Em Busca da Ordem da Fênix

Capítulo I - Liberdade

A Mansão Malfoy estava idêntica ao que sempre foi, mas sua família estava levemente diferente. Seu pai tinha várias reuniões de trabalho (Mel sentia um arrepio sempre que pensava que no andar de baixo de onde ela estava se reuniam vários Comensais da Morte), sua mãe parecia mais distante dela e Draco igualmente. Era como se todos da casa estivessem de alguma forma envolvidos na mesma coisa e determinados e não incluir Mel nisso (o que não era tão ruim). Assim, ela passou todo o mês de julho praticamente saindo do quarto só para comer. Ela leu dezenas de livros e até fez vários desenhos. Ela não desenhava extremamente bem, mas até que os desenhos ficavam bonitinhos, e Mel estava gostando de desenhar seus amigos pra matar um pouco a saudade e diminuir a solidão.

Enquanto isso, na sede de Ordem da Fênix...

- E a Mel? Alguém já pensou em tirá-la daquela porra de casa infestada de Comensais da Morte?? - Harry estava nervoso.

- Mas como a gente tiraria ela de lá? - perguntou Ron. 

- Não sei - disse Harry, rispidamente. - Mas eu sei que a gente tem que dar um jeito.

- Dar um jeito em quê? - perguntou Sirius, chegando na sala e se aproximando dos adolescentes.

- Em buscar a Mel - disse Harry.

- A filha da Narcisa? - perguntou Sirius.

- Ela mesma - respondeu Hermione. - O pai dela é um Comensal da Morte e estamos preocupados em deixá-la lá.

- Você pode ajudar, Sirius? É importante... - disse Harry.

- Eu não posso sair daqui... Mas vou falar com o Remus, quem sabe ele pode fazer alguma coisa.

De volta à Mansão Malfoy...

Era uma noite solitária como qualquer outra naquelas férias, e Mel estava na janela de seu quarto observando a lua e as estrelas. Ela estava em contagem regressiva para o dia 1º de setembro, quando ela poderia sair daquela casa, voltar para Hogwarts e ver seus amigos. De repente, seus pensamentos foram interrompidos por algo que se aproximava da sua casa... Não, não era algo, era alguém. Alguém voando em uma vassoura.

Esse alguém (Mel pôde ver quando ele chegou perto da janela) era o Prof. Lupin. Bom, o ex-Professor Lupin.

- O que... - ia perguntar Mel, mas foi interrompida por Remus.

- Rápido, Mérope. Você quer sair daqui? - e ela concordou rapidamente com a cabeça. - Então pegue suas coisas. Não temos muito tempo.

Com o coração acelerado, ela correu para dentro e colocou suas roupas dentro do malão do jeito que deu. Depois de fazer um check-list relâmpago em sua mente e se certificar de que não esqueceu de nada importante, lhe ocorreu uma questão: sua família. Eles obviamente perceberiam sua fuga, então ela tinha que deixar pelo menos um bilhete. Pegou a primeira caneta que viu pela frente, arrancou uma folha de agenda e escreveu:

Eu fugi. Não quero que me procurem.
Ass, Mérope. 

Deixou o bilhete em cima da mesa, pegou seu malão e foi até a janela. Remus usou a varinha para diminuir o malão e o colocou no bolso. Mel subiu na garupa da vassoura e Remus levantou voo. Mel sentiu a brisa fresca da noite batendo em seu rosto e olhou para trás. A Mansão Malfoy ficava cada vez menor, e a sensação de liberdade de Mel ficava cada vez maior.