só vivendo cada dia como qualquer outro. Trabalhando em uma loja de conveniência a noite, e vivendo em um apartamento pequeno e velho, com paredes finas. Mas... E...