Eu fiz uma escolha que mudaria absolutamente tudo. Mas todos os que morreram estariam vivos, e aquilo era o suficiente para mim, foi um pesadelo sem fim, apenas para mim.
Eu tive que enfrentar todos os Monarcas novamente, queria deixar o mundo seguro e com zero danos.
E eu consegui.
Mas doía, não eu ter levado todo aquele peso sozinho, mas sim o fato de todos terem esquecido de mim. Desde uma amiga que eu fiz, até o garoto pelo qual sou loucamente apaixonado.
Sem o aparecimento das dungeons, não houve mortes, desaparecimentos ou doenças do Sono Eterno. Minha mãe estava saudável, assim como Yoo Myunghan, e meu pai não tinha sumido numa dungeon.
Mas eu sentia falta do Jin-Hoo. Cada segundo, cada minuto, cada hora, cada dia, cada semana, cada mês, cada ano. Eu sentia uma saudade imensurável dele e da minha família.
No mundo real tinham se passado dois anos, mas onde eu estava, na fenda dimensional, o tempo era diferente, tinham se passado mais de dez anos.
Uma luta sem fim, apenas para mim.
A única coisa que eu pensava era nas pessoas que eu amava. E então eu voltei, depois de derrotar todos os Monarcas uma segunda vez.
Aquela solidão havia sumido num piscar de olhos, eu era o herói que ninguém se lembrava, mas isso não importava. Eu queria ver minha família, queria ver o amor da minha vida.
Os Governantes queriam que eu fosse para um mundo onde meu poder não fosse um real perigo cósmico, eu não queria ir embora de novo.
Eu não iria.
Eu voltei para casa, Jin-Ah estava grande, minha mãe chorou tanto e meu pai quase chorou, mas ele apenas me abraçou.
Eu pedi para me matricularem em uma escola em específico. Era a mesma escola que Jin-Hoo estaria.
E aquilo era tudo o que eu queria, me aproximar dele novamente, aos poucos. Mas temia que o que ele sentia por mim, antes do Cálice ser ativado, tivesse mudado e ele não sentisse o mesmo.
Talvez fosse pessimismo meu. Ou eu era um pouco paranóico. Jin-Hoo não se lembrava de mim, eu sim.
Quando cheguei na escola, tivemos que fazer fila. Eu tinha que usar luvas, na minha luta contra Antares, eu feri minha mão, e era um ferimento que não tinha cura.
O professor não gostou, mas depois deixou de lado.
Entramos na sala de aula, e eu me sentei na última carteira, olhando em volta para ver se achava Jin-Hoo. Nada.
—Você é Sung Jin-Woo, não é? – um garoto falou, não o reconheci então não dei tanta atenção. – porque usa uma luva em uma só mão? Eu também quero usar – ele estava me irritando, só ignorei – tire ela, eu quero usar! – ele mandou.
—Meu soberano, se quiser eu parto esse verme em cinco pedaços e o faço de oferenda para o senhor – Beru não era nada sútil. Fiz careta.
Não precisa! Falei em pensamento.
Eu olhei o grupinho que se formou à minha frente, e então notei a presença de outro alguém na sala, olhei para a porta e vi Jin-Hoo, ofegante e com os cabelos desgrenhados. Tão lindo.
—Ei! Não ouviu? – me chamou, suspirei calmo, tirando a luva. Vi a cara de nojo deles e sorri
—O que? Nunca viram algo assim? – estiquei a luva. Vendo eles fazerem nojinho – me deixem em paz – ditei, olhando de lado para Jin-Hoo que se sentava numa das cadeiras ao meu lado.
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❝𝐍𝐚̃𝐨 𝐅𝐢𝐪𝐮𝐞 𝐁𝐫𝐚𝐯𝐨❞, 𝗦𝗢𝗟𝗢 𝗟𝗘𝗩𝗘𝗟𝗜𝗡𝗚
أدب الهواة❝Não fique bravo comigo, ok?❞ Era um pedido idiota. Lógico que Yoo Jin-Hoo iria ficar bravo. Mas talvez, Sung Jin-Woo soubesse como se desculpar. [Tem no total de Um Capítulo e Dez Extras - e sim, eu fiz Dez Extras, mas foi de improviso, apenas me e...