Chuuya odiava ser acordado. Não existia pior sensação do que você estar na melhor parte de seu sonho e ser acordado por uma outra pessoa, o mesmo já havia perdido as contas de quantas vezes já fora acordado atrapalhando seus belíssimos sonhos. - Bem... Se aquilos eram considerados sonhos, nunca teve um sonho na real, apenas não conseguia sonhar. -.
Mas isso não vem ao caso, com certeza, ninguém gosta de ser acordado de todos os modos, de pessoas acordando com um enxame de beijos, cantando sertanejo - Dos piores - e muito mais. Tem várias maneiras de se acordar uma pessoa, e com certeza, jogar água gelada nela é uma delas.
Dazai sempre teve essa costume estranho de acordar o ruivo da forma mais excêntrica possível, sendo com uma caixa de som no volume máximo tocando alguma música que o ruivo odiava, tapinhas leves, falando que havia um monstro em baixo da cama e entre outras formas esquisitas de Osamu acordar o Nakahara.
E dessa vez não foi muito diferente, bem, diferente foi.
Estava sendo consideravelmente uma manhã tranquila, sem carros buzinando, motos que parecem que estão prestes a explodir, vizinhos filho de uma ótima mãe fazendo barulho, nada disso. Parecia até um dia especial.
Chuuya estava em um sono perfeito, sem luz solar em seu rosto para atrapalhar, sem um moreno atentado tentando o irritar, ahh! Nada disso. - Era oque o ruivo pensava.
Osamu chegou no quarto, de fininho, vendo o Nakahara de pijama, um pijaminha fofo de estrelinhas, abraçado com o travesseiro.
Subiu na cama com delicadeza, sem acordar o ruivo e deu uma mordida em sua orelha.
- Aí! Vagabu-
- CHIBI! Bom dia! - Abraçou o ruivo.
- Bom dia meu pau na sua tia, vai incomodar outro Dazai!
- Que tia?
- Vai fazer qualquer outra coisa Dazai, que coisa! Vaza daqui!
- Ahm... Acho que não! Prefiro ficar com você, acha mesmo que eu prefiro ficar fazendo trabalho? Achei que me conhecesse Chuuya.
- Eu só queria dormir.
- Continue então.
- Como?
- Feche seus olhos e pense em mim, chore por mim, ligue pra mim, não não não ligue pra ele.
- Dazai você precisa de terapia.
- Hihi! Você também.
- ...
O silêncio ali se fez presente, Chuuya sentia Osamu se confortar em si mais ainda, o apertando em um abraço quentinho e gostoso.
- Você dormiu essa noite? - Perguntou Chuuya.
- Não... Não consegui na verdade.
O ruivo se virou em frente a Osamu, o rosto do moreno estava com uma cara cabisbaixa. Para tentar reconforta-lo, levou sua mão até os cabelos lindos do enfaixado e fez um carinho ali.
- Quer tentar? As vezes da certo, não tem barulho agora.
