Uma Dor incurável

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Eu ainda chorava sobre o corpo de Tae, comecei a ouvir uma viatura de polícia e a porta sendo arrombada, mas quando olhei para meu pai, ele já não estava ali, aproveitou que eu estava distraído e fugiu, vários polícias entram na casa em forma de defesa com os revólveres apontados para frente, até kevin abrir a porta e entrar no local aonde eu estava, ele se depara comigo chorando com a cabeça deitada sobre o corpo de Tae morto.

- Hoseok? - ele anda calmo até mim e se ajoelha do meu lado - oque ouve? Cadê o psicopata?

- Fugiu...e...e matou o Tae...- volto a chorar com desespero.

Ele faz um carinho nas minhas costas.

- Eu sinto muito...- ele me diz tentando passar conforto.

Uns polícias entram no local também e me puxam para sair de perto do corpo do Tae, mas eu insisto em ficar, grito para me soltarem, me debato para poder me soltar, fasso de tudo, queria ficar do lado dele até o último segundo, mas um deles me seguraram com força me levando para fora da casa, eu estava fraco, estava vulnerável, chorava tanto, aquela dor estava pior que qualquer outra coisa, e eu me arrependia de tanta coisa, me arrependia de nunca ter tido eu te amo enquanto ele ainda estava comigo, eu fui tão burro.

O policial abre a porta do carro do lado da frente, mas sinto meu corpo mole, mole ao ponto de quase cair no chão, mas ele me segura, minha vista ficou embaçada, eu estava muito fraco, tudo aquilo me deixou muito fraco, queria acordar disso tudo e ver que tudo foi um sonho, e que Tae ainda estava comigo. O policial me senta no banco e começa a abanar meu rosto com a mão, eu provavelmente estava pálido e sentia que estava suando frio.

- Me deixa voltar....preciso ficar com ele - digo meio fraco para o policial.

Ele nada diz, apenas chama médicos da ambulância que havia acabado de chegar em local, os chama com a mão, e  eles vem até mim.

Minha vista ficou completamente escura e por fim eu desmaio.

......

Não sei por quanto tempo fiquei desacordado, mas quando acordo me vejo em uma sala de hospital, eu estava com aquela roupa tradicional de hospital e coberto por um fino pano, estava sendo injetado em minhas veias dois líquidos que eu não fazia ideia do que era, mas provavelmente deveria ser calmante e soro.

Abri meus olhos devagar, o brilho da luz da sala dificultava muito a situação de conseguir enxergar, meus olhos estavam meio vesgos e eu tentava ainda sim abrir mais os olhos e tentar pegar a visão completa de tudo na sala, percebo que a mais pessoas comigo ali além de infermeiros, o Jooheon estava ali.

- Joo...jooheon? - digo fraco, tentando enxergar ele com mais clareza - aonde...aonde estou? Estou em Boston? Cadê o Taehyung?

Na minha cabeça ainda vinha o Tae, minha ficha ainda não tinha caído.

- Tae morreu hope - ele diz triste, seu queixo treme é ele começa a chorar.

- Porque está chorando? - me sento - só estamos aqui por culpa sua, ele morreu por sua culpa - o culpo irritado.

Ele me encara.

- Minha culpa? - ele diz bravo limpando as lágrimas.

- Sim, ter mandado a gente para essa enrascada, alias, sabe quem era o psicopata Jooheon? Meu pai!! - meu queixo treme, pois a vontade de chorar volta - e ele o matou porque não aceitava...

- Aceitava oque? - ele pergunta franzinho a sobrancelha.

- Eu é seu filho estávamos em um relacionamento! - falo alto, demonstrando minha raiva, minha angústia e minha total falta de paciência com as coisas de Jooheon.

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