Apenas um one shot de consolo enquanto não atualizo Per Amore.
Pov. Carlisle
Estar de férias do hospital sempre me trazia imensa nostalgia, por isso, sempre tentava ocupar ao máximo cada hora livre e dormir a maior parte do tempo. Mas dessa vez, graças a Rosalie, eu estava bem longe de Londres, em um tipo de reunião de amigos, em um hotel arborizado, calmo e distante da cidade. Na Holanda.
Eram anos sem nos ver com tanta frequência, alguns anos esse reunião foi feita em Londres graças minhas férias não coincidirem com as deles. Por sorte, ou ajuda de Alice, dessa vez estávamos de férias na mesma época.
Depois de me instalar e ver a animação de todos em explorar o ambiente decidi seguir minha própria rota. Pela janela do quarto vi o jardim amplo e florido dos fundos e preferi ir caminhar por ele.
Mesmo estando ali por livre e espontânea pressão dos amigos, me senti grato e aliviado. Para esquerda havia um jardim de fadas que levava até um playground, sorri involuntariamente por ver cada terrário delicadamente ornamentado com suculentas, pedras e pequenos objetos que davam a cada jarro ou pneu, um detalhe único.
Levei as mãos aos bolsos suspirando por saber cada detalhe sobre jardim. Por anos esse foi meu refúgio, a única coisa que realmente me fazia sentir perto da única pessoa que eu nunca deixei de pensar. Para alguns a justificativa certa seria as boas lembranças, para outros o que não foi vivido que me mantinha preso a ela. Não descartava nenhuma das duas possibilidades, mas sabia que ia além.
Sentia falta do perfume, do sorriso e até de como ela era linda até estressada. Sentia falta do que poderíamos ter sido se eu tivesse por, pelo menos um momentos, encontrado e vivido meu próprio sonho.
Desde a infância fui apresentado ao homem extraordinário que era meu pai, aquele que era exemplo e que como único filho, eu deveria seguir os mesmos passos. Não podia negar que era gratificante saber quem ele havia sido e tudo o de bom que ele havia feito por todos o que tiveram o prazer de aparecer em seu caminho, eu queria isso. Queria ser útil e poder ser tão bom quanto ele, hoje sei que não precisava ter seguido os mesmos passos detalhados para que isso acontecesse.
Meu pai foi bom pelo coração que ele tinha, não pelos lugares que ele havia frequentado. Por mais que quisesse ser parecido com ele, não tive a mesma infância e juventude, não fui julgado, não estudei em escolas rigorosas e extremamente religiosas, minha rotina com a religião se resumia apenas a alguns hábitos. E por achar que deveria seguir a mesma história para conseguir ser bom, havia me tornado um bom profissional e um homem solitário.
Minhas folgas se resumiam a transformar minha casa em um terrario gigante. Vivia dentro da minha própria bolha me cercando pela natureza, tentando inútil mente me sentir mais próximo dela.
Deixei que meus olhos vagassem pelo outro lado, analisando as outras belezas do imenso jardim e sorri ao ver uma mulher de cabelos escuros e vestido florido, de joelhos entre as flores que davam início ao caminho da direita, a poucos metros de mim. Talvez ela fosse a responsável pelo cuidado dos terrários também.
-Lilia, pode trazer mais agua por favor?- Ela gritou para alguém e eu paralisei.
Aquela voz fez meu corpo estremecer e inevitavelmente andei para sua esquerda, tentando ver seu rosto de longe.
Quase perdi as forças das pernas quando ela virou um pouco o rosto em minha direção, mesmo com os olhos baixos nas flores eu a reconheci.
Ela estava entre as flores onde sempre pareceu ser seu lugar. As cores de cada pétala, a vida que exalava de cada átomo, o aroma que domava o lugar, eu sorri em pensar como o cheiro das flores perderia apenas para o cheiro doce e floral dela.
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Right Here Waiting
RomanceSonhos diferentes separaram dois amantes, mas nem os mais realizados profissionais vivem sem o grande amor. . . Personagens de Stephenie Meyer, apenas adaptados em uma história criada por mim.