Alternative (Joalina/you)

Capítulo Dezesseis

— Olá, Lívia Morris - Mama apertou a sua mão.

Lívia arqueou a sobrancelha e sorriu.

— Obrigada pela educação, a garota não teve quando conversamos - a mulher me olhou.

— Por que eu deveria ter com você? - perguntei lhe olhando de volta.

Ela revirou os olhos.

— Acho bom começar a ter ou vamos ter muitas conversas sobre isso já que vou ficar aqui por um tempinho - vagou os olhos pela sala.

— Por que você só não vai embora? - perguntei indignada.

Senti a mão de mamãe no meu braço, era um sinal para eu me acalmar.

— Como eu já disse, meu filho gosta de você - deu de ombros — Agora vá se arrumar, nós vamos sair para jantar - pegou a bolsa.

— Não, eu não vou - falei na mesma hora.

— Não discuta, vá se arrumar! - deu outra ordem.

Olhei para minha mãe ainda indignada.

Vi mama suspirar fundo fechando os olhos.

— Não, ela não vai - quase sorri com as palavras duras de Mama.

— Oi? - Livia virou para nos olhar novamente.

— Eu disse que ela não vai - Mama assegurou — Ela não quer ir, então, ela não vai - completou simples.

— Heyoon, não me leve a mal, mas você não tem o porque de se meter aqui - deu outro sorriso.

Vontade de arrancar esse sorriso maldito dela.

— Mãe, para - escutei a voz de Lamar no fundo.

Me segurei para ignorar o filhinho da mamãe.

— E por que eu não deveria? - Mama perguntou fingindo não entender — Você está forçando a minha filha a fazer algo que ela não quer - abriu os abraços.

— Sua filha? - Lívia riu debochado.

— Sim, Srª Morris, minha filha! - Mama afirmou.

O pessoal do grupo olhava tudo com os olhos maior que o mundo, eu até poderia rir se o assunto não fosse sério.

— Tudo bem, Heyoon, você já pode parar se brincar de mamãe e filhinha - suspirou cansada — Eu já tô aqui - revirou os olhos.

Minha mãe olhou para a mulher como se fosse a maior atrocidade que ela já havia ouvido na vida.

E podia ser mesmo, essa mulher só fala merda.

— Acha que eu estive todos esses anos brincando de mamãe e filhinha? ‐ o tom de Heyoon mudou — Você fala "Eu já tô aqui" como de fosse algo importante. Sim, você está aqui agora, completamente contra a vontade dela, mas está aqui, né - riu irônica.

— Não preciso que ela aceite, eu sou a mãe e ela é a filha, eu mando - disse simples.

— É por esse motivo que ela não te respeita e provavelmente nunca vai se continuar assim - Mama jogou na cara.

Vi um olhar de ódio em Lívia.

— Você está aqui agora, quando ela já está grande, maior de idade, formada e bem sucedida. Mas você não estava aqui quando eu a encontrei na rua a beira da morte, praticamente sem roupas, sem enxergar, com fome ‐ Mama suspirou fundo — Você não estava aqui quando ela acordava toda madrugada chorando tendo pesadelos com aquelas pessoas horríveis que você a deixou lhe maltratando, não era você que ficava acordada a noite toda. Não foi você que saiu correndo do trabalho várias vezes quando ela tinha qualquer probleminha na creche sendo um machucado completamente besta.